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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Cirurgias para Ceratocone - Implante de Segmento(s) de Anel intracorneano:


Segundo o especialista Dr. Gustavo Bonfadini, “Quando os óculos e a nova geração de lentes não são bem aceitos pelo paciente, uma boa opção para o tratamento do Ceratonone, os anéis intra-corneanos são indicados para restaurar a asfericidade da córnea, ou seja, o seu aplanamento.”

O anel intracorneano para Ceratocone ou anel intraestromal é um pequeno segmento semi-circular, implantado na córnea para corrigir a visão em pacientes com astigmatismo. O objetivo é causar um aplanamento da córnea mudando a refração. A cirurgia é rápida e indolor, permitindo assim uma recuperação rápida e a volta do paciente ás atividades normais em pouco tempo.

Conforme explicado pelo Diretor do Banco de Olhos do Rio de Janeiro (INTO), Dr. Gustavo Bonfadini, atualmente este procedimento já pode ser realizado por meio de um Laser de Femtosegundo. Com o uso do Laser, não há corte com bisturi, fazendo com que a incisão seja criada a partir de uma fotodisrupção (separação virtual) das lamelas da córnea, confeccionando assim um túnel na córnea exatamente conforme planejado pelo cirurgião, conferindo uma maior previsibilidade e eficiência na cirurgia.

O procedimento, realizado em centro cirúrgico com anestesia local (anestesia com uso de colírio), oferece o benefício de ser reversível e potencialmente substituível, uma vez que não envolve a remoção de tecido ocular.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Tratamento do ceratocone

O tratamento do ceratocone visa sempre proporcionar uma boa visão ao paciente, bem como garantir seu conforto na utilização dos recursos que serão empregados e principalmente preservar a saúde da córnea. As alternativas de tratamento de modo geral são avaliadas nesta ordem: óculos, lentes de contato, e cirurgias.

O acompanhamento constante da doença é importante, pois o Ceratocone é uma doença progressiva. Tanto o diagnóstico da doença como a verificação de sua progressão dependem de exames especiais, destacando-se a topografia da córnea (estudo da superfície), tomografia de córnea (estudo 3D), acuidade visual e refração (avaliação da óptica ocular).

domingo, 30 de agosto de 2015

Tratamento do Ceratocone

Muitos casos de Ceratocone são diagnosticados como Astigmatismo irregular (distorção da imagem causada pela alteração da curvatura normal da córnea) ou Miopia.

Ceratocone é uma doença ocular que preocupa muitos pacientes, necessitando de diagnóstico precoce para interromper sua progressão e permitir um tratamento bem-sucedido. Estima-se que a doença atinja uma em cada 20 mil pessoas e faz com que a córnea adquira formato cónico e irregular, resultando em visão distorcida, mas não se preocupe, ceratocone tem cura .




quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Lentes para queratocone

O queratocone é um problema familiar, em que há uma herniação da córnea para fora. Ela vai ficando pontuda, em formato de cone, como diz o nome, e a visão vai ficando cada vez pior, mesmo com óculos.
Nesse caso temos de usar lentes de contacto, pois a correcção com óculos é péssima, e essas lentes têm de ser rígidas.
A adaptação é difícil, dolorosa, mas imprescindível. Aqui deixa de ser uma opção para ser uma necessidade absoluta.
Hoje temos as lentes de dupla curvatura, sendo que uma das curvas faz o apoio corneano e a outra a correcção. São geralmente mais cómodas e com adaptação melhor.

Cirurgia refractiva:



Nunca fui adepto da cirurgia refractiva, pelo método chamado queratotomia radial. Nesse método damos vários cortes radiais na córnea, em "roda de carroça", e esses cortes, fazendo o enfraquecimento da periferia corneana fazem com que ela se projecte para frente, assim aplanando o centro da córnea.

Minha experiência é que grande parte desses graus anteriores voltam após a cicatrização, e nunca mais conseguimos uma correcção razoável e estável com óculos e lentes de contacto.
Actualmente com o advento do excimer laser a cirurgia se torna muito mais confiável e funcional.



As cirurgias refractivas devem ser feitas após os 23 anos, quando a graduação passa a variar bem menos. Actualmente estão sendo feitas cirurgias diferentes, corno, por exemplo, a colocação de lentes de contacto de cristalino, para graus fortes, uma cirurgia semelhante à de catarata, em que o olho é aberto, mas o trauma corneano é muito menor.

