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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Pais portugueses precisam urgentemente de educação sexual


Os pais portugueses estão não estão preparados para assumirem a educação sexual dos filhos e necessitam urgentemente de formação, disse na noite de terça-feira, na Figueira da Foz, o monsenhor Vítor Feytor Pinto.

Intervindo durante a tertúlia "Reacontece", no Casino da Figueira da Foz, sobre a educação sexual nas escolas, Feytor Pinto considerou que a sexualidade é "dominada por tabus" no seio das famílias portuguesas e que estas revelam falta de preparação para falarem do tema com naturalidade.

"Quem precisa urgentemente de educação sexual são os adultos. Se nós não tivermos adultos a saberem com o que é que lidam, efectivamente nunca poderão ser educadores", disse.

"Os pais que não têm formação, que ainda não descobriram a beleza da sexualidade de uma maneira positiva e apenas vêem o monstro da sexualidade, como é que podem ser os educadores dos seus filhos?", inquiriu.

Frisando que os pais nessa situação "têm de recorrer à escola" numa perspectiva de complementaridade, Feytor Pinto sustentou a educação para a sexualidade humana "é muito mais vasta do que a actividade sexual".

"[A sexualidade] contém como elemento mais pobre a actividade sexual", referiu.

Feytor Pinto recusou que a Igreja Católica possua uma visão retrógrada da sexualidade humana, embora tenha admitido existirem "algumas vozes" retrógradas "que têm que mudar".

"É essa a minha luta há 27 anos, não estou no ar, estou a lutar por isto. Por isso me especializei, trabalhei na área, para dizer aos padres, aos bispos, o que se deve fazer nesta área extremamente importante para a educação das novas gerações", sublinhou.

Presente no debate, a psicóloga Margariga Gaspar de Matos - que integrou o Grupo de Trabalho para a Educação Sexual (GTES), que laborou durante dois anos e cujas propostas foram acolhidas no projecto-lei do Partido Socialista, recentemente aprovado no Parlamento -- disse que existem escolas em Portugal com trabalho efectivo na área da educação para a Saúde.

"Há muita coisa a ser feita. Às vezes as pessoas não sabem, para injustiça dos próprios professores", disse.

Alegou que a nova lei surgiu da necessidade de outras escolas "que funcionam mal" assumirem responsabilidades e prestarem contas à sociedade civil.

"Por isso é que há uma lei, é para proibir as escolas de qualidade baixíssima de continuarem assim", disse

Por outro lado, aconselhou os estabelecimentos de ensino "de excelência" a ignorarem a nova lei.

"Continuem, não liguem à lei. Façam mais do que a lei, que é o que já estão a fazer até agora", exortou.

Informação retirada daqui

I Conferência Online de Educação Sexual


Download - I Conferência Online de Educação Sexual


I Conferência Online de Educação Sexual


Download - I Conferência Online de Educação Sexual


I Conferência Online de Educação Sexual

O Grupo de Estudos e Investigação em Sexualidade, Educação Sexual e TIC (GEISEXT) do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, realizará nos dias 2,3 e 4 de maio de 2012, a I Conferência Online de Educação Sexual ( I COES): Práticas pedagógicas intencionais de educação sexual na escola.

Esta conferência, que resulta de uma parceria entre três grupos de investigação de três Universidades - GEISEXT do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (Portugal), EDUSEX (Educação Sexual e Formação de Professores) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Brasil), GSEXs (Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Sexualidades) da Universidade Estadual Paulista (Brasil) - é o primeiro evento nesta área temática a ser realizado totalmente on line. 

O I COES tem por objetivo reunir professores/as de todos os níveis e áreas de ensino, assim como investigadores/as, interessados/as em ampliar os seus conhecimentos na área da sexualidade, da educação sexual, das relações de género e diversidade sexual, através da partilha de experiências, das investigações, das problematizações, assim como das inquietações que têm acompanhado todos/as aquele/as que atuam nestas temáticas, com vista à realização da educação sexual na instituição escolar. 

Pretende-se refletir sobre algumas das muitas temáticas que envolvem a educação sexual, oferecendo aos professores/as a oportunidade de colaborarem com os seus pares, na (re)construção de novos conhecimentos, e de refletirem sobre as diferentes perspectivas e possibilidades de concretização da educação sexual. 

I Conferência Online de Educação Sexual ( I COES)

O Grupo de Estudos e Investigação em Sexualidade, Educação Sexual e TIC (GEISEXT) do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, realizará nos dias 2, 3 e 4 de maio de 2012, a I Conferência Online de Educação Sexual ( I COES): Práticas pedagógicas intencionais de educação sexual na escola.

Esta conferência, que resulta de uma parceria entre três grupos de investigação de três Universidades - GEISEXT do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (Portugal), EDUSEX (Educação Sexual e Formação de Professores) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Brasil), GSEXs (Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Sexualidades) da Universidade Estadual Paulista (Brasil) - é o primeiro evento nesta área temática a ser realizado totalmente on line.

O I COES tem por objetivo reunir professores/as de todos os níveis e áreas de ensino, assim como investigadores/as, interessados/as em ampliar os seus conhecimentos na área da sexualidade, da educação sexual, das relações de género e diversidade sexual, através da partilha de experiências, das investigações, das problematizações, assim como das inquietações que têm acompanhado todos/as aquele/as que atuam nestas temáticas, com vista à realização da educação sexual na instituição escolar.
Pretende-se refletir sobre algumas das muitas temáticas que envolvem a educação sexual, oferecendo aos professores/as a oportunidade de colaborarem com os seus pares, na (re)construção de novos conhecimentos, e de refletirem sobre as diferentes perspectivas e possibilidades de concretização da educação sexual.

