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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Onze mandamentos da pílula do dia seguinte


Uma mulher que decida utilizar a pílula do dia seguinte deve fazê-lo devidamente informada. É exactamente para oferecer de forma sistematizada esta informação elementar que se coligem as observações que se seguem, sem prejuízo de uma regra de ouro, que consiste na obtenção junto do seu farmacêutico e do seu médico de informação adicional que possa concorrer para um maior nível de esclarecimento. Só depois é que se poderá falar em responsabilização assumida pela utilização deste medico contraceptivo de emergência.
E vamos aos factos.

Onze mandamentos da pílula do dia seguinte

1-Trata-se de um método que não substitui a contracepção regular.

2 - É destinatária desta pílula toda e qualquer mulher que tenha tido uma relação sexual não protegida.

3 - Importa saber claramente em que é que a pílula do dia seguinte difere da pílula habitual. Esta ultima é para ser tomada todos os dias, confere uma prevenção de gravidez durante todo o mês, e os comprimidos têm uma dose baixa de hormonas, enquanto que a pílula do dia seguinte têm uma dose muito elevada de hormonas, só se tomam 2 comprimidos apenas conferindo protecção á ultima relação sexual, se a mesma tiver ocorrido até 72 horas antes.

4 - Há que atender a natureza da sua aquisição. No preciso momento em que se escreve este texto, há uma marca que pode ser adquirida sem receita médica, e uma outra que está sujeita a prescrição médica, por razões de composição.

5 - Não se pode garantir totalmente que a toma desta pílula não evite a gravidez.A sua eficácia depende do tempo decorrido entre a relação sexual e a toma do primeiro comprimido, sendo máxima esta eficácia se o primeiro comprimido for tomado nas primeiras 24 horas após a relação, reduzindo-se a eficácia significativamente depois das 48 horas, sendo desnecessária a sua toma após as 72 horas, porque a partir daí não sortirá qualquer efeito.

6 - Quando se toma a pílula do dia seguinte, fica-se obrigado a adoptar, com novas relações sexuais ocorridas durante o mesmo ciclo menstrual, outros métodos contraceptivos eficazes (caso do preservativo, espermicida, cone vaginal, ente outros).

7 - A pílula do dia seguinte não pode ser administrada numa mulher grávida, no entanto pode sê-lo numa mulher que esteja a amamentar.

8 - Pode ser tomada em qualquer altura do ciclo menstrual, e estão bem identificados os quadros em que tem uma eficácia comprometida (isto é reduzida), a saber : mulheres que estejam a tomar anti-epilépticos(fenobarbital, carbamazepina, fenitóina, primidona), alguns antibióticos (rifampimicina), antifúngicos (griseofulvina).

9 - Esta pílula não está recomendada na mulher que esteja em risco de fazer uma gravidez ectópica (quer dizer fora do útero).

10 - Não é um método completamente inócuo, pois pode causar náuseas, vómitos, vertigens, dores de cabeça e de barriga, aumento de tensão mamária.

11 - O tratamento consiste na toma de 2 comprimidos. O primeiro, tomado sempre até 72 horas após a relação sexual, e o segundo 12 horas depois do primeiro. Caso surjam vómitos nas primeiras horas após ter sido tomado um comprimido qualquer, impõem-se a obrigação de tomar um novo comprimido já que anterior foi provavelmente eliminado pelo vómito (mesmo que o comprimido não tenha sido detectado no vómito, é de considerar que se perderam as substancias activas).


Finalmente toda a mulher que recorreu à pílula do dia seguinte deve ser observada em exame ginecológico ao fim de três semanas. E, caso a menstruação não tenha vindo na altura esperada, deverá fazer-se um teste de gravidez.


Renova-se a insistência na regra de ouro de informação adicional que se deve obter junto do farmacêutico ou do médico. Estes (Onze Mandamentos) devem ser apreciados como uma discrição elementar que em caso algum substituem a exigência da interessada em que se informar junto do seu farmacêutico ou médico sobre quando é que deve utilizar a contracepção de emergência, quais as precauções a ter, como é que deve agir para que esta pílula seja eficaz, que cuidados a ter durante o mesmo ciclo menstrual, se existem interacções com os medicamentos que está a tomar e qual a duração deste contraceptivo.

