sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
Métodos Contraceptivos - Adesivo
O que é e como funciona?
Trata-se de um adesivo fino, quadrado, confortável e fácil de aplicar. O adesivo transfere uma dose diária de hormonas, o estrogéneo e progestagéneo, através da pele para a corrente sanguínea.
Estas hormonas são similares às produzidas pelos ovários e usadas também nas pílulas contraceptivas.
O adesivo funciona de duas formas:
- Impede a ovulação (libertação do óvulo)
- Torna mais espesso o muco do colo do útero, dificultando a entrada dos espermatozóides no útero.
Nível de eficácia
Apesar de não haver ainda muita informação, estima-se que a taxa de eficácia se aproxime dos 98%.
Forma de utilização
Cada adesivo é colocado uma vez por semana, durante 3 semanas consecutivas, seguidas de uma semana de descanso:
- O primeiro adesivo é aplicado no 1º dia da mesntruação, o "dia de início". Não é necessário um método contraceptivo adicional.
- Após sete dias, o primeiro adesivo é retirado e substituído por outro - "dia de mudança". Esta mudança ocorrerá no 8º e 15º dia do seu ciclo. O adesivo pode ser mudado a qualquer hora do dia.
- Após três semanas, a mulher faz a sua "semana de descanso", durante a qual pode aparecer uma hemorragia (hemorragia de privação).
- Um novo ciclo recomeça após um período de sete dias sem o adesivo. O novo adesivo é aplicado no 8º dia.
Se a mulher aplicar o adesivo num dia qualquer à sua escolha e não no 1º dia da menstruação (1º dia do ciclo), é necessário que se proteja durante sete dias com um método contraceptivo não hormonal, como por exemplo, o preservativo ou espermicidas.
Vantagens
- A mulher não tem que pensar todos os dias em contracepção, apenas tem que se lembrar de mudar uma vez por semana o adesivo.
- É fácil de usar.
- Ao contrário da pílula, as hormonas não necessitam de ser absorvidas pelo aparelho digestivo, permitindo que a eficácia deste método não seja posta em causa, em caso de vómitos ou diarreia.
- Normalmente torna as hemorragias regulares, mais curtas e menos dolorosas.
- É um método reversível.
O adesivo oferece uma excelente aderência. A mulher pode continuar a realizar as suas actividades diárias como o banho, duche, idas à piscina, exercício físico, sem nenhuma medida especial de precaução.
Desvantagens
- Não protege contras as infecções sexualmente transmissíveis.
Efeitos secundários
Existem situações nas quais é desaconselhada a utilização do adesivo contraceptivo.
Os seus efeitos secundários são similares aos observados com a pílula combinada. Assim, mulheres que têm contra-indicações para o uso da pílula, não podem utilizar este método contraceptivo.
Métodos Contraceptivos - DIU - Dispositivo intra-uterino
O DIU é um pequeno dispositivo de plástico revestido com fio de cobre que é inserido no útero. O DIU impede a gravidez através da alteração das condições uterinas e funcionando também como uma barreira aos espermatozóides. A inserção é feita numa consulta médica, podendo permanecer no útero durante vários anos.
O DIU está indicado para quem:
Pretende um método de longa duração, reversível e que não interfira na relação sexual
Tem um relacionamento estável e não há risco de relações com outros parceiros
Tem um ou mais filhos ou acabou de ter
Para quem tolera alterações na menstruação, nomeadamente fluxos menstruais mais abundantes e prolongados
Pretende uma rápida recuperação dos níveis de fertilidade
Nível de eficácia
O nível de eficácia do DIU é muito elevado e aumenta com o tempo de utilização.
0,1- a 2 gravidezes por ano em cada 100 mulheres
Vantagens
Para além do seu grau de eficácia, é um método reversível e de longa duração
Desvantagens
Não protege contra as IST’s
A colocação do DIU tem de ser feita por um profissional de saúde
Efeitos secundários
Aumento do fluxo menstrual ( para o caso dos DIU não hormonais)
Dor pélvica
Corrimento vaginal
São contra-indicações:
Quando há suspeita de gravidez
Nas situações de dip (doença inflamatória pélvica)
Existem infecções sexualmente transmissíveis
Em situações de anomalias ou neoplasias uterinas
Quando existe alergia ao cobre
Quando as mulheres nunca tiveram filhos (nulíparas)
SIU Sistema intra-uterino
A diferença do SIU (face ao DIU) reside no facto de ser um dispositivo que liberta uma hormona que torna mais espessa a parede do útero, dificultando a entrada dos espermatozóides e prejudicando a sua mobilidade. Ao contrário do DIU, o Sistema intra-uterino não aumenta o fluxo menstrual.
Métodos Contraceptivos - Implante
O que é como funciona ?
Trata-se de um método contraceptivo de longa duração. O implante liberta progestagéneo que impede a ovulação, prevenindo a gravidez. A inserção do implante é feita no antebraço por um profissional especializado. Trata-se de um procedimento simples em que apenas é necessário o uso de uma anestesia local.