Mais informações sobre I COES poderão ser encontradas no site www.coes2012.com

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Abstinência antes do casamento melhora vida sexual, diz estudo

Casais que esperam para ter relações sexuais depois do casamento acabam tendo relacionamentos mais estáveis e felizes, além de uma vida sexual mais satisfatória, segundo um estudo publicado pela revista científica Journal of Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia.

Pessoas que praticaram abstinência até a noite do casamento deram notas 22% mais altas para a estabilidade de seu relacionamento do que os demais.

As notas para a satisfação com o relacionamento também foram 20% mais altas entre os casais que esperaram, assim com as questões sobre qualidade da vida sexual (15% mais altas) e comunicação entre os cônjuges (12% maiores).

Para os casais que ficaram no meio do caminho - tiveram relações sexuais após mais tempo de relacionamento, mas antes do casamento - os benefícios foram cerca de metade daqueles observados nos casais que escolheram a castidade até a noite de núpcias.

Mais de duas mil pessoas participaram da pesquisa, preenchendo um questionário de avaliação de casamento online chamado RELATE, que incluía a pergunta: "Quando você se tornou sexualmente ativo neste relacionamento?".

"Independentemente da religião, esperar (para ter relações sexuais) ajuda na formação de melhores processos de comunicação e isso ajuda a melhorar a estabilidade e a satisfação no relacionamento no longo prazo", conclui estudo.

O sociólogo Mark Regnerus, da Universidade do Texas, autor do livro Premarital Sex in America, acredita que sexo cedo demais pode realmente atrapalhar o relacionamento. "Há muito mais num relacionamento que sexo, mas descobrimos que aqueles que esperaram mais, são mais satisfeitos com o aspecto sexual de sua relação", diz.

E Regnerus enfatiza: "Casais que chegam à lua de mel cedo demais - isso é, priorizam o sexo logo no início do relacionamento - frequentemente acabam em relacionamentos mal desenvolvidos em aspectos que tornam as relações estáveis e os cônjuges confiáveis."

Bélgica: Governo ensina crianças a masturbarem-se

Um vídeo produzido pelo governo da Bélgica para as crianças está a chocar alguns cidadãos do país.

No centro da polémica está o objectivo da animação: ensinar as crianças em idade escolar a masturbarem-se.

Durante 52 segundos, um pénis animado ensina as crianças a mover as mãos de forma a obterem satisfação sexual, até à ejaculação.

O vídeo está a ser transmitido nas escolas, inserido no programa de educação sexual infantil.

Cortes não vão afectar Educação Sexual

O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Ventura, assegurou esta quinta-feira que os cortes na Educação não vão afectar a implementação da Educação Sexual nas escolas e adiantou que centenas de professores já foram formados neste domínio.
Apesar da reformulação do programa ‘Educação para a Saúde’, prevista no Orçamento do Estado para 2011, Alexandre Ventura garante que a implementação da Educação Sexual em meio escolar não será prejudicada.
"O Ministério da Educação continua a apostar, quer na Educação para a Saúde, quer na Educação Sexual como um dos elementos da Educação para a Saúde", afirmou o governante, citado pela agência Lusa, frisando que cerca de 600 responsáveis da Educação para a Saúde foram formados neste domínio e há um conjunto de investimentos que já foram realizados neste sector.
Para o secretário de Estado Adjunto e da Educação, estão criados os mecanismos e as condições necessárias para o desenvolvimento desta temática e, agora, é necessário que as escolas e os professores ganhem cada vez "maior à vontade e proficiência" neste domínio, além de um aperfeiçoamento, sobretudo ao nível da relação entre as escolas e as famílias.
"Aquilo que defendemos é que cada uma das escolas possa encontrar, em articulação com as famílias, as formas mais adequadas de desenvolver esta matéria, atendendo à sensibilidade e às diferentes perspectivas de cada uma das comunidades e do conjunto das famílias que têm os seus filhos a estudar nessas mesmas escolas", sustentou.
Alexandre Ventura acredita que, pela via da Educação Sexual, o Governo estará a contribuir para "mais e melhor saúde e esclarecimento da população, para uma melhor formação dos alunos, para uma diminuição da ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez claramente indesejável de mães adolescentes".
O governante falava à agência Lusa à margem da abertura do Congresso Internacional sobre Sexualidade e Educação Sexual, que decorre entre esta quinta-feira e sábado na Universidade de Aveiro.
Dirigido a estudantes e a profissionais de Educação e de Saúde, bem como a psicólogos e sociólogos, este congresso tem como finalidade o estudo da sexualidade como tema interdisciplinar, com incidência nas áreas de Educação Sexual e Promoção da Saúde. No final do Congresso será discutida e divulgada a Carta de Aveiro sobre Sexualidade e Educação Sexual.

Porquê Investir nos Direitos

Os Direitos Sexuais e Reprodutivos baseiam-se nos Direitos Humanos, como o direito à vida, o direito à educação, o direito à liberdade ou o direito à saúde sexual e reprodutiva.

Maior qualidade da saúde significa mais desenvolvimento humano.

Investir nos Direitos Sexuais e Reprodutivos deve ser uma prioridade:

Porque...

Um direito tão fundamental como exercer controlo sobre o seu próprio corpo só pode ser conseguido através de um esforço em assegurar que a saúde sexual, a gravidez ou maternidade sejam vividas sem riscos.

