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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Contracepção de Emergência

A contracepção de emergência (CE) refere-se aos métodos que podem ser utilizados depois de uma relação sexual não protegida ou nos casos em que há falha do método contraceptivo utilizado (ex: o preservativo rompeu, saiu ou ficou retido na vagina, houve falha na toma da pílula, o DIU deslocou-se, houve erro no cálculo do período fértil).
A contracepção de emergência não é abortiva. Pode actuar de várias formas para prevenir a gravidez, consoante a altura do ciclo menstrual em que é tomada, mas nunca interrompe uma gravidez em curso.

Como funciona
Pode inibir ou adiar a ovulação (a saída do óvulo do ovário)
Pode impedir a fertilização (o encontro do espermatozóide com o óvulo)
Pode impedir a nidação (implantação do ovo na parede do útero)


Tipos de contracepção de emergência
Hormonal – Pílula de emergência (conhecida como “pílula do dia seguinte”). Pode ser tomada até 120 horas após a relação sexual não protegida
DIU – Dispositivo intra-uterino com cobre – neste caso, a sua colocação tem de ser feita por um técnico de saúde especializado até 5 dias após a relação sexual.


Eficácia
De uma forma geral, a CE é menos eficaz que os métodos contraceptivos de uso regular, sendo este um motivo para não ser um método de utilização frequente.
A CE pode prevenir 3 em cada 4 gravidezes e é única forma de evitar uma gravidez após a relação sexual não protegida, reduzindo o recurso ao aborto.

Efeitos secundários
Os efeitos secundários mais comuns da contracepção de emergência podem ser:
Náuseas
Vómitos
Hemorragia irregular
Tensão mamária, dores de cabeça, cansaço

Mensagens importantes sobre a Contracepção de Emergência
Não protege contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis
Não é um método contraceptivo de uso regular
Não é abortiva
Não afecta a fertilidade
Pode ser adquirida gratuitamente nos centros de saúde e hospitais
Existem marcas de venda livre nas farmácias
É recomendável que se procure aconselhamento técnico antes ou após a utilização da CE

sábado, 28 de dezembro de 2024

Métodos Contraceptivos - Métodos cirúrgicos

 


O que são?
Os métodos cirúrgicos ou de esterilização voluntária visam bloquear os canais que, no homem ou na mulher, são responsáveis pelo contacto entre o esperma e o óvulo potenciando a ocorrência de uma gravidez.

Como se tratam de métodos potencialmente irreversíveis, ou de carácter permanente, estão indicados apenas para quem está seguro da decisão de não querer ter mais filhos. De acordo com a legislação portuguesa, a esterilização voluntária só pode ser feita por maiores de 25 anos.

Laqueação de trompas 
Definição 
A laqueação de trompas é um procedimento cirúrgico que consiste na oclusão bilateral (ver) das trompas de Falópio, impedindo assim que os espermatozóides entrem em contacto com óvulo.

Nível de eficácia
O grau de eficácia é muito elevado.
0,5 a 1,8 gravidezes por ano em cada 100 mulheres

Vantagens
Trata-se de um método seguro e eficaz
É um método contraceptivo permanente
Não interfere com o acto sexual
Não interfere com a amamentação
Sem efeitos secundários relevantes

Desvantagens
Não protege contra as infecções sexualmente trasnsmissíveis
É muito difícil e dispendioso reverter o método
Nas situações raras há um risco mais elevado de gravidez ectópica

Vasectomia
Definição
A vasectomia é uma operação simples que consiste no corte ou ressecção dos canais deferentes responsáveis pelo transporte dos espermatozóides que são expelidos durante a ejaculação.

Nível de eficácia
Trata-se de método contraceptivo de elevada eficácia.
0,5 de gravidezes por cada 100 homens / ano

Vantagens
Não afecta o desempenho sexual do homem
Sem efeitos secundários relevantes

Métodos Contraceptivos - Espermicidas

 

Definição
Os espermicidas são compostos por substâncias que eliminam a mobilidade dos espermatozóides. Podem apresentar-se sob a forma de creme, gel, espuma ou comprimidos vaginais. O espermicida deve ser introduzido na vagina até 1 hora antes da relação sexual.

Nível de eficácia
A eficácia do espermicida é limitada. A sua acção pode ser melhorada e potenciada se utilizado com outro método conceptivo.