Informação retirada daqui

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Sintomas do Queratocone


Ceratocone  (do Grego: kerato - chifre, córnea; e konos - cone) é uma deformação da córnea, definida como ectasia não inflamatória degenerativa, que se caracteriza pelo progressivo adelgaçamento da região central da córnea.
Esta afecção é a distrofia mais comum da córnea, acometendo uma pessoa a cada 1.000, e normalmente inicia-se como miopia ou astigmatismo  ou ambos, podendo evoluir rapidamente, ou então, levar muitos anos para desenvolver-se. Costuma surgir na adolescência, por volta dos 16 anos de idade e dificilmente se desenvolve após os 30 anos. Normalmente ocorre assimetricamente, sendo que em 90% dos casos, acomete ambos os olhos; todavia, o diagnóstico da doença no segundo olho ocorre aproximadamente 5 anos após o diagnóstico no primeiro olho.

Não se conhece ao certo os achados clínicos e as associações não-oculares ligadas ao ceratocone, mas é conhecido que esta é uma doença hereditária. Pacientes alérgicos que possuem o hábito de coçar o olho apresentam mais chances de desenvolver o ceratocone no período da adolescência.

A manifestação clínica inicial relatada por pacientes com ceratocone é uma ligeira desfocagem de sua visão, momento em que procuram um profissional da área. Inicialmente, os sintomas podem ser os mesmos de qualquer outro defeito refrativo do olho. Ao passo que a doença progride, a visão vai se deteriorando, muito rapidamente em muitos casos. A acuidade visual fica prejudicada e a visão noturna normalmente é fraca. Há casos de pessoas que apresentam visão em um olho significativamente pior que no outro olho. Pode haver também o surgimento de fotofobia (sensibilidade à luz), astenopia que pode aparecer pelo ato de coçar os olhos ou por forçá-los durante a leitura. No entanto, essa afecção normalmente não causa dor.

O sintoma clássico do ceratocone é a poliopia monocular, que é a percepção de diversas imagens “fantasmas”. Este efeito é mais facilmente percebido em um campo de visão que apresenta alto contraste como, por exemplo, um ponto luminoso em um ambiente escuro. Nesse caso, pacientes com ceratocone percebem diversas imagens daquele ponto, espalhadas irregularmente. Alguns pacientes podem também apresentar diplopia monocular, ao invés de poliopia monocular, que é a percepção de imagem dupla.

O diagnóstico é relativamente fácil. Todavia, nas fases iniciais da afecção, este torna-se complicado, demandando uma detalhada história clínica, medidas de acuidade visual e refração, e ainda, exames complementares realizadas por instrumentação adequada. O exame de topografia corneana computadorizada fornece um diagnóstico mais detalhado da córnea, mostrando irregularidades presentes nesta. Também pode ser utilizados outros equipamentos para a detecção dessa afecção, como o biomicroscópio ou lâmpada de fenda, sendo que por meio desses o médico poderá observar diversos sinais clássicos do ceratocone.

O tratamento dessa afecção irá variar de acordo com a severidade do caso. A primeira tentativa de tratamento é feita por meio da correção óptica, havendo, inicialmente, uma correção satisfatória da miopia e do astigmatismo. Todavia, ao passo que a doença evolui, a visão é corrigida com maior eficácia por meio do uso de lentes de contato, que levam ao aplanamento da córnea e proporcionam uma visão adequada.

Caso haja intolerância ao uso das lentes de contato, ou estas não fornecem mais uma boa visão, recomenda-se o transplante de córnea. Contudo, mesmo após o implante, o uso de lentes de contato não é descartado.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ceratocone
http://www.vejam.com.br/node/16
http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3075/-1/ceratocone-doenca-decorrente-de-alteracao-genetica-tem-causa-desconhecida.html
http://www.imo.com.br/storage/pdf/Ceratocone.pdf
Foto: http://centrodavisao.com.br/html/patologias.html

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Cirurgia de Ceratocone Crosslinking

O Crosslinking é um tratamento indicado para pacientes com ceratocone progressivo, ou seja, com alta possibilidade de piorar com o tempo. O objetivo é tornar a córnea mais rígida, e com isso aplacar a evolução do ceratocone e evitar a degradação visual e até retardar a necessidade de um transplante de córnea.

O ceratocone é uma doença ocular que ainda não tem uma causa específica determinada. O tecido da córnea perde a estabilidade e começa a assumir um formato irregular, muitas vezes em cone. Com isso, a pessoa passa a não enxergar muito bem.

Em estágios iniciais, é possível corrigir a visão com óculos ou lentes de contato rígidas. Todavia há pacientes que não se adaptam as lentes ou apresentam uma progressão na doença, tornando a cirurgia de ceratocone crosslinking a melhor solução.

A Cirurgia de Ceratocone Crosslinking e feita com a aplicação de uma substância chamada riboflavina, isso, é claro, após a aplicação tópica da anestesia por meio de colírios. Depois, é aplicada Luz UVA, que ativa a substância e faz uma remodelagem da córnea.

Após a cirurgia, o paciente ainda vai precisar da ajuda de óculos ou lentes para correção de problemas refrativos, já que a cirurgia de ceratocone não tem essa atuação específica. Muitos pacientes conseguem alcançar a estagnação da doença, mas é importante observar que a Cirurgia de Ceratocone Crosslinking não é um procedimento definitivo. Com o tempo, o ceratocone pode voltar a evoluir.

Sendo assim, é muito importante continuar acompanhando o quadro após a cirurgia, para que o oftalmologista possa avaliar as medidas seguintes a serem tomadas. Também é importante seguir todas as orientações no pós-operatório, garantindo o sucesso da operação.

A Cirurgia de Ceratocone pode ser realizada com o Crosslinking e também com Anel de Ferrara. Baixe o e-book gratuito e saiba mais sobre os tratamentos do ceratocone.


domingo, 28 de dezembro de 2014

Transplante lamelar de córnea – A mudança radical de um paradigma

A córnea é uma estrutura transparente localizada na superfície do olho que é completamente transparente e permite a passagem da luz de forma a que a imagem seja visualizada adequadamente no fundo ocular (retina). Quando ocorre perda da transparência da córnea, necessitamos de um transplante de córnea.

As doenças mais frequentes que necessitam de transplante de córnea são o queratocone em fase avançada (alteração da curvatura da córnea com adelgaçamento irregular), as distrofias corneanas, sendo a distrofia de Fuchs a mais frequente (situação bilateral, muitas vezes familiar, mais frequente em senhoras a partir da idade média de vida), que levam a uma diminuição progressiva da transparência da córnea e a queratopatia bolhosa, muitas vezes consequência de procedimentos cirúrgicos complicados após cirurgias de catarata e outras e que acarreta uma descompensação da córnea com diminuição da visão e, muitas vezes, dores.

O transplante de córnea é uma cirurgia que consiste em substituir uma córnea doente por uma córnea saudável proveniente de um dador com a finalidade de melhorar a visão no mais rápido espaço de tempo e com as menores complicações possíveis.

Por ano são realizados cerca de 700 transplantes de córnea em Portugal que podem ser de dois tipos: transplantes penetrantes (substituem toda a espessura da córnea), e que hoje se realizam cada vez menos, e os transplantes lamelares (substituem apenas a parte da córnea que se encontra lesada).

Os transplantes de córnea totais (penetrantes) estão associados a uma recuperação da acuidade visual demorada (muitas vezes superior a um ano e com refrações acentuadas), com necessidade de múltiplas consultas para remoção seletiva dos pontos e com uma frequência de complicações maior.

Os transplantes lamelares, fundamentalmente os posteriores da córnea, utilizados principalmente na distrofia de Fuchs e na queratopatia bolhosa, permitem unicamente a substituição do endotélio doente e constituíram um avanço significativo na rapidez, segurança e conforto da transplantação corneana, ao substituir apenas a camada da córnea afetada.

Esta técnica inovadora apresenta grandes vantagens em relação à penetrante, uma vez que reduz o tempo de cicatrização e recuperação permitindo uma recuperação de visão maior e mais rápida, exige menos consultas de seguimento, diminui a taxa de infecções e apresenta uma baixa taxa de rejeição da córnea transplantada, quando comparada com a técnica convencional.

Um dos objetivos destas técnicas cirúrgicas mais recentes é a obtenção de lamelas o mais finas possíveis de modo a possibilitar a mais rápida recuperação de visão.

Neste sentido, o nosso grupo desenvolveu uma técnica pioneira a nível mundial, em que obtém consistentemente e de forma segura, lamelas de córnea inferiores a 120 micras de espessura (DSAEK ultrafino com laser de Femtosegundo), que possibilitam uma recuperação de visão muito mais rápida. O laser de Femtosegundo, associado a uma maior segurança e predictabilidade, apresenta a grande vantagem de fazer incisões na córnea com profundidade e diâmetros desejados e com uma precisão jamais alcançada por outra técnica. Os resultados que obtemos, frequentemente com acuidade visual corrigida de 20/25 (oito décimos) ao 6º mês pós-operatório, sem perda de córneas durante a preparação dos enxertos nem falências primárias demonstram a segurança, predictabilidade e melhoria visual significativa que a técnica desenvolvida permite alcançar.

Trata-se verdadeiramente de uma mudança radical na forma de tratar doenças da córnea  frequentes, que outrora condenavam os doentes a processos de recuperação penosos e com resultados visuais muitas vezes dececionantes.

Autoria - Prof. Joaquim Neto Murta
Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e coordenador da Unidade de Oftalmologia de Coimbra (Idealmed)