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sábado, 28 de dezembro de 2024

Contracepção de Emergência

 


O que é?
A contracepção de emergência (CE) refere-se aos métodos que podem ser utilizados depois de uma relação sexual não protegida ou nos casos em que há falha do método contraceptivo utilizado (ex: o preservativo rompeu, saiu ou ficou retido na vagina, houve falha na toma da pílula, o DIU deslocou-se, houve erro no cálculo do período fértil).


A contracepção de emergência não é abortiva. Pode actuar de várias formas para prevenir a gravidez, consoante a altura do ciclo menstrual em que é tomada, mas nunca interrompe uma gravidez em curso.


Como funciona
Pode inibir ou adiar a ovulação (a saída do óvulo do ovário)
Pode impedir a fertilização (o encontro do espermatozóide com o óvulo)
Pode impedir a nidação (implantação do ovo na parede do útero)

Tipos de contracepção de emergência
Hormonal – Pílula de emergência (conhecida como “pílula do dia seguinte”). Pode ser tomada até 120 horas após a relação sexual não protegida

DIU – Dispositivo intra-uterino com cobre – neste caso, a sua colocação tem de ser feita por um técnico de saúde especializado até 5 dias após a relação sexual.

Eficácia
De uma forma geral, a CE é menos eficaz que os métodos contraceptivos de uso regular, sendo este um motivo para não ser um método de utilização frequente.

A CE pode prevenir 3 em cada 4 gravidezes e é única forma de evitar uma gravidez após a relação sexual não protegida, reduzindo o recurso ao aborto.

Efeitos secundários
Os efeitos secundários mais comuns da contracepção de emergência podem ser:
Náuseas
Vómitos
Hemorragia irregular
Tensão mamária, dores de cabeça, cansaço

Mensagens importantes sobre a Contracepção de Emergência
Não protege contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis
Não é um método contraceptivo de uso regular
Não é abortiva
Não afecta a fertilidade
Pode ser adquirida gratuitamente nos centros de saúde e hospitais
Existem marcas de venda livre nas farmácias
É recomendável que se procure aconselhamento técnico antes ou após a utilização da CE

Consultar quadro comparativo dos métodos (síntese)

 

Download - Consultar quadro comparativo dos métodos (síntese)


Alguns métodos contraceptivos

São mecanismos que servem para evitar a gravidez não desejada e também as DST’s.

Estes métodos estão divididos em naturais e não naturais.
Naturais:Consiste em calcular o período fértil, e desta forma evitar que haja fecundação.
Não naturais: Impedem a gravidez através de dispositivos locais ou através de medicamentos com hormonas ováricas.

Naturais:

Existem métodos de abstinência periódica (por vezes chamados de “métodos naturais”), que podem ser usados como métodos contraceptivos, exigindo uma aprendizagem durante algum tempo e o acordo dos parceiros. São também aconselhados para determinar a melhor altura para a concepção.
Os métodos de abstinência periódica não protegem das IST e implicam uma observação diária (excepto o calendário). Mesmo assim, a sua taxa de eficácia, em jovens e adolescentes é relativamente baixa.

Método do calendário


Este método consiste em anotar durante mais ou menos 1 ano a duração dos ciclos menstruais. Uma vez feita esta contagem, tem de se subtrair ao ciclo mais curto (18 dias) e ao ciclo mais longo (11 dias). A partir do momento em que estes resultados estão encontrados, o intervalo entre ambos, do menor para o maior, indica o espaço de tempo no qual a mulher se encontra no período mais fértil dos seus ciclos, onde ocorre a ovulação e é mais provável que aconteça uma gravidez. Por exemplo, imaginemos que uma mulher contabilizou o seu ciclo mais curto com 26 dias e o seu ciclo mais longo com 30 dias. Então: 26 – 18 = 8 e 30 – 11 = 19. Isto quer dizer que os dias mais férteis desta mulher são entre o oitavo e o décimo nono dia do ciclo, dias em que não deve ter relações sexuais ou, querendo-o, terá de utilizar um outro método contraceptivo. Convém não esquecer que o primeiro dia do ciclo é o primeiro dia em que aparece a menstruação.

Método do muco cervical


O muco é uma substância gelatinosa, produzida pelas glândulas do colo do útero que sofre alterações ao longo do ciclo menstrual. Na altura da ovulação adquire uma aparência de clara de ovo com grande elasticidade. Este muco facilita a entrada de espermatozóides no útero. 
Se uma mulher quiser utilizar este método para contracepção deverá, todas as manhãs, observar se tem muco na vulva e como é a sua aparência. A aprendizagem pode demorar algum tempo, porque pode ser difícil distinguir o muco de sémen ou algum corrimento. Convém ser acompanhada por um médico ou alguém que seja um bom conhecedor deste método. Para aumentar a eficácia contraceptiva deste método, a mulher / rapariga só deverá ter relações sexuais 3 dias depois da ocorrência do ponto máximo de elasticidade do muco.