Vantagens
fácil aplicação
não necessita receita médica
é um método controlado pela mulher
pode ajudar a prevenir as IST’s
sem efeitos sistémicos ou secundários graves

Desvantagens e efeitos secundários
ocasionalmente podem desencadear reacções alérgicas ou irritações, quer no homem quer na mulher
o grau de eficácia do espermicida é baixo
pode interferir no acto sexual

Os dez métodos contraceptivos mais bizarros da história.

Confira os mais loucos e bizarros métodos contraceptivos da história.


1 - Estrume de crocodilo
O que é?
Os antigos egípcios criaram uma pasta feita com estrume de crocodilo e mel. Em seguida, derreteu-o na vagina. Perto disso, o preservativo parece simples, não?
E funciona?
A revista Time diz que o estrume realmente ajudava a evitar gravidez porque criava um óptimo ambiente alcalino, impróprio para a sobrevivência dos espermatozóides.

2 - Agachamento e espirro
O que é?
Em 1 dC, o médico grego, Sorano de Éfeso, recomendou que as mulheres simplesmente se agachassem e espirrassem após o coito para evitar a concepção.
E funciona?
Se funcionasse, todos nós teríamos falido os laboratórios que fabricam pílulas. Em outras palavras, não. Além disso, não vale a pena pular depois do sexo.

3 - Mercúrio aquecido
O que é?
Na China antiga, as mulheres foram orientadas a beber mercúrio quente para evitar a gravidez ou provocar o aborto. Mercúrio, caso você não saiba, pode causar paralisia,tremores,perturbações mentais e morte.
E funciona?
Claro que funciona… afinal, quando alguém morre por intoxicação por mercúrio, não precisa se preocupar com gravidez.

4 - Preservativos de couro
O que é?
Embora hoje soe assustador,os preservativos de couro finos foram usados por homens japoneses em 1800, basicamente para evitar a gravidez. Eles também usavam carapaça de tartaruga e chifres de animais, mas certamente o couro foi uma das melhores adaptações.
E funciona?
Qualquer coisa que impeça a entrada de espermatozóides no colo do útero vai funcionar até certo ponto.Dito isto, descobrimos uma boa razão para o látex ainda ser usado até agora.


5 - Bloqueador de vagina
O que é?
Como a "Sponge Today", uma barreira foi inserida na vagina para bloquear a entrada de esperma no útero. Diferente do "Sponge",era feita de madeira. Utilizado por mulheres nos tempos antigo? Não.Você acredita que eram fabricados na década de 20? Felizmente foi um fracasso.
E funciona?
Outro bloqueador de esperma, mas provavelmente extremamente desagradável para as mulheres.


6 - Pílulas mastigáveis
O que é?
A Femcon FE é uma pílula anticoncepcional mastigável, é uma espécie de chiclete, que torna o acto de tomar  medicamentos mais “divertido”.
E funciona?
É 99% eficaz quando utilizada corretamente, mas o que as mulheres menos esperam é que o anticoncepcional sejam “divertidas”.


7 - Chá de testículo de castor
O que é?
Testículos de castor secos são combinados com álcool para produzir uma mistura que supostamente impede a mulher de engravidar.Curiosamente,algumas mulheres aparentemente ainda praticam este método.
E funciona?
O resultado é tão absurdo quanto o produto.

8 - Banho de Coca-Cola
O que é?
Há rumores de que a Coca-Cola teria sido usada como espermicida na década de 50.A Coca supostamente matava o esperma.
E funciona?
O banho nunca foi um método contraceptivo eficaz.Os espermatozóides são muito rápidos e fortes para serem parados por um banho de líquidos. Além disso, colocar algo açucarado em sua vagina irá trazer transtornos ainda maiores.

9 - Ânus de lebre
O que é?
Durante a Idade Média, amuletos eram comumente prescritos como métodos contraceptivos. Um destes amuletos era uma espécie de coroa de flores feita de ânus de lebre. Você leu certo… ânus de lebre.
E funciona?
Se usar uma coroa de ânus de lebre, provavelmente você não vai ter muitos pretendentes para manter um relacionamento amoroso. Então, nesse caso, é um método contraceptivo extremamente eficaz.

10 - Casar com uma mulher feia
O que é ?
Esse é poderoso, se você pretende não ter um filho o melhor método é não fazer sexo, dai veio a idéia de casar com uma mulher feia pois você não teria vontade nenhum de fazer amor com ela e ainda por cima mesmo naquela seca danada você não ia querer um menino com cara de demónio por ai.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Sexualidade na Adolescência

Métodos contraceptivos - anel vaginal

O que é o Anel Vaginal?
O anel vaginal contém uma combinação de hormonas semelhante à da pílula convencional, entre as quais estrogénios. As hormonas difundem-se através das paredes da vagina. O anel é flexível, transparente e incolor, com cerca de cinco centímetros de diâmetro, facilmente aplicável e que pode ser aplicado pela própria mulher (semelhante à da colocação de um tampão).

Durante as três semanas (21 dias) em que deve estar aplicado, o anel confere uma protecção eficaz. Na quarta semana ele é retirado e aparece a menstruação.
A colocação e retirada do anel é fácil, sobretudo porque não existe uma posição obrigatória que condicione a sua eficácia. Para retirar o anel basta inserir um dedo na vagina até o sentir e puxa-lo para fora, suavemente.

Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, este sistema tem a vantagem de diminuir os problemas hepáticos pois, por serem absorvidas através do revestimento da vagina, as hormonas não passam pelo fígado. Os efeitos secundários são os que são observados em mulheres que utilizam a pílula (embora alguns fabricantes insistam em afirmar que com este método diminui a intensidade de efeitos como as dores de cabeça e o aumento de peso).

Graças à sua forma (circular, com cerca de 5 centímetros de diâmetro) e flexibilidade, a adaptação às paredes vaginais é boa, o que assegura que se mantém no local de forma confortável, pois é sustentado pelos músculos da parte mais estreita da vagina.

Contrariamente ao que algumas pessoas possam pensar, e porque fica colocado na zona mais profunda da vagina, o anel não interfere nem é "sentido" durante a relação sexual.

Como começar a utilizar o anel vaginal?
Se não utilizou qualquer contraceptivo hormonal no mês anterior, considere o primeiro dia da sua menstruação como o "dia 1" e coloque o seu primeiro anel vaginal. Deve fazê-lo pelo menos antes do "dia 5", mas não mais tarde do que esse dia, mesmo que a sua menstruação não tenha terminado. Durante este primeiro ciclo, use um método contraceptivo adicional, como um preservativo ou um espermicida nos primeiros sete dias de utilização do anel.
Se tomava uma pílula hormonal combinada (pílula que contém um progestagénio e um estrogénio), após a última toma da pílula pode inserir o anel vaginal durante os sete dias seguintes. No máximo terá de inserir o anel até ao dia em que deveria retomar a toma da pílula. Não necessita de associar um outro método contraceptivo.
Se tomava uma pílula contendo apenas progestagénio, poderá colocar o anel vaginal em qualquer altura. Não faça intervalo entre a sua última toma da pílula e o primeiro dia de utilização do anel vaginal. Quando transita de um contraceptivo que contém apenas progestagénio para o anel, deve associar outro método adicional de contracepção, como o preservativo ou um espermicida, durante os primeiros sete dias de utilização do anel.
Se tinha um implante subcutâneo, pode aplicar o anel vaginal no mesmo dia em que retirar o implante. Se está a mudar de um contraceptivo injectável, deve colocar o anel no dia em que deveria tomar a sua próxima injecção. Se usava um dispositivo intra-uterino (DIU) poderá colocar o anel no dia em que o retirar.

A venda do anel vaginal só é feita com apresentação obrigatória de receita médica e, pelo menos por enquanto, não é comparticipado.

O Acne e a Pílula


O acne pode ser causado por uma série de razões, mas uma das razões principais para que tenha acne é devido a alterações hormonais. Quando as meninas chegam à adolescência, a produção de certas hormonas começa a aumentar e muitas vezes o aparecimento da acne ocorre durante este período. Estas meninas carregam este acne induzido hormonalmente até à vida adulta e algumas podem ter problemas de auto-confiança e auto-estima em resultado disso.

O acne hormonal em mulheres adultas diz-se piorar na altura da sua menstruação, pois é neste período durante o ciclo menstrual natural que um grande desequilíbrio de hormonas no organismo. Estudos mostraram no entanto, que a manipulação hormonal, o que é exactamente o que a pílula anticoncepcional faz, pode ajudar a regular e diminuir os efeitos do acne, por isso falar-se muito sobre o acne e a pílula.

O que a pílula faz para parar o acne?
A pílula combinada contém duas hormonas femininas, estrogênio e progestogênio sintético, e manipula o nível de hormonas no corpo. Ao fazer isso, a pílula regula as hormonas femininas e equilibra-as. Isto significa que existem variações menos graves e surtos de hormonas, que provocam que o acne apareça. As pílulas que são mais eficazes a ajudar a parar o acne, são as que tem níveis reduzidos de androgénios.