Porque...

A atenção dada à Saúde Sexual e Reprodutiva é um pré-requisito para a luta pela erradicação da pobreza

Porque...

A saúde reprodutiva tem um forte impacto na economia.

Porque...

A falta de cuidados durante a gravidez e parto pode ter consequências fatais.

O Que é a Infertilidade

Segundo a Associação Portuguesa de Fertilidade, a Infertilidade pode ser definida como a incapacidade de concepção após um ano de relações sexuais não protegidas (6 meses se a mulher tiver mais de 35 anos de idade), ou a incapacidade de manter uma gravidez até ao seu termo.

Estima-se que 1 em cada 10 casais sofre de infertilidade.

Causas da infertilidade e factores de risco

Ninguém se de deve ser sentir responsabilizado por uma situação de infertilidade. Vários factores estão relacionados com a redução dos níveis de fertilidade. Cerca de um terço das causas está associado ao homem e a um terço a problemas na saúde da mulher. Podem ainda surgir causas que combinem ambos, ou então não ser identificada a causa concreta.

Há, porém, factores de risco, tais como:

Doenças infecciosas, como as IST - Infecções Sexualmente Transmissíveis ou outras doenças que afectem o aparelho reprodutor
Idade
Problemas do foro genético, endocrinológico ou do sistema imunitário
Causas para infertilidade na mulher

Desordens da ovulação
Obstrução das trompas
Factores peritoneais como a doença inflamatória pélvica ou a endometriose (presença de tecido endométrico fora da mucosa uterina)
Factores ligados ao colo do útero
Causas para infertilidade no homem

Espermatogénese anormal
Desordens da função secretória de órgãos acessórios
Obstrução do tracto genital
Função anormal dos espermatozóides
Prevenção da infertilidade

Pode prevenir-se a infertilidade prevenindo e tratando atempadamente as infecções sexualmente transmissíveis

As técnicas de Procriação Medicamente Assistida são um método subsidiário e não alternativo de procriação. Isto significa que só quando há um diagnóstico de infertilidade, ou no caso de necessidade de tratamento de doença grave ou de risco de transmissão de doenças de origem genética, infecciosa ou outras, é que se podem aplicar as técnicas de PMA.

Em Portugal, e de acordo com a legislação, só serão beneficiárias da PMA as pessoas:

casadas (que não se encontrem separadas judicialmente de pessoas e bens)
ou as pessoas separadas de facto
ou ainda as pessoas que sendo de sexo diferente, vivam em condições análogas às dos casais, há pelo menos dois anos

A legislação portuguesa prevê a aplicação das seguintes técnicas de PMA:

Inseminação artificial (introdução de espermatozóides directamente no interior da vagina ou no útero)
Fertilização in vitro (técnica através da qual um óvulo é fertilizado em meio laboratorial)
Injecção intracitoplasmática de espermatozóides (procedimento através do qual um único espermatozóide é injectado directamente no interior do óvulo para possibilitar a fertilização. O embrião é depois transferido para o útero.)
Transferência de embriões, gâmetas ou zigotos - introdução nas Trompas de Falópio de embriões, gâmetas (espermatozóides), ou zigotos (óvulos fertilizados)
Diagnóstico genético pré-implementação
Outras técnicas laboratoriais de manipulação gamética ou embrionária equivalentes ou subsidiárias
A utilização de técnicas de PMA só pode verificar-se mediante diagnóstico de infertilidade ou ainda, sendo caso disso,no tratamento de doença grave ou risco de transmissão de doenças de origem genética, infecciosa ou outras.



Disfunções Sexuais Masculinas

Muitos homens sentem-se ainda muito retraídos na procura de ajuda médica relativamente a problemas de carácter sexual e reprodutivo que possam ter. Mas quanto mais cedo assumirem que podem precisar de apoio e aconselhamento médicos, mais qualidade de vida ganham. É importante partilhar para não sofrer. Muitas das disfunções são facilmente tratáveis.

As disfunções sexuais mais comuns são:
Disfunção eréctil (ou impotência)
Ejaculação precoce
Ejaculação retardada


Disfunção eréctil
Definição

A disfunção eréctil ou impotência sexual é a incapacidade de obter ou de manter uma erecção suficiente para que haja penetração e satisfação sexual.

Para a resolução da disfunção eréctil é fundamental não só a ida a um médico, para diagnóstico adequado, assim como o diálogo aberto com a(o) parceira(o).

Causas

As causas da disfunção eréctil podem ser muito variadas:

Doenças vasculares (arteriosclerose, problemas cardíacos, hipertensão,etc.)
Problemas neurológicos (lesões nervosas, esclerose múltipla, doenças degenerativas, etc.)
Diabetes
Problemas hormonais (redução na produção de hormonas)
Uso de determinados medicamentos
Problemas psicológicos (ansiedade, stresse, depressão)
Formas de tratamento

Uma vez que as causas da disfunção eréctil são de natureza diversa, os tratamentos à disposição dos homens são variados. Antes de qualquer decisão, o médico começa por dar alguns conselhos que podem ser benéficos. Assim, recomenda-se normalmente, a prática de exercício físico, dieta, redução do consumo do álcool ou tabaco, bem como um maior tempo de descanso. Caso não se obtenham logo resultados, será necessário ponderar outras opções, como:

- Prescrição de fármacos
- Terapia ou aconselhamento sexual
- Auto-injecção peniana
- Terapia intra-uretral
- Uso de dispositivos de vácuo
- Aplicação de prótese ou implante peniano


Ejaculação precoce
Definição

Dificuldade em controlar a ejaculação, que ocorre de uma forma frequente antes, durante ou pouco depois da penetração, limitando a satisfação sexual. É uma das disfunções sexuais mais comuns, sobretudo entre os mais jovens.