Mensagem central a reter: a todos os títulos, a contracepção, de emergência requer a consulta de um profissional de saúde, seja farmacêutico, enfermerio ou médico.


Fonte: Onze mandamentos da pílula do dia seguinte | Planeamento Familiar

O Acne e a Pílula


O acne pode ser causado por uma série de razões, mas uma das razões principais para que tenha acne é devido a alterações hormonais. Quando as meninas chegam à adolescência, a produção de certas hormonas começa a aumentar e muitas vezes o aparecimento da acne ocorre durante este período. Estas meninas carregam este acne induzido hormonalmente até à vida adulta e algumas podem ter problemas de auto-confiança e auto-estima em resultado disso.

O acne hormonal em mulheres adultas diz-se piorar na altura da sua menstruação, pois é neste período durante o ciclo menstrual natural que um grande desequilíbrio de hormonas no organismo. Estudos mostraram no entanto, que a manipulação hormonal, o que é exactamente o que a pílula anticoncepcional faz, pode ajudar a regular e diminuir os efeitos do acne, por isso falar-se muito sobre o acne e a pílula.

O que a pílula faz para parar o acne?
A pílula combinada contém duas hormonas femininas, estrogênio e progestogênio sintético, e manipula o nível de hormonas no corpo. Ao fazer isso, a pílula regula as hormonas femininas e equilibra-as. Isto significa que existem variações menos graves e surtos de hormonas, que provocam que o acne apareça. As pílulas que são mais eficazes a ajudar a parar o acne, são as que tem níveis reduzidos de androgénios.

Pode a mini-pilula parar o acne?
A mini-pílula não é indicada para ser usada no tratamento do acne. De facto, algumas mulheres viram o estado da sua pele agravar enquanto tomam a mini-pílula, pois um dos efeitos secundários mais comuns são irritações na pele, manchas e erupções cutâneas.


Fonte: O Acne e a Pílula | Planeamento Familiar

Pílula Contraceptiva – FAQ


Tens aqui algumas das perguntas mais frequentes que vocês costumam colocar sobre a pílula. Podes ir já para a resposta que pretendes mas se quiseres aprender mais sobre a pílula podes seguir a ordem que te propomos.

A Pílula Contraceptiva
Mais de 60 milhões de mulheres utilizam este método contraceptivo sendo o método em relação ao qual mais estudos têm sido realizados.

A pílula é um método contraceptivo que consiste num comprimido oral, composto por hormonas idênticas às que produzem os ovários.

A pílula é um método contraceptivo muito eficaz e seguro se usada correctamente. Protege de uma gravidez indesejada. O teu Médico (a) recomendará qual é a mais conveniente para ti.

O que é a pílula contraceptiva e como funciona?
A pílula é composta de hormonas similares às que a mulher produz nos ovários. O seu principal mecanismo consiste em evitar que se dê a ovulação. Ao não se dar a ovulação, não é possível a fecundação e consequentemente a gravidez.

Por outro lado a pílula modifica a mucosa do útero para que este não fique em condições de acolher um óvulo que tenha sido eventualmente fecundado. O outro mecanismo de funcionamento da pílula é que ela provoca um espessamento do muco cervical dificultando a passagem dos espermatozóides.

Quando é que se deve começar a tomar a pílula pela primeira vez?
A pílula deve começar a tomar-se no 1º dia da menstruação. Ao olhares para a embalagem deves escolher como primeiro comprimido a tomar um que coincida com o dia da semana em que vais iniciar a toma da pílula. 

Depois continuas a tomar um por dia, de preferência sempre à mesma hora, pois facilita não te esqueceres, seguindo as setas que se encontram impressas na embalagem. Na maioria das pílulas após uma toma diária em 21 dias consecutivos, faz-se uma pausa de 7 dias.