Pode a mini-pilula parar o acne?
A mini-pílula não é indicada para ser usada no tratamento do acne. De facto, algumas mulheres viram o estado da sua pele agravar enquanto tomam a mini-pílula, pois um dos efeitos secundários mais comuns são irritações na pele, manchas e erupções cutâneas.


Fonte: O Acne e a Pílula | Planeamento Familiar

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Métodos contraceptivos - anel vaginal

O que é o Anel Vaginal?
O anel vaginal contém uma combinação de hormonas semelhante à da pílula convencional, entre as quais estrogénios. As hormonas difundem-se através das paredes da vagina. O anel é flexível, transparente e incolor, com cerca de cinco centímetros de diâmetro, facilmente aplicável e que pode ser aplicado pela própria mulher (semelhante à da colocação de um tampão).

Durante as três semanas (21 dias) em que deve estar aplicado, o anel confere uma protecção eficaz. Na quarta semana ele é retirado e aparece a menstruação.
A colocação e retirada do anel é fácil, sobretudo porque não existe uma posição obrigatória que condicione a sua eficácia. Para retirar o anel basta inserir um dedo na vagina até o sentir e puxa-lo para fora, suavemente.

Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, este sistema tem a vantagem de diminuir os problemas hepáticos pois, por serem absorvidas através do revestimento da vagina, as hormonas não passam pelo fígado. Os efeitos secundários são os que são observados em mulheres que utilizam a pílula (embora alguns fabricantes insistam em afirmar que com este método diminui a intensidade de efeitos como as dores de cabeça e o aumento de peso).

Graças à sua forma (circular, com cerca de 5 centímetros de diâmetro) e flexibilidade, a adaptação às paredes vaginais é boa, o que assegura que se mantém no local de forma confortável, pois é sustentado pelos músculos da parte mais estreita da vagina.

Contrariamente ao que algumas pessoas possam pensar, e porque fica colocado na zona mais profunda da vagina, o anel não interfere nem é "sentido" durante a relação sexual.

Como começar a utilizar o anel vaginal?
Se não utilizou qualquer contraceptivo hormonal no mês anterior, considere o primeiro dia da sua menstruação como o "dia 1" e coloque o seu primeiro anel vaginal. Deve fazê-lo pelo menos antes do "dia 5", mas não mais tarde do que esse dia, mesmo que a sua menstruação não tenha terminado. Durante este primeiro ciclo, use um método contraceptivo adicional, como um preservativo ou um espermicida nos primeiros sete dias de utilização do anel.
Se tomava uma pílula hormonal combinada (pílula que contém um progestagénio e um estrogénio), após a última toma da pílula pode inserir o anel vaginal durante os sete dias seguintes. No máximo terá de inserir o anel até ao dia em que deveria retomar a toma da pílula. Não necessita de associar um outro método contraceptivo.
Se tomava uma pílula contendo apenas progestagénio, poderá colocar o anel vaginal em qualquer altura. Não faça intervalo entre a sua última toma da pílula e o primeiro dia de utilização do anel vaginal. Quando transita de um contraceptivo que contém apenas progestagénio para o anel, deve associar outro método adicional de contracepção, como o preservativo ou um espermicida, durante os primeiros sete dias de utilização do anel.
Se tinha um implante subcutâneo, pode aplicar o anel vaginal no mesmo dia em que retirar o implante. Se está a mudar de um contraceptivo injectável, deve colocar o anel no dia em que deveria tomar a sua próxima injecção. Se usava um dispositivo intra-uterino (DIU) poderá colocar o anel no dia em que o retirar.

A venda do anel vaginal só é feita com apresentação obrigatória de receita médica e, pelo menos por enquanto, não é comparticipado.

Preservativos

O que é um preservativo?
Um preservativo é um método contraceptivo 99% eficaz. É um tubo de material flexível e fino (látex ou poliuretano, regra geral), fechado numa das extremidades. Os preservativos de látex têm dois contras: o seu lubrificante pode fazê-los sair e algumas pessoas são alérgicas; nesse caso, podem usar-se preservativos de poliuretano.