Causas e tratamento

As causas são sobretudo psicológicas, relacionadas com alguma ansiedade. Pode também estar associada a consumo de álcool ou drogas.

Existem técnicas ao nível da psicologia e sexologia que podem ajudar o homem a controlar a relação sexual e evitar a ejaculação precoce.


Ejaculação retardada
Definição
A ejaculação retardada ou inibição da ejaculação consiste na incapacidade de ejacular durante o coito apesar da erecção. Trata-se de uma situação que pode desencadear alguma tensão e frustração, uma vez que o orgasmo é normalmente o objectivo da relação sexual. Por outro lado, pode aumentar outro tipo de prazer e satisfação, uma vez que prolonga no tempo a erecção. No entanto quando se torna perturbador, e não apenas ocasional, deve procurar-se apoio especializado.


Causas
A ejaculação retardada pode dever-se a cansaço, a stresse, a relações sexuais muito frequentes num curto espaço de tempo. O consumo de álcool ou droga pode também provocar situações de ejaculação retardada. Algumas razões de natureza psicológica devem também ser equacionadas.

Os Homens e a Contracepção

O envolvimento dos homens na contracepção e planeamento familiar é habitualmente reduzido, estando essa responsabilidade associada às mulheres. É desejável, contudo, que a escolha e acompanhamento da utilização do método contraceptivo seja feita em conjunto, ainda que os métodos venham a ser utilizados pela mulher.

Métodos de contracepção masculinos

Preservativo
O preservativo constitui uma barreira à passagem do esperma para a vagina durante o coito. A maioria dos preservativos são feitos de latex. Quando usado correctamente, para além de ajudar a prevenir a gravidez, é um método que diminui o risco de contrair IST.

Vantagens

As grandes vantagens do preservativo masculino são o fácil acesso e eficácia na prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Por outro lado, não precisa de acompanhamento médico e não tem contra-indicações relevantes.

Eficácia

Desde que bem utilizado, estima-se que a sua taxa de eficácia se situe entre 94% e 98%

Vasectomia
A vasectomia ou esterilização masculina é um método definitivo de contracepção, pelo que a sua opção tem de ser devidamente ponderada.

Enquanto procedimento, a vasectomia é uma operação simples que consiste no corte ou ressecção dos canais deferentes responsáveis pelo transporte dos espermatozóides que são expelidos durante a ejaculação. Durante os primeiros três meses após a operação, deve ser utilizado outro método alternativo.

Estrutura do aparelho reprodutor masculino


O pénis é um órgão externo essencialmente formado por três cilindros: o corpo esponjoso, localizado na parte inferior, e os corpos cavernosos que são contíguos ao pénis. Os três corpos compõem-se de um tecido esponjoso e irregular por onde passam vários vasos sanguíneos e que no momento da excitação sexual se enchem de sangue e incham, provocando a erecção do pénis.

À extremidade do pénis chama-se glande, extremamente sensível a estimulações físicas, uma vez que possui várias terminações nervosas.Na sua base encontramos a coroa e, na ponta, temos o orifício da uretra, o canal por onde passam a urina e o esperma. O prepúcio é a pele que cobre a glande e que pode ser retirada através da circuncisão.

Os testículos são um par de corpos de forma oval envolvidos pelo escroto ou saco escrotal. Normalmente, o testículo esquerdo descai um pouco mais que o direito. Os testículos têm duas funções: a de produzir testosterona e produzir os espermatozóides. O canal que recolhe os espermatozóides dos testículos e onde estes amadurecem em condições ideais chama-se epidídimo.

Os canais deferentes fazem a ligação entre o epidídimo e a vesícula seminal sendo vias de passagem do esperma durante a ejaculação.

A próstata, ou glândula prostática, loocaliza-se debaixo da bexiga e contorna a uretra, o canal por onde passa a urina e por onde é ejaculado o esperma. A próstata e as vesículas seminais produzem substâncias que vão alimentar os espermatozóides.

Saúde Sexual das Lésbicas

As mulheres lésbicas estão também sujeitas as riscos de saúde, pelo que a prevenção, ao nível das infecções sexualmente transmissíveis, é igualmente necessária.

Quando não detectadas, as IST podem conduzir a complicações de saúde graves. O risco de transmissão está directamente relacionado com determinadas práticas ou comportamentos como a partilha de brinquedos sexuais.

É fundamental encontrar profissionais de sáude com os quais se sinta confortável para conversar e que possa fazer o acompanhamento.

Sempre que se inicia uma nova relação sexual é importante falar com a parceira sobre as relações anteriores, de modo a prevenir os riscos de contrair uma IST.

Podem reduzir-se os riscos:
-usando dams (pequenos lenços de latex) durante o sexo oral/vaginal
-usando luvas de latex e lubrificantes à base de água durante o toque ou a penetração no ânus ou vagina
-utilizando preservativos e lubrificantes nas situações de partilha de vibradores
-pedindo à nova parceira um check-up para avaliar o estado de saúde sexual.
Em qualquer situação, o exame citológico ou Papanicolau deve ser feito regularmente.

Principais doenças do aparelho reprodutor

Principais doenças do aparelho reprodutor
É fundamental que a mulher faça exames periódicos para avaliar o seu estado de saúde e prevenir as doenças do sistema reprodutor e procurar aconselhamento sempre que se sinta desconfortável na sua vida sexual e reprodutiva.

Principais doenças que afectam o aparelho reprodutor da mulher:
Cancro do Colo do Útero
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
Cancro do Endométrio ou do Útero

Cancro do Colo do Útero
O Cancro do Colo do Útero tem a sua origem num dos vários tipos de Vírus do Papiloma Humano (HPV). O seu contágio ocorre na maior parte das vezes por via sexual.

Existem mais de 80 tipos de HPV: alguns afectam a pele e causam verrugas, outros afectam o aparelho genital e causam condilomas ou verrugas genitais.

Estima-se que 80% das mulheres e dos homens tenham contactado com o vírus em alguma fase da sua vida. Na maior parte das vezes a infecção é assintomática, o que significa que as pessoas desconhecem que a têm.

Nos casos em que isso não acontece, esta situação pode levar ao aparecimento do Cancro do Colo do Útero.

Factores de risco
O risco aumenta com o início precoce das relações sexuais e com o número de parceiros sexuais que uma pessoa tem ao longo da vida. As defesas imunológicas têm um papel fundamental ao proteger o desenvolvimento da infecção. Normalmente, a maioria das mulheres é capaz de combater a infecção.

Diagnóstico
A infecção por HPV pode ser diagnosticada de várias maneiras. A citologia do colo do útero, vulgaremente conhecida por Exame de Papanicolau, pode detectar as alterações celulares causadas pelo vírus. Estas alterações podem também ser detectadas através de um exame chamado Colposcopia que consiste na observação do colo do útero com um microscópio ou, no caso dos homens, através da observação do pénis com uma lupa - a Peniscopia.

Métodos de tratamento
Como ter a infecção não significa ter a doença, a infecção por si só não necessita de tratamento. No entanto, algumas manifestações da infecção como os condilomas da vulva, nas mulheres, ou do pénis, nos homens.

Se as alterações nas células ou nos tecidos são ligeiras, muitas vezes, não é necessário tratar, bastando uma vigilância adequada pelo seu médico. Já nos casos em que se verifiquem anomalias severas, o/a médico/a irá aconselhar o tratamento adequado.

Existe uma vacina contra o HPV ?

A vacina contra o Vírus do Papiloma Humano está já disponível. Em Portugal, são comercializadas duas marcas cuja compra é comparticipada pela mulher.

A vacinação é gratuita até aos 13 anos.



Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
A DIP é uma infecção do tracto genital superior feminino, o que significa que pode envolver o endométrio, as trompas, os ovários e estruturas adjacentes.

Em casos mais severos, a DIP pode causar infertilidade ou gravidezes ectópicas.

Causas
A DIP resulta normalmente da gonorreia ou da infecção por clamídia.

Factores de risco
idade inferior a 25 anos
múltiplos parceiros sexuais
utilização do DIU - Dispositivo Intra-uterino
Sintomas e tratamento

Os sintomas podem ser pouco perceptíveis e podem passar por dor na zona abdominal baixa, febre, secreção vaginal com mau odor, hemorragia irregular e dor durante as relações sexuais.

É possível curar a DIP com recurso a antibióticos e o seu tratamento deve ser iniciado assim que o problema é detectado.

Sintomas e tratamento
Os sintomas podem ser pouco perceptíveis e podem passar por dor na zona abdominal baixa, febre, secreção vaginal com mau odor, hemorragia irregular e dor durante as relações sexuais.

É possível curar a DIP com recurso a antibióticos e o seu tratamento deve ser iniciado assim que o problema é detectado.

Cancro do Endométrio ou do Útero
O endométrio é a mucosa que reveste o interior da cavidade uterina. Durante a vida da mulher, o endométrio sofre uma série de alterações. A formação de células malignas cancerígenas nos tecidos do endométrio provoca o cancro desta mucosa.

Factores de risco
-idade
-menstruar muito cedo
-entrar na menopausa muito tarde ou não ter filhos
-consumo excessivo de gordura e estilo de vida
-predisposição genética
-uso de hormonas como o estrogéneo

Sintomas
-hemorragia fora do período normal
-dificuldade ou dor em urinar
-dor durante a relação sexual
-dor na zona pélvica

Formas de tratamento
O tratamento disponível aplicável depende do estádio em que o cancro se encontra, mas pode incluir a cirurgia e a radioterapia.

Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino

Anatomia

Órgãos internos



Órgãos externos



Como funciona o sistema reprodutor

O sistema reprodutor da mulher é responsável pela produção de hormonas sexuais femininas que mantêm o normal funcionamento do ciclo reprodutivo e está preparado para desempenhar várias funções, passando pelas seguintes etapas:

produção de células necessárias à reprodução: o óvulo e os ovócitos o óvulo é transportado para uma zona para que haja fertilização é nas Trompas de Falópio que a fecundação do óvulo pelo espermatozóide se pode dar, dando início a uma gravidez se a fertilização não ocorrer a mulher menstrua. Durante o período da menopausa, o sistema reprodutor feminino cessa a produção de hormonas femininas necessárias a que o ciclo reprodutivo funcione.



Ciclo menstrual e período fértil

O ciclo menstrual é o intervalo de tempo que decorre entre o primeiro dia de menstruação e o primeiro dia da menstruação seguinte.

Embora se diga que um ciclo dura 28 dias, a verdade é que a duração pode variar de mulher para mulher e nem sempre ter a mesma duração na mesma mulher.