Método da temperatura


A temperatura basal do corpo de uma mulher (medida logo ao acordar, sempre à mesma hora, antes de comer e sem ter feito esforço muscular tirando a temperatura na boca, no recto ou na vagina, usando sempre o mesmo termómetro), é variável durante o seu ciclo. Assim, a temperatura nos dias entre a ovulação e a menstruação seguinte sobe cerca de 2 a 5 décimos de grau. Então, só três dias depois desta subida de temperatura ter acontecido, é que é menor o risco da mulher engravidar.
Não se podemos esquecer de uma situação importante, que são as variações de temperatura que o nosso corpo pode ter, como por exemplo, no caso de ter febre ou de alterarmos a hora de dormir. Não podemos esquecer que para usar este método como contracepção, temos de conhecer bem o funcionamento do nosso corpo.

Coito Interrompido


O coito interrompido consiste em retirar o pénis da vagina antes da ejaculação. 
Não é um método contraceptivo, mas sim uma prática muito pouco segura que, além de poder dar origem a uma gravidez, provoca ansiedade em ambos os parceiros podendo também ser causa de futuros distúrbios psicosexuais.
Recordemos também que, antes da ejaculação se produz uma pequena emissão de líquido proveniente das glândulas de Cowper, não visível por nenhum dos parceiros, mas que, no entanto, pode conter espermatozóides.



Não naturais:

Preservativo masculino


O preservativo (camisinha) é um método de barreira contraceptivo usado por homens. É um dispositivo descartável em forma de tubo feito de borracha fina de látex ou membrana animais. É rolado acima do pénis erecto logo antes da relação sexual. Existe normalmente um lugar na ponta do preservativo para reter o sémen ejaculado impedindo que o mesmo atinja o útero da mulher. Preservativos de látex provêem uma barreira contra a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Os preservativos masculinos estão disponíveis em uma variedade larga de tipos, cores e texturas e ajustam-se na maioria de homens. Alguns são cobertos com um lubrificante especial que mata os espermatozóides.

Preservativo feminino


É um método relativamente novo de contracepção. 

Este é feito de um tubo de borracha fina, mas tem um anel em cada extremidade. 

Um destes anéis é fechado e inserido na vagina, de modo a tapar o colo do útero, como se fosse um diafragma.

A outra extremidade é aberta e ajusta-se em volta da abertura da vagina e da vulva.

O preservativo feminino protege as mulheres das doenças sexualmente transmissíveis.

Diafragma


O diafragma é um pequeno anel flexível recoberto por uma película de borracha ou silicone que é colocado pela mulher dentro da vagina até cinco horas antes da relação sexual.

Pílula


A pílula contraceptiva oral combinada, também conhecida como pílula anticoncepcional, ou simplesmente "a pílula", é uma combinação de estrogênio e progestágeno administrada oralmente para inibir a fertilidade normal da mulher.

Anel Vaginal


É um contraceptivo hormonal para uso vaginal. É constituído por anel flexível impregnado de hormonas que são lentamente libertadas e absorvidas para a corrente sanguínea.

DIU


Um dispositivo intra-uterino, também conhecido simplesmente como DIU, é um dispositivo anticoncepcional que é inserido no útero, por um médico. O seu mecanismo de acção depende da interferência com a migração dos espermatozóides, com o transporte do óvulo e com a fertilização. Ele impede o processo de nidação, onde o óvulo se fixa no endométrio.



Os dez métodos contraceptivos mais bizarros da história.

Confira os mais loucos e bizarros métodos contraceptivos da história.


1 - Estrume de crocodilo
O que é?
Os antigos egípcios criaram uma pasta feita com estrume de crocodilo e mel. Em seguida, derreteu-o na vagina. Perto disso, o preservativo parece simples, não?
E funciona?
A revista Time diz que o estrume realmente ajudava a evitar gravidez porque criava um óptimo ambiente alcalino, impróprio para a sobrevivência dos espermatozóides.

2 - Agachamento e espirro
O que é?
Em 1 dC, o médico grego, Sorano de Éfeso, recomendou que as mulheres simplesmente se agachassem e espirrassem após o coito para evitar a concepção.
E funciona?
Se funcionasse, todos nós teríamos falido os laboratórios que fabricam pílulas. Em outras palavras, não. Além disso, não vale a pena pular depois do sexo.