Os preservativos são usados:
- para prevenir a gravidez fazendo com que o esperma do homem não passe para a vagina da mulher;
- para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (pelo esperma ou pelo contacto com secreções infectadas das áreas genitais); a maior parte dos preservativos adaptam-se ao pénis. Recentemente foi comercializado o preservativo feminino, que é colocado na vagina da mulher; este preservativo feminino pode ainda ser usado para proteger o recto.

Porquê usar o preservativo?
O preservativo masculino é um método contraceptivo muito antigo (já havia preservativos no Antigo Egipto) mas, apesar das alterações de forma e materiais, o princípio é o mesmo: o preservativo retém o esperma; por isso, os espermatozóides não podem encontrar o óvulo, não o podem fecundar e, logo, não há gravidez. O preservativo é utilizado como forma de prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DST), sendo considerado o método mais importante de prevenir o contágio durante as relações sexuais, inclusive para o VIH.

Como utilizar o preservativo?
Colocar o preservativo quando o pénis estiver erecto - sempre antes que o pénis entre em contacto com a boca, a vagina ou o recto do parceiro. Muitos parceiros usam o preservativo demasiado tarde, após alguma penetração inicial. O líquido que sai do pénis antes do orgasmo pode conter espermatozóides (responsáveis por uma gravidez "inesperada") ou vírus (VIH).
Se quiser, colocar um lubrificante aquoso (não usar lubrificantes gordurosos com preservativos de látex) na ponta do preservativo.
Se não for circuncidado, puxar o prepúcio para baixo antes de colocar o preservativo; assim, o prepúcio pode movimentar-se sem danificar o preservativo.
Retirar o ar da extremidade do preservativo deixando a câmara da ponta livre para armazenar o sémen e desenrolar o restante do preservativo até atingir a base do pénis.
Nunca usar dois preservativos sobrepostos. A fricção entre eles aumenta as hipóteses de se estragarem, rompendo-se.
Após o orgasmo, pegar na base do preservativo e retirá-lo sempre antes que o pénis fique mole e com cuidado, para não derramar sémen sobre o parceiro quando o retirar.

Que cuidados ter com os preservativos?
Verificar sempre a data da validade impressa na embalagem do preservativo. No caso de estar fora de prazo ou de a embalagem estar danificada, não usar NUNCA esse preservativo.
Se for necessária uma lubrificação, utilizar apenas lubrificantes aquosos, não utilizar produtos à base de óleo ou de álcool (ou seja, óleo para bebés, vaselina, cremes cosméticos, óleos de massagem, etc.). Estes podem danificar ou enfraquecer o látex no espaço de quinze minutos.
Se estiver a aplicar um medicamento no pénis ou na vagina, este poderá afectar o preservativo. Em caso de dúvida, pedir sempre opinião a um médico ou farmacêutico.
Nunca usar um preservativo mais que uma vez.
Conservar as embalagens de preservativos em lugar fresco e sem contacto directo com o sol ou com temperaturas mais elevadas (o que implica não usar preservativos que viveram durante dias (meses? semanas?) no bolso das calças ou num canto recôndito da carteira).
Abrir a embalagem com cuidado sem utilizar objectos cortantes e evitar que as unhas ou anéis rompam o preservativo.
O preservativo não é reciclável, nem reutilizável. Ou seja, nunca deve ser colocado na sanita.
Embora seja muito raro, há pessoas que podem ser alérgicas ao látex. Se isso acontecer, consultar um centro de saúde.

Os Métodos Contraceptivos


ÉTODOS MECÂNICOS DE CONTRACEPÇÃO




D.I.U
(FEMININO)


DIAFRAGMA
(FEMININO)




PRESERVATIVO
(MASCULINO)














DESCRIÇÃO

   Filamento delgado introduzido no útero. 

Anel de borracha

   Invólucro de borracha muito fino e flexível.

MODO DE ACÇÃO

Suprime a ovulação.

Impede que os espermatozóides atinjam o útero.

Impede que os espermatozóides se difundam na vagina. 

EFICÁCIA

92 A 99 %

70 %

89 %

EFEITOS
SECUNDÁRIOS



Contracções do útero para expulsão.
  Fluxo menstrual abundante.

Possíveis alergias.



Possíveis alergias.


MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTRACEPÇÃO




PÍLULA ANTICONCEPCIONAL

ESPERMICIDAS







DESCRIÇÃO

Hormonas sintéticas semelhantes à progesterona e ao estrogénio.

Cremes vaginais.

MODO DE ACÇÃO

Suprime a ovulação.

Extermina os espermatozóides no colo uterino.