O efeito de um implante pode prolongar-se de 3 a 5 anos e a sua remoção deve ser feita também por um médico. É recomendável para as mulheres que estejam a ponderar a esterilização, mas ainda não tomaram a decisão final. Em Portugal apenas é comercializada marca Implanon.
Nível de eficácia
O nível de eficácia dos implantes é muito elevado.
0 a 0,07 gravidezes por ano em cada 100 mulheres (ou 99,8%)
Vantagens
O implante é o método adequado para quem pretende um efeito de longa duração e de elevada eficácia.
Não interfere com a relação sexual e não requer a toma diária.
Não interfere com o aleitamento.
Desvantagens
É um método dispendioso
Não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis
Efeitos secundários
Instabilidade no ciclo menstrual
Pode causar em determinadas mulheres dores de cabeça, náuseas e variações de humor
Métodos Contraceptivos - Contracepção hormonal injectável
O que é e como funciona?
Tal com a designação indica, trata-se de um método contraceptivo que consiste numa injecção intramuscular profunda de uma solução aquosa contendo acetato de medroprogesterona (DMPA). A solução vai-se introduzindo lentamente na corrente sanguínea e, à semelhança da pílula, previne a ovulação. Cada injecção tem um efeito até 3 meses (12 semanas).
A utilização da contracepção hormonal injectável deve ser indicada quando é necessário um método de elevada eficácia e, por razões médicas, não é recomendado o uso da contracepção oral (pílula) ou o Dispositivo Intrauterino (DIU).
Nível de eficácia
Elevado nível de eficácia 0,0 a 1,3 gravidezes por ano em cada 100 mulheres
Vantagens
Este método é bastante discreto e prático na sua utilização, uma vez que não interfere na relação sexual e não obriga à toma diária, como sucede com os métodos de contracepção orai
Pode melhorar a qualidade do aleitamento
Os riscos de desenvolver a Doença Inflamatória Pélvica, a gravidez ectópica ou o carcinoma do endométrio, são menores
Reduz as perdas de sangue
Desvantagens
O método de contracepção hormonal injectável pode \provocar irregularidades no ciclo menstrual
O retorno aos níveis de fertilidade é mais lento
Não protege contra as infecções sexuais transmissíveis
Efeitos secundários
Irregularidade no ciclo menstrual. Em situações raras, pode conduzir a hemorragias contínuas
Pode causar em certas mulheres: dores de cabeça, perda de cabelo, aumento de peso
Contra-indicações
Gravidez
Neoplasias hormonodependentes
Hipertensão grave
Diabetes mellitus com lesões vasculares
Antecedentes de acidente cardiovascular tromboembólico
Doença hepática em actividade
Não é aconselhável :
Caso se verifique hemorragia vaginal de causa não esclarecida
Para mulheres que desejam engravidar imediatamente após a suspensão do método
Para mulheres que não aceitam irregularidade do ciclo
Métodos Contraceptivos - Pílula
O que é e como funciona?
A pílula contraceptiva é um método que, através da acção hormonal, inibe a ovulação evitando a gravidez. A pílula deve ser prescrita nos casos em que se pretende um método contraceptivo eficaz e se pretenda obter outros efeitos benéficos para a saúde que se encontram indicados como vantagens. A mulher deverá ser acompanhada periodicamente por um médico.
Existem as pílulas de tipo combinado (COC) que contêm estrogéneo e progestagéneo. Existem ainda pílulas que contêm só progestagéneo (POC), que devem ser receitadas caso o estrogéneo não seja recomendável.
Nível de eficácia Se tomada de correctamente, a pílula apresenta um elevado grau de eficácia.
Combinado (COC): 0,1-1 gravidezes por ano em cada 100 mulheres
Progestativo (POC)1,15 gravidezes por ano em cada 100 mulheres
Vantagens
Contraceptivos orais combinados (COC)
Para além do elevado grau de segurança na prevenção da gravidez, a pílula apresenta as seguintes vantagens:
Não interfere na relação sexual
Pode regularizar os ciclos menstruais
Melhora a tensão pré-menstrual e a dismenorreia
Não afecta a fertilidade
Diminui o risco de doença inflamatória pélvica (dip)
Reduz em 50% o risco de cancro do ovário e do endométrio
Diminui a incidência de quistos funcionais do ovário e a doença poliquística
Contraceptivos orais progestativos (POC)
Desvantagens
Algumas mulheres têm dificuldade em fazer a toma diária e regular da pílula
Não protege contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST's)
Contra-indicações
Gravidez
Neoplasia hormonodpendente
Hemorragia genital anormal sem diagnóstico conclusivo
Tumor hepático ou doença hepática crónica
Icterícia colestática na gravidez
Riscos de AVC, doença arterial cerebral ou coronária
Mulheres como mais de 35 anos e fumadoras
São consideradas contra-indicações RELATIVAS, se a mulher:
Sofrer de diabetes mellitus
Sofrer de hipertensão ou hiperlipidémia
Sofrer de depressão grave, epilepsia, cefaleia grave
Tiver varizes acentuadas
Efeitos secundários (de ambos)
Náuseas e vómitos
Alteração de peso
Mastodínia – alteração da tensão e sensibilidade mamária
Alteração do fluxo menstrual
Spotting – perdas de sangue ao longo dos primeiros ciclos de utilização da pílula
Depressão
Contracepção de Emergência
A contracepção de emergência (CE) refere-se aos métodos que podem ser utilizados depois de uma relação sexual não protegida ou nos casos em que há falha do método contraceptivo utilizado (ex: o preservativo rompeu, saiu ou ficou retido na vagina, houve falha na toma da pílula, o DIU deslocou-se, houve erro no cálculo do período fértil).