A duração de um ciclo normal pode ir de 21 a 35 dias. Sendo assim, a mulher pode ter ciclos regulares ou irregulares.

À primeira menstruação dá-se o nome de menarca e ocorre entre os 10 e os 16 anos.

Nos adolescentes, os primeiros ciclos menstruais podem ser irregulares, não constituindo razão para preocupações.

Quando a mulher deixa de menstruar, diz-se que entrou no período de menopausa, o que significa que os ovários deixaram de produzir óvulos. Na maioria das mulheres, a menopausa ocorre entre os 45 e os 55 anos, podendo acontecer de forma súbita ou gradualmente.



Fases do ciclo menstrual

Fase pré-ovulatória

Durante o ciclo, a hipófise (glândula) e os ovários vão produzindo hormonas que comandam a escolha de um óvulo maduro, desencadeiam a ovulação e preparam o útero para uma eventual gravidez.

Desde o nascimento, os ovários contêm milhares de folículos nos quais se encontra o número de óvulos com que cada mulher poderá contar ao longo da sua vida reprodutiva. Muitos destes óvulos nunca chegam a amadurecer.

Nesta fase, à medida que os ovários produzem uma hormona feminina chamada estrogénio, um dos folículos cresce mais depressa do que os outros, fica cheio de líquido e o óvulo que o contém amadurece - chama-se folículo dominante. Quando este folículo se rompe ocorre a ovulação.

A duração desta fase é variável, dependendo do tempo que leva a escolha do folículo dominante. Este facto é responsável pela variação da duração dos ciclos menstruais.


Fase pós-ovulatória

Nesta fase, o folículo dominante sofre transformações. Chama-se agora corpo amarelo e produz uma hormona, a progesterona.

A progesterona é responsável pelas alterações que ocorrem no endométrio (mucosa que reveste o interior do útero), tornando-o mais espesso, com um maior número de vasos sanguíneos, água e glicogénio.

Estas transformações têm como objectivo preparar o útero para receber um óvulo fertilizado, criando as condições para o início de uma gravidez. Ao fim de 14 dias, cessa a produção de progesterona, caso não se inicie uma gravidez.

Dá-se uma queda do nível das hormonas no sangue e, consequentemente, a descamação do endométrio, ocorrendo a menstruação e iniciando-se um novo ciclo menstrual.


O que é o período fértil ?

O período fértil é o intervalo de tempo, no ciclo menstrual, em que as mulheres têm maior probabilidade de engravidar. Uma das formas de calcular o período fértil é saber qual a duração dos ciclos menstruais.

Método de cálculo

Durante 6 meses a 1 ano, a mulher deve anotar todos os meses num calendário o dia em que aparece a menstruação, contando o tempo que dura cada ciclo entre uma menstruação e a seguinte.

Uma vez feita esta contagem, subtrai-se ao ciclo mais curto, 18 dias, e ao ciclo mais longo, 11 dias.

Ao serem encontrados os resultados, o intervalo entre ambos, do menor para o maior, indica o intervalo de tempo no qual a mulher se encontra no período mais fértil dos seus ciclos.

Por exemplo:

Imaginemos um ciclo mais curto de 26 dias e um ciclo mais longo de 30 dias, então:

Ciclo mais curto: 26-18 = 8

Ciclo mais longo: 30-11 = 19

Este cálculo significa que os dias mais férteis neste ciclo situam-se entre o 8º e 19º dias.

Quando se fala em 8º dia, fala-se do 8º dia a contar da data do 1º dia da menstruação. Ao longo da vida da mulher, esta situação vai acontecer todos os meses e só é interrompida no caso da mulher engravidar.

Interrupção Voluntária da Gravidez

Legislação sobre IVG

De acordo com a Lei 16/2007, a interrupção voluntária da gravidez é legal em Portugal desde:
Constitua o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;
Se mostre indicado para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida, e seja realizada nas primeiras 12 semanas de gravidez;
Haja seguros motivos para prever que o nascituro venha a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez, excepcionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo;
A gravidez tenha resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas de gravidez;
Por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez.


Etapas no Acesso à IVG Segura em Portugal
As complicações decorrentes do aborto não seguro são uma das principais causas de mortalidade materna em todo o mundo. Porém, se realizado na fase inicial, e com os cuidados de saúde apropriados, a Interrupção Voluntária da Gravidez é um procedimento médico seguro e com menores riscos para as mulheres.

Consulta prévia

A consulta prévia marca o início formal do processo de IVG. É uma consulta de carácter obrigatório. Nesta, o técnico de saúde deve esclarecer todas as dúvidas da mulher e fornecer a informação necessária tendo em vista uma tomada de decisão livre, informada e responsável.

A consulta pode ser marcada num serviço de saúde legalmente autorizado, como centros de saúde, maternidades, hospitais públicos ou em clínicas privadas devidamente autorizadas.
O período entre a marcação e a realização da consulta não pode exceder os 5 dias.
A consulta deve garantir que a mulher se encontra livre de pressões na sua tomada de decisão.
A mulher pode fazer-se acompanhar por terceiros em todo o processo de IVG.
Após de clarificado o pedido de IVG, é determinado o tempo de gestação (através de ecografia) e explicados os diferentes métodos de interrupção da gravidez.
No final da consulta prévia é marcada uma outra que será aquela em que se vai realizar a IVG.
A consulta é também um espaço privilegiado para o esclarecimento sobre os métodos contraceptivos.