Este período de pausa corresponde ao período menstrual induzido pela pílula. Na maioria das mulheres as perdas menstruais durante estes 7 dias são inferiores às que ocorrem se não se estiver a tomar a pílula.

Ao fim destes 7 dias começa-se a tomar novamente a pílula (primeiro comprimido de uma nova embalagem) começando no mesmo dia da semana em que pela primeira vez se tomou a pílula. Este início da nova embalagem faz-se ao fim de 7 dias mesmo que eventualmente ainda não tenha terminado o período.

Quando se começa uma pílula deve fazer-se descansos?
Sem ser por razões médicas (intolerância clínica ou biológica) não existem razões para fazer descansos. Tais descansos não evitam os efeitos secundários da pílula, dificultam a regulação hormonal e aumentam a probabilidade de engravidares já que nos descansos pode haver tendência para esquecimentos ou a utilizar métodos pouco fiáveis.

O que acontece se houver um esquecimento da pílula?
A pílula contraceptiva deve tomar-se sempre à mesma hora. Se houve um esquecimento e este é inferior a 12 horas deves tomar imediatamente a pílula que está em atraso e nesse mesmo dia tomas a outra pílula à hora habitual.

Exemplo – Toma da pílula às 21 horas. Houve um esquecimento. No outro dia de manhã às 08H00 lembras-te. Tomas imediatamente a pílula que estava em atraso e neste mesmo dia às 21 horas tomas a pílula do dia. Tudo segue normalmente.

Se o esquecimento é superior a 12 horas (por exemplo se só te lembras às 10 horas da manhã do dia seguinte) tomas a pílula em esquecimento e a outra à hora habitual (21 horas) como no caso anterior só que já não estás protegida contra uma gravidez indesejada. Isto significa que tens de continuar a tomar a embalagem até ao fim para evitares a desregulação do ciclo e ou de pequenas perdas menstruais. 

Se vieres a ter relações sexuais durante este período tens que utilizar outro método contraceptivo, por exemplo o preservativo. Aliás este é o único que te protege de infecções sexualmente transmissíveis como a sida.

O que acontece se estiver a tomar a pílula e vomitar, ou tiver diarreia?
A pílula contraceptiva é absorvida como os alimentos fazendo o mesmo percurso que os alimentos aquando de uma digestão. Isto significa que leva em média 3 a 4 horas a ser absorvida pela corrente sanguínea como acontece com a digestão dos alimentos. Se por alguma razão vomitares num período até 4 horas após teres tomado a pílula tens que repetir a toma da pílula. Neste dia vais ter que tomares 2, pois a primeira não fez efeito.

É preferível até que tenhas uma embalagem suplente e que tomes um comprimido dessa embalagem para não haver confusão com o esquema habitual.

Se passaram mais de 4 horas desde que tomaste a pílula não deves ficar preocupada pois não foi alterada a sua eficácia contraceptiva. Em relação a diarreia é igual pois esta pode acelerar o trânsito intestinal e não permite a absorção da pílula. Neste caso deves usar outro método adicional (preferencialmente o preservativo) até a situação se resolver.

E se estiver a tomar medicamentos?
A maioria dos medicamentos não interfere com a pílula. Contudo se estiveres a tomar antibióticos, alguns deles podem reduzir a eficácia da pílula. Informa o teu médico para que ele te aconselhe o que fazer se estiveres a tomar medicamentos. Igualmente deves informar o teu médico que já tomas a pílula se ele te for receitar algum medicamento.

Quais são os benefícios da Pílula Contraceptiva?
- Regulariza os ciclos menstruais: Nem muito longos, nem muitos curtos. (Um ciclo menstrual vai desde o primeiro dia de uma menstruação até ao primeiro dia da menstruação seguinte);
- Reduz ou eliminas as dores e a tensão pré-menstrual antes e durante o período menstrual;
- Diminui a quantidade da menstruação, prevenindo desta forma a incidência de anemia por privação;
- É um método reversível. Uma vez que se pare com a pílula volta a ovulação e a possibilidade de se engravidar;
- Oferece uma eficácia de 99,9% se tomada de uma forma correcta;
- É um método discreto e não interfere com as relações sexuais;
- Algumas pílulas melhoram algumas alterações da pele como a acne;
- Diminui a incidência de cancro do útero (endométrio) e do ovário;
- Diminui a ocorrência de Doença Inflamatória Pélvica;
- Reduz (a incidência) as doenças benignas da mama.

E as Desvantagens?
A Pílula tal como outros métodos contraceptivos também tem contra-indicações e ou desvantagens. Por exemplo, não protege em relação às doenças sexualmente transmissíveis como a SIDA.

Como seria exaustivo estar aqui a descrever-te todos e como achamos que esta página não dispensa conversar com técnicos de saúde especializados (médicos de família, enfermeiras, ginecologistas etc.) apenas em síntese referimos como contra-indicações:

- Existência de história de trombose venosa, doenças do coração (como por exemplo doença da artéria coronária) e hipertensão arterial grave;
- Cancro da mama em curso ou qualquer outro cancro dependente de esteróides;
- Diabetes Mellitus de difícil controlo e insulino-dependente;
- Qualquer hemorragia do tracto genital não diagnosticada tem que primeiro ser investigada antes do início da toma da pílula ou de outros métodos contraceptivos.

Quanto tempo depois de iniciar a pílula pela primeira vez estou protegida?
Se começares a tomar a pílula no primeiro dia da menstruação estás protegida de engravidar desde o início incluindo nos sete dias de descanso quando a primeira embalagem termina.

Se iniciares a pílula numa outra altura do ciclo é preferível usares outro método contraceptivo durante a toma da pílula durante a primeira embalagem.

Quando iniciares a segunda embalagem passada a pausa já estás seguramente protegida.


Fonte: Pílula Contraceptiva - FAQ | Planeamento Familiar

Brochura sobre Métodos Contraceptivos

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Educação Sexual em Rede nº3



Download -  Educação Sexual em Rede nº3

Folheto sobre o Anel Vaginal


Folheto sobre a Dupla Protecção


Folheto sobre o Implante Contraceptivo


Resumo sobre os Métodos Contraceptivos


...E sobre abusos sexuais

O abuso sexual acontece sempre que a privacidade sexual de alguém é desrespeitada. Forçar alguém a ter relações sexuais chama-se violação. Mas a violação é só um dos tipos de abuso sexual.

O toque não desejado, as carícias, a observação, a conversação ou ser forçado a olhar para os órgãos sexuais de outra pessoa, são outras formas de abuso sexual.

Embora a maioria das pessoas que praticam o abuso sexual sejam homens, os perpetradores podem ser homens ou mulheres, mesmo os nossos amigos ou até membros da nossa família. De facto, a maior parte dos casos de abuso sexual são cometidos por amigos, conhecidos ou familiares.

O abuso sexual, a violação e o incesto são crimes graves que são punidos pela lei. No entanto, são ainda seriamente omitidos. Muitas vezes, as vítimas sentem-se demasiado embaraçadas e envergonhadas para contar o que lhes aconteceu. Sentem-se muitas vezes, ou fazem-nas sentir, que o abuso ou a violação foi culpa sua.

Assegure-se que os seus filhos sabem que:
Ninguém tem, nunca, o direito de lhes tocar ou de os obrigar a fazer algo de sexual sem a sua autorização.

As vítimas de abuso sexual não são responsáveis pelo que lhes aconteceu.


A ideia de abuso sexual pode confundir muito as crianças. Ensinaram-lhes a respeitar os adultos e a fazer o que os pais e outros familiares lhes dizem para fazer. Muitas crianças são obrigadas a prometer segredo do abuso sexual.

Pode ajudar o seu filho falando abertamente sobre o que é o abuso sexual, que tem o direito de se proteger e insistindo que toda a pessoa que seja vítima de abuso sexual deve falar com um familiar em quem confie, um amigo, um professor, alguém que seja capaz de ajudar a acabar com o abuso sexual.

Pedofilia - Joana


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