A contracepção de emergência não é abortiva. Pode actuar de várias formas para prevenir a gravidez, consoante a altura do ciclo menstrual em que é tomada, mas nunca interrompe uma gravidez em curso.
Como funciona
Pode inibir ou adiar a ovulação (a saída do óvulo do ovário)
Pode impedir a fertilização (o encontro do espermatozóide com o óvulo)
Pode impedir a nidação (implantação do ovo na parede do útero)
Tipos de contracepção de emergência
Hormonal – Pílula de emergência (conhecida como “pílula do dia seguinte”). Pode ser tomada até 120 horas após a relação sexual não protegida
DIU – Dispositivo intra-uterino com cobre – neste caso, a sua colocação tem de ser feita por um técnico de saúde especializado até 5 dias após a relação sexual.
Eficácia
De uma forma geral, a CE é menos eficaz que os métodos contraceptivos de uso regular, sendo este um motivo para não ser um método de utilização frequente.
A CE pode prevenir 3 em cada 4 gravidezes e é única forma de evitar uma gravidez após a relação sexual não protegida, reduzindo o recurso ao aborto.
Efeitos secundários
Os efeitos secundários mais comuns da contracepção de emergência podem ser:
Náuseas
Vómitos
Hemorragia irregular
Tensão mamária, dores de cabeça, cansaço
Mensagens importantes sobre a Contracepção de Emergência
Não protege contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis
Não é um método contraceptivo de uso regular
Não é abortiva
Não afecta a fertilidade
Pode ser adquirida gratuitamente nos centros de saúde e hospitais
Existem marcas de venda livre nas farmácias
É recomendável que se procure aconselhamento técnico antes ou após a utilização da CE
O que é o Planeamento Familiar
O Planeamento Familiar (PF) é uma componente fundamental na prestação de cuidados na área da Saúde Sexual e Reprodutiva, tendo como principal objectivo o apoio e acompanhamento de mulheres e homens no planeamento do nascimento dos seus filhos, sobretudo através do aconselhamento e contracepção. Para além destas vertentes o PF deve:
-promover uma vivência sexual gratificante e segura
-preparar uma maternidade e paternidade saudáveis
-prevenir a gravidez indesejada
-reduzir os índices de mortalidade e morbilidade materna, perinatal e infantil
-reduzir o número de infecções sexualmente transmissíveis
Em Portugal, todos os centros de saúde devem garantir consultas de Planeamento Familiar e dispor de equipas multiprofissionais para o esclarecimento das dúvidas e questões no domínio da saúde sexual e reprodutiva.
A decisão, de ter ou não filhos e de escolher o momento, é um direito que assiste a todos os indivíduos ou famílias e é essencial ao bem-estar social.
Factores de natureza diversa influenciam os comportamentos sexuais, exigindo-se aos agentes políticos medidas que contribuam para a saúde sexual e reprodutiva das comunidades.
Todos os indivíduos devem poder ter acesso à informação que lhes permita decidir em consciência sobre o método contraceptivo mais adequado. Neste contexto, devem existir serviços com pessoal técnico devidamente habilitado para o aconselhamento e os meios materiais necessários para o fazer com a qualidade necessária.
Métodos Contraceptivos - Preservativo masculino
Definição
O preservativo constitui uma barreira à passagem do esperma para a vagina durante o coito. A maioria dos preservativos são feitos de latex. Quando usado correctamente, para além de ajudar a prevenir a gravidez, é um método que diminui o risco de contrair IST’s. Trata-se de uma forma de contracepção que envolve o homem.
Nível de eficácia
A eficácia deste método depende da sua utilização correcta e sistemática. 5 a 10 gravidezes por ano em cada 100 mulheres
Vantagens
Não necessita de acompanhamento médico
Previne as IST’s
Pode contribuir para minorar situações de ejaculação precoce
Ausência de efeitos secundários graves ou contra-indicações
Desvantagens
Podem surgir reacções alérgicas
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