EFICÁCIA

99 %

60 a 75 %

EFEITOS
SECUNDÁRIOS



   Pode ocorrer muitas vezes tensão arterial elevada, coágulo sanguíneo (trombose), alterações ligeiras do peso corporal, infecções vaginais, cefaleias e/ou náuseas.

Possíveis alergias.





MÉTODOS DE CONTRACEPÇÃO MÉDICO - CIRÚRGICOS




LAQUEAÇÃO DAS TROMPAS

VASECTOMIA








DESCRIÇÃO

Hormonas sintéticas semelhantes à progesterona e ao estrogénio.

Seccionamento ou obstrução dos canais deferentes.

MODO DE ACÇÃO

Torna impossível o encontro do óvulo com o espermatozóide.

  Fecundação impossível dada a ausência de espermatozóides no esperma.

EFICÁCIA

100 %

100 %

EFEITOS
SECUNDÁRIOS



   Podem ocorrer distúrbios psicológicos devidos à infecundidade

Podem ocorrer distúrbios psicológicos devidos à infecundidade


Onze mandamentos da pílula do dia seguinte


Uma mulher que decida utilizar a pílula do dia seguinte deve fazê-lo devidamente informada. É exactamente para oferecer de forma sistematizada esta informação elementar que se coligem as observações que se seguem, sem prejuízo de uma regra de ouro, que consiste na obtenção junto do seu farmacêutico e do seu médico de informação adicional que possa concorrer para um maior nível de esclarecimento. Só depois é que se poderá falar em responsabilização assumida pela utilização deste medico contraceptivo de emergência.
E vamos aos factos.

Onze mandamentos da pílula do dia seguinte

1-Trata-se de um método que não substitui a contracepção regular.

2 - É destinatária desta pílula toda e qualquer mulher que tenha tido uma relação sexual não protegida.

3 - Importa saber claramente em que é que a pílula do dia seguinte difere da pílula habitual. Esta ultima é para ser tomada todos os dias, confere uma prevenção de gravidez durante todo o mês, e os comprimidos têm uma dose baixa de hormonas, enquanto que a pílula do dia seguinte têm uma dose muito elevada de hormonas, só se tomam 2 comprimidos apenas conferindo protecção á ultima relação sexual, se a mesma tiver ocorrido até 72 horas antes.

4 - Há que atender a natureza da sua aquisição. No preciso momento em que se escreve este texto, há uma marca que pode ser adquirida sem receita médica, e uma outra que está sujeita a prescrição médica, por razões de composição.

5 - Não se pode garantir totalmente que a toma desta pílula não evite a gravidez.A sua eficácia depende do tempo decorrido entre a relação sexual e a toma do primeiro comprimido, sendo máxima esta eficácia se o primeiro comprimido for tomado nas primeiras 24 horas após a relação, reduzindo-se a eficácia significativamente depois das 48 horas, sendo desnecessária a sua toma após as 72 horas, porque a partir daí não sortirá qualquer efeito.

6 - Quando se toma a pílula do dia seguinte, fica-se obrigado a adoptar, com novas relações sexuais ocorridas durante o mesmo ciclo menstrual, outros métodos contraceptivos eficazes (caso do preservativo, espermicida, cone vaginal, ente outros).

7 - A pílula do dia seguinte não pode ser administrada numa mulher grávida, no entanto pode sê-lo numa mulher que esteja a amamentar.

8 - Pode ser tomada em qualquer altura do ciclo menstrual, e estão bem identificados os quadros em que tem uma eficácia comprometida (isto é reduzida), a saber : mulheres que estejam a tomar anti-epilépticos(fenobarbital, carbamazepina, fenitóina, primidona), alguns antibióticos (rifampimicina), antifúngicos (griseofulvina).

9 - Esta pílula não está recomendada na mulher que esteja em risco de fazer uma gravidez ectópica (quer dizer fora do útero).

10 - Não é um método completamente inócuo, pois pode causar náuseas, vómitos, vertigens, dores de cabeça e de barriga, aumento de tensão mamária.

11 - O tratamento consiste na toma de 2 comprimidos. O primeiro, tomado sempre até 72 horas após a relação sexual, e o segundo 12 horas depois do primeiro. Caso surjam vómitos nas primeiras horas após ter sido tomado um comprimido qualquer, impõem-se a obrigação de tomar um novo comprimido já que anterior foi provavelmente eliminado pelo vómito (mesmo que o comprimido não tenha sido detectado no vómito, é de considerar que se perderam as substancias activas).


Finalmente toda a mulher que recorreu à pílula do dia seguinte deve ser observada em exame ginecológico ao fim de três semanas. E, caso a menstruação não tenha vindo na altura esperada, deverá fazer-se um teste de gravidez.


Renova-se a insistência na regra de ouro de informação adicional que se deve obter junto do farmacêutico ou do médico. Estes (Onze Mandamentos) devem ser apreciados como uma discrição elementar que em caso algum substituem a exigência da interessada em que se informar junto do seu farmacêutico ou médico sobre quando é que deve utilizar a contracepção de emergência, quais as precauções a ter, como é que deve agir para que esta pílula seja eficaz, que cuidados a ter durante o mesmo ciclo menstrual, se existem interacções com os medicamentos que está a tomar e qual a duração deste contraceptivo.

Mensagem central a reter: a todos os títulos, a contracepção, de emergência requer a consulta de um profissional de saúde, seja farmacêutico, enfermerio ou médico.


Fonte: Onze mandamentos da pílula do dia seguinte | Planeamento Familiar

Pílula Contraceptiva – FAQ


Tens aqui algumas das perguntas mais frequentes que vocês costumam colocar sobre a pílula. Podes ir já para a resposta que pretendes mas se quiseres aprender mais sobre a pílula podes seguir a ordem que te propomos.

A Pílula Contraceptiva
Mais de 60 milhões de mulheres utilizam este método contraceptivo sendo o método em relação ao qual mais estudos têm sido realizados.

A pílula é um método contraceptivo que consiste num comprimido oral, composto por hormonas idênticas às que produzem os ovários.

A pílula é um método contraceptivo muito eficaz e seguro se usada correctamente. Protege de uma gravidez indesejada. O teu Médico (a) recomendará qual é a mais conveniente para ti.

O que é a pílula contraceptiva e como funciona?
A pílula é composta de hormonas similares às que a mulher produz nos ovários. O seu principal mecanismo consiste em evitar que se dê a ovulação. Ao não se dar a ovulação, não é possível a fecundação e consequentemente a gravidez.

Por outro lado a pílula modifica a mucosa do útero para que este não fique em condições de acolher um óvulo que tenha sido eventualmente fecundado. O outro mecanismo de funcionamento da pílula é que ela provoca um espessamento do muco cervical dificultando a passagem dos espermatozóides.

Quando é que se deve começar a tomar a pílula pela primeira vez?
A pílula deve começar a tomar-se no 1º dia da menstruação. Ao olhares para a embalagem deves escolher como primeiro comprimido a tomar um que coincida com o dia da semana em que vais iniciar a toma da pílula. 

Depois continuas a tomar um por dia, de preferência sempre à mesma hora, pois facilita não te esqueceres, seguindo as setas que se encontram impressas na embalagem. Na maioria das pílulas após uma toma diária em 21 dias consecutivos, faz-se uma pausa de 7 dias.

Este período de pausa corresponde ao período menstrual induzido pela pílula. Na maioria das mulheres as perdas menstruais durante estes 7 dias são inferiores às que ocorrem se não se estiver a tomar a pílula.

Ao fim destes 7 dias começa-se a tomar novamente a pílula (primeiro comprimido de uma nova embalagem) começando no mesmo dia da semana em que pela primeira vez se tomou a pílula. Este início da nova embalagem faz-se ao fim de 7 dias mesmo que eventualmente ainda não tenha terminado o período.

Quando se começa uma pílula deve fazer-se descansos?
Sem ser por razões médicas (intolerância clínica ou biológica) não existem razões para fazer descansos. Tais descansos não evitam os efeitos secundários da pílula, dificultam a regulação hormonal e aumentam a probabilidade de engravidares já que nos descansos pode haver tendência para esquecimentos ou a utilizar métodos pouco fiáveis.

O que acontece se houver um esquecimento da pílula?
A pílula contraceptiva deve tomar-se sempre à mesma hora. Se houve um esquecimento e este é inferior a 12 horas deves tomar imediatamente a pílula que está em atraso e nesse mesmo dia tomas a outra pílula à hora habitual.

Exemplo – Toma da pílula às 21 horas. Houve um esquecimento. No outro dia de manhã às 08H00 lembras-te. Tomas imediatamente a pílula que estava em atraso e neste mesmo dia às 21 horas tomas a pílula do dia. Tudo segue normalmente.

Se o esquecimento é superior a 12 horas (por exemplo se só te lembras às 10 horas da manhã do dia seguinte) tomas a pílula em esquecimento e a outra à hora habitual (21 horas) como no caso anterior só que já não estás protegida contra uma gravidez indesejada. Isto significa que tens de continuar a tomar a embalagem até ao fim para evitares a desregulação do ciclo e ou de pequenas perdas menstruais. 

Se vieres a ter relações sexuais durante este período tens que utilizar outro método contraceptivo, por exemplo o preservativo. Aliás este é o único que te protege de infecções sexualmente transmissíveis como a sida.

O que acontece se estiver a tomar a pílula e vomitar, ou tiver diarreia?
A pílula contraceptiva é absorvida como os alimentos fazendo o mesmo percurso que os alimentos aquando de uma digestão. Isto significa que leva em média 3 a 4 horas a ser absorvida pela corrente sanguínea como acontece com a digestão dos alimentos. Se por alguma razão vomitares num período até 4 horas após teres tomado a pílula tens que repetir a toma da pílula. Neste dia vais ter que tomares 2, pois a primeira não fez efeito.

É preferível até que tenhas uma embalagem suplente e que tomes um comprimido dessa embalagem para não haver confusão com o esquema habitual.

Se passaram mais de 4 horas desde que tomaste a pílula não deves ficar preocupada pois não foi alterada a sua eficácia contraceptiva. Em relação a diarreia é igual pois esta pode acelerar o trânsito intestinal e não permite a absorção da pílula. Neste caso deves usar outro método adicional (preferencialmente o preservativo) até a situação se resolver.

E se estiver a tomar medicamentos?
A maioria dos medicamentos não interfere com a pílula. Contudo se estiveres a tomar antibióticos, alguns deles podem reduzir a eficácia da pílula. Informa o teu médico para que ele te aconselhe o que fazer se estiveres a tomar medicamentos. Igualmente deves informar o teu médico que já tomas a pílula se ele te for receitar algum medicamento.

Quais são os benefícios da Pílula Contraceptiva?
- Regulariza os ciclos menstruais: Nem muito longos, nem muitos curtos. (Um ciclo menstrual vai desde o primeiro dia de uma menstruação até ao primeiro dia da menstruação seguinte);
- Reduz ou eliminas as dores e a tensão pré-menstrual antes e durante o período menstrual;
- Diminui a quantidade da menstruação, prevenindo desta forma a incidência de anemia por privação;
- É um método reversível. Uma vez que se pare com a pílula volta a ovulação e a possibilidade de se engravidar;
- Oferece uma eficácia de 99,9% se tomada de uma forma correcta;
- É um método discreto e não interfere com as relações sexuais;
- Algumas pílulas melhoram algumas alterações da pele como a acne;
- Diminui a incidência de cancro do útero (endométrio) e do ovário;
- Diminui a ocorrência de Doença Inflamatória Pélvica;
- Reduz (a incidência) as doenças benignas da mama.

E as Desvantagens?
A Pílula tal como outros métodos contraceptivos também tem contra-indicações e ou desvantagens. Por exemplo, não protege em relação às doenças sexualmente transmissíveis como a SIDA.

Como seria exaustivo estar aqui a descrever-te todos e como achamos que esta página não dispensa conversar com técnicos de saúde especializados (médicos de família, enfermeiras, ginecologistas etc.) apenas em síntese referimos como contra-indicações:

- Existência de história de trombose venosa, doenças do coração (como por exemplo doença da artéria coronária) e hipertensão arterial grave;
- Cancro da mama em curso ou qualquer outro cancro dependente de esteróides;
- Diabetes Mellitus de difícil controlo e insulino-dependente;
- Qualquer hemorragia do tracto genital não diagnosticada tem que primeiro ser investigada antes do início da toma da pílula ou de outros métodos contraceptivos.

Quanto tempo depois de iniciar a pílula pela primeira vez estou protegida?
Se começares a tomar a pílula no primeiro dia da menstruação estás protegida de engravidar desde o início incluindo nos sete dias de descanso quando a primeira embalagem termina.

Se iniciares a pílula numa outra altura do ciclo é preferível usares outro método contraceptivo durante a toma da pílula durante a primeira embalagem.

Quando iniciares a segunda embalagem passada a pausa já estás seguramente protegida.


Fonte: Pílula Contraceptiva - FAQ | Planeamento Familiar