Na consulta prévia é entregue à mulher um impresso do Consentimento Livre e Esclarecido que deverá ser lido, assinado e entregue ao médico até à data de realização da IVG.

No caso das mulheres menores de 16 anos ou mulheres psiquicamente incapazes, o Consentimento Livre e Esclarecido terá de ser assinado pelo seu representante legal (pai, mãe ou tutor).

É obrigatório um período de reflexão mínimo de 3 dias, entre a consulta prévia e a data da IVG, durante a qual a mulher pode solicitar apoio psicológico/aconselhamento ou apoio social. Este período poderá ser mais longo se a mulher assim o desejar.

Métodos de Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG)
Existem dois métodos para interromper a gravidez: método cirúrgico e método medicamentoso. Ambos podem ser feitos em regime ambulatório, ou seja, sem ser necessário internamento.

De acordo com a legislação em vigor, a mulher pode escolher o método para interromper a gravidez e deve comunicar este pedido na consulta prévia.

Aborto cirúrgico

O aborto cirúrgico consiste na remoção do conteúdo uterino por Aspiração ou Dilatação e Curetagem. A intervenção pode ser realizada com anestesia local ou geral, tem uma duração de poucos minutos e a hospitalização dura normalmente uma manhã ou uma tarde.

Normalmente, após um aborto cirúrgico, não há necessidade da mulher ser observada novamente.

Aborto medicamentoso
A interrupção medicamentosa consiste na administração de fármacos cuja acção interrompe a gravidez. Os fármacos utilizados são o Misoprostol e o Mifepristone.

O Mifepristone é tomado sobre a forma de comprimido e actua como bloqueio à hormona responsável pela manutenção da gravidez, a progesterona. Sem esta, o revestimento do útero rompe e favorece a abertura do colo do útero.
O Misoprostol combinado com o Mifepristone irá aumentar as contracções do útero provocando a expulsão do conteúdo uterino.

Sobre este tema, veja as apresentações de Kristina Gemzell Danielsson e Christian Fiala, dois especialistas na área:

Medical Abortion for which gestational lenght? - Kristina Gemzell Danielsson

Improving Medical Abortion- Christian Fiala

Protocolo médico para a IVG medicamentosa até às 7 semanas de gestação

1º dia (3 dias após a consulta prévia) - Toma do Mifepristone no estabelecimento de saúde. 1 comprimido de 200mg por via oral.
3º dia (36 ou 48 horas após a toma do Mifepristone) - Toma do Misoprostol que pode ser feita em casa. 2 comprimidos, 400mg por via oral.
A utilização deste método de IVG é aconselhável apenas até às 9 semanas ou 63 dias de gestação.

Protocolo médico para a IVG medicamentosa entre as 7 e as 9 semanas de gestação em Portugal

1º dia (3 dias após a consulta prévia) - Toma do Mifepristone no estabelecimento de saúde. 1 comprimido de 200mg por via oral.
2º dia (36 ou 48 horas após a toma do Mifepristone) - Toma de Misoprostol que pode ser feita em casa. 2 comprimidos de 800mg por via vaginal.
É imprescindível que a mulher seja observada 14 a 21 dias após estes procedimentos para confirmar se a interrupção da gravidez foi completa.

Protocolo para a IVG cirúrgica em Portugal

Três dias após a consulta prévia, prepara-se o colo do útero com Misoprostol (2 comprimidos vaginais) 3 horas antes do procedimento cirúrgico.

A intervenção dura poucos minutos e a permanência no serviço dura normalmente uma manhã ou uma tarde.



Contactos de Apoio
Linha OPÇÕES - 707 200 249 - Linha de informação, aconselhamento e ajuda sobre a gravidez não desejada e acompanhamento contraceptivo. Dias úteis das 12h às 20h.

Linha SAÚDE 24 - 808 24 24 24 (24 horas por dia)

Direcção-Geral da Saúde - www.dgs.pt

Associação Médicos pela Escolha - www.medicospelaescolha.pt

SOS Grávida - 808 200 139 - Linha de informação, apoio e assistência a grávidas. Dias úteis, das 10h às 18h

O que é um aborto?

Um aborto consiste na interrupção de uma gravidez com menos de 20 semanas de gestação.

Aborto espontâneo: consiste na interrupção de uma gravidez com menos de vinte semanas de gestação, devido a uma ocorrência acidental ou natural. A maioria dos abortos espontâneos tem origem numa incorrecta replicação dos cromossomas e/ou em factores ambientais. O aborto espontâneo pode ser precoce (até ás 12 semanas de gestação) ou tardio (após 12 semanas de gestação).

Aborto induzido: aborto provocado por uma acção humana deliberada. Também denominado por Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).

Sinais de alarme pós-aborto (espontâneo ou induzido)

A mulher deve recorrer a um serviço de urgência caso se verifique:
-Hemorragia súbita e intensa
-Febre alta e persistente
-Cólicas abdominais acompanhadas de dores violentas
-Episódios de diarreia persistentes após as primeiras 24 horas
-Desconforto emocional muito intenso e prolongado, a ponto de interferir com o quotidiano da mulher

Gravidez, Maternidade e Paternidade

Se Quer Engravidar
Uma gravidez deve ser planeada. Isso significa que há alguns factores a ter em conta de modo a ter uma gravidez e maternidade tranquilas:

-o orçamento familiar
-a disponibilidade
-os diversos recursos disponíveis (apoio familiar, existência de creches, outros.)

Antes de interromper o método contraceptivo que está a ser utilizado deve-se procurar um médico e realizar a chamada consulta pré-natal. Esta consulta pode ser feita no centro de saúde ou com o ginecologista.

O ideal é estar o casal na consulta. Todas as informações fornecidas por ambos são fundamentais e podem influenciar a saúde do futuro filho ou filha. O estado de saúde do casal, especialmente da mãe condiciona as recomedações que o médico irá fazer.

Se Está Grávida
Como saber se está grávida

Se a menstruação não aparecer na data esperada, ao fim de uma semana pode ser feito um teste de gravidez através da urina. Este teste pode ser feito se for comprado numa farmácia ou num supermercado. Também pode recorrer aos técnicos de um centro de saúde.

A importância de ir ao médico

É muito importante que a grávida seja vigiada e acompanhada durante a gravidez através de consultas periódicas que podem ser feitas num centro de saúde. As consultas permitem diagnosticar precocemente doenças e infecções, evitando assim partos prematuros.

Cuidados essenciais durante a gravidez

Comer várias vezes ao dia. Evitar os doces e beber bastante leite. Não ingerir bebidas alcóolicas. É importante dar um passeio a pé ou manter alguma actividade física. Há também cuidados a ter com a medicação.

Efeitos psicológicos de gravidez

Os sentimentos de alguma insegurança e de inquietação são normais. Os receios por se estar numa fase de grande transformação física e psicológica e são mais evidentes quando se trata da primeira gravidez.

Quando estes sinais se tornarem mais fortes, a mulher deve pedir apoio ao seu companheiro, familiares, amigos ou serviços específicos de ajuda abordando naturalmente os receios que sente.


Se Não Consegue Engravidar
Um casal é considerado infértil quando tem relações sexuais regularmente durante um ano, sem usar qualquer método contraceptivo e não consegue uma gravidez.

Há várias causas para a infertilidade. Cerca de metade dos casos deve-se a alterações relacionadas com o homem, a outra metade com a mulher. Nestas circunstâncias o casal deve ir a um serviço de saúde de modo a identificar as causas e poder ser ajudado.

O médico de família deve reencaminhar as pessoas com o diagnóstico para as consultas de infertilidade existentes nos hospitais públicos ou em serviços de saúde privados.

Com as técnicas existente, muitas das pessoas consideradas inférteis conseguirão ter um ou mais filhos, embora o processo possa ser mais demorado.


Direitos Fundamentais de Mães e Pais
Qualquer grávida, portuguesa ou estrangeira, mesmo que não esteja inscrita na Segurança Social, tem direito a consultas médicas, bem como a exames e internamentos gratuitos, quando aconselhados pelo médico assistente, durante a gravidez, o parto e nos 60 dias a seguir ao nascimento.
O pai tem igualmente direito a exames gratuitos, quando esses exames forem considerados pelo médico assistente da grávida.
As trabalhadoras grávidas têm direito a dispensa de trabalho para se deslocarem a consultas de vigilância da gravidez.
A mãe tem direito a ser dispensada para amamentação ou aleitamento, por dois períodos distintos, com duração máxima de uma hora em cada dia de trabalho, até o filho ter um ano. Este direito não implica a perda de salário ou de qualquer outra regalia.
O pai também tem direito a usufruir desta licença desde que a mulher não queira ou não a possa gozar.
Durante a gravidez e até 3 meses após o parto, a mulher tem direito a não executar tarefas que sejam desaconselhadas à sua situação, tais como:
- tarefas violentas
- manipulação de produtos perigosos ou tóxicos
- exposição a condições que prejudiquem a saúde

As trabalhadoras grávidas têm direito a uma licença de maternidade de 120 dias, 90 dos quais terão de ser obrigatoriamente gozados a seguir ao parto; os restantes 30 dias poderão ser gozados, na totalidade ou em parte, antes do parto.
Em algumas situações o pai tem direito a esta licença em alternativa à mãe (nomeadamente nos casos da incapacidade física ou psíquica da mãe e enquanto esta se mantiver, em caso de morte ou por decisão conjunta dos pais).
O pai tem direito a uma licença de cinco dias úteis, seguidos ou intervalados, no primeiro mês a seguir ao nascimento do filho.
Nos casos de nascimentos múltiplos, o período de licença previsto no número anterior é acrescido de mais 30 dias por cada gemelar além do primeiro.
No caso de a mulher ter de ser internada devido a uma situação de risco, o período de licença anterior ao parto pode ser prolongado por mais de 30 dias, sem perda do direito aos 90 dias de licença a seguir ao parto.
Em caso de aborto, a mulher tem direito a licença com duração mínima de 14 dias e máxima de 30 dias.

Gravidez na Adolescência
A gravidez no período da adolescência produz inevitavelmente um forte impacto psicológico na rapariga e também nos rapazes. As consequências não são apenas a curto prazo, mas prolongam-se no tempo.

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Reflexões sobre causas e consequências da gravidez na adolescência
Bibliografia sobre gravidez e maternidade precoces

Os Homens e Saúde Sexual e Reprodutiva

A saúde sexual e reprodutiva tem sido tradicionalmente um tema mais associado às mulheres, sobretudo se estivermos no contexto dos casais heterossexuais e nas questões relacionadas com a contracepção.

Contudo, e cada vez mais, os homens são chamados a ter um papel de responsabilidade que começa nos cuidados com a sua própria saúde sexual e reprodutiva.

A prática de comportamentos sexualmente saudáveis, independentemente da natureza das relações, é uma responsabilidade de todos.