3 - Mercúrio aquecido
O que é?
Na China antiga, as mulheres foram orientadas a beber mercúrio quente para evitar a gravidez ou provocar o aborto. Mercúrio, caso você não saiba, pode causar paralisia,tremores,perturbações mentais e morte.
E funciona?
Claro que funciona… afinal, quando alguém morre por intoxicação por mercúrio, não precisa se preocupar com gravidez.

4 - Preservativos de couro
O que é?
Embora hoje soe assustador,os preservativos de couro finos foram usados por homens japoneses em 1800, basicamente para evitar a gravidez. Eles também usavam carapaça de tartaruga e chifres de animais, mas certamente o couro foi uma das melhores adaptações.
E funciona?
Qualquer coisa que impeça a entrada de espermatozóides no colo do útero vai funcionar até certo ponto.Dito isto, descobrimos uma boa razão para o látex ainda ser usado até agora.


5 - Bloqueador de vagina
O que é?
Como a "Sponge Today", uma barreira foi inserida na vagina para bloquear a entrada de esperma no útero. Diferente do "Sponge",era feita de madeira. Utilizado por mulheres nos tempos antigo? Não.Você acredita que eram fabricados na década de 20? Felizmente foi um fracasso.
E funciona?
Outro bloqueador de esperma, mas provavelmente extremamente desagradável para as mulheres.


6 - Pílulas mastigáveis
O que é?
A Femcon FE é uma pílula anticoncepcional mastigável, é uma espécie de chiclete, que torna o acto de tomar  medicamentos mais “divertido”.
E funciona?
É 99% eficaz quando utilizada corretamente, mas o que as mulheres menos esperam é que o anticoncepcional sejam “divertidas”.


7 - Chá de testículo de castor
O que é?
Testículos de castor secos são combinados com álcool para produzir uma mistura que supostamente impede a mulher de engravidar.Curiosamente,algumas mulheres aparentemente ainda praticam este método.
E funciona?
O resultado é tão absurdo quanto o produto.

8 - Banho de Coca-Cola
O que é?
Há rumores de que a Coca-Cola teria sido usada como espermicida na década de 50.A Coca supostamente matava o esperma.
E funciona?
O banho nunca foi um método contraceptivo eficaz.Os espermatozóides são muito rápidos e fortes para serem parados por um banho de líquidos. Além disso, colocar algo açucarado em sua vagina irá trazer transtornos ainda maiores.

9 - Ânus de lebre
O que é?
Durante a Idade Média, amuletos eram comumente prescritos como métodos contraceptivos. Um destes amuletos era uma espécie de coroa de flores feita de ânus de lebre. Você leu certo… ânus de lebre.
E funciona?
Se usar uma coroa de ânus de lebre, provavelmente você não vai ter muitos pretendentes para manter um relacionamento amoroso. Então, nesse caso, é um método contraceptivo extremamente eficaz.

10 - Casar com uma mulher feia
O que é ?
Esse é poderoso, se você pretende não ter um filho o melhor método é não fazer sexo, dai veio a idéia de casar com uma mulher feia pois você não teria vontade nenhum de fazer amor com ela e ainda por cima mesmo naquela seca danada você não ia querer um menino com cara de demónio por ai.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Sexualidade na Adolescência

Métodos contraceptivos - anel vaginal

O que é o Anel Vaginal?
O anel vaginal contém uma combinação de hormonas semelhante à da pílula convencional, entre as quais estrogénios. As hormonas difundem-se através das paredes da vagina. O anel é flexível, transparente e incolor, com cerca de cinco centímetros de diâmetro, facilmente aplicável e que pode ser aplicado pela própria mulher (semelhante à da colocação de um tampão).

Durante as três semanas (21 dias) em que deve estar aplicado, o anel confere uma protecção eficaz. Na quarta semana ele é retirado e aparece a menstruação.
A colocação e retirada do anel é fácil, sobretudo porque não existe uma posição obrigatória que condicione a sua eficácia. Para retirar o anel basta inserir um dedo na vagina até o sentir e puxa-lo para fora, suavemente.

Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, este sistema tem a vantagem de diminuir os problemas hepáticos pois, por serem absorvidas através do revestimento da vagina, as hormonas não passam pelo fígado. Os efeitos secundários são os que são observados em mulheres que utilizam a pílula (embora alguns fabricantes insistam em afirmar que com este método diminui a intensidade de efeitos como as dores de cabeça e o aumento de peso).

Graças à sua forma (circular, com cerca de 5 centímetros de diâmetro) e flexibilidade, a adaptação às paredes vaginais é boa, o que assegura que se mantém no local de forma confortável, pois é sustentado pelos músculos da parte mais estreita da vagina.

Contrariamente ao que algumas pessoas possam pensar, e porque fica colocado na zona mais profunda da vagina, o anel não interfere nem é "sentido" durante a relação sexual.

Como começar a utilizar o anel vaginal?
Se não utilizou qualquer contraceptivo hormonal no mês anterior, considere o primeiro dia da sua menstruação como o "dia 1" e coloque o seu primeiro anel vaginal. Deve fazê-lo pelo menos antes do "dia 5", mas não mais tarde do que esse dia, mesmo que a sua menstruação não tenha terminado. Durante este primeiro ciclo, use um método contraceptivo adicional, como um preservativo ou um espermicida nos primeiros sete dias de utilização do anel.
Se tomava uma pílula hormonal combinada (pílula que contém um progestagénio e um estrogénio), após a última toma da pílula pode inserir o anel vaginal durante os sete dias seguintes. No máximo terá de inserir o anel até ao dia em que deveria retomar a toma da pílula. Não necessita de associar um outro método contraceptivo.
Se tomava uma pílula contendo apenas progestagénio, poderá colocar o anel vaginal em qualquer altura. Não faça intervalo entre a sua última toma da pílula e o primeiro dia de utilização do anel vaginal. Quando transita de um contraceptivo que contém apenas progestagénio para o anel, deve associar outro método adicional de contracepção, como o preservativo ou um espermicida, durante os primeiros sete dias de utilização do anel.
Se tinha um implante subcutâneo, pode aplicar o anel vaginal no mesmo dia em que retirar o implante. Se está a mudar de um contraceptivo injectável, deve colocar o anel no dia em que deveria tomar a sua próxima injecção. Se usava um dispositivo intra-uterino (DIU) poderá colocar o anel no dia em que o retirar.

A venda do anel vaginal só é feita com apresentação obrigatória de receita médica e, pelo menos por enquanto, não é comparticipado.

Contracepção de emergência


O que é a contracepção de emergência?
Os contraceptivos de emergência são métodos para evitar uma gravidez não desejada, depois de ter havido relações sexuais sem protecção. Geralmente, é considerado necessário recorrer a este método quando:
se rompe um preservativo durante a relação sexual;
a mulher se esqueceu de tomar a pílula ou não a tomou da forma correcta e teve relações sexuais;
é um caso de violação;
há situações - a analisar caso a caso - em que tenham ocorrido relações sexuais não protegidas (por exemplo, um daqueles "arroubos" de paixão a que nenhum dos envolvidos foi capaz de resistir e antes do qual ninguém parou para pensar).

Regra geral, não se trata de nada de especial; apenas uma pílula contraceptiva "normal", com uma dosagem diferente da habitual. As pílulas de contracepção de emergência devem ser tomadas o mais cedo possível (a primeira, o mais tardar, até 72 horas após o acto sexual sem protecção).


O que fazer?
O mais indicado é que se dirija ao seu médico assistente, ao ginecologista ou à consulta de Planeamento familiar do Centro de Saúde da sua área de residência. É importante que a mulher fale com um médico antes de recorrer à contracepção de emergência pois, apesar de esta ser uma opção simples e segura para a maioria das mulheres, existem casos particulares em que este método não é aconselhado sem supervisão médica. É o caso de mulheres que possam:
- não ter a certeza de ter ou não engravidado no último mês (atenção a sinais como náuseas, aumento do volume das mamas, anormalidades no último período menstrual);
- ter cancro da mama;
- ter um tumor no sistema reprodutor;
- ter problemas cardíacos;
- ter coágulos nas pernas (varizes, p.e.) ou pulmões;
- ter doenças como diabetes, problemas de fígado, doenças de coração, doenças de rins, fortes enxaquecas ou hipertensão;
- qualquer doença que possa constituir um risco para a sua saúde.

Como tomar?
A contracepção de emergência faz-se em duas etapas. A primeira toma deve ser feita o mais cedo possível, até 72 horas após a relação sexual sem protecção. A segunda toma deve ser feita 12 horas depois da primeira toma.
Meia-hora antes de cada toma, é aconselhável tomar um comprimido para o enjôo (para prevenir eventuais vómitos).

A tabela seguinte, obtida a partir da página de Internet da Associação para o Planeamento da Família (APF), revela a forma de aplicar este método recorrendo a marcas presentes no mercado português. Note-se que já existe no nosso mercado uma embalagem de quatro pílulas para contracepção de emergência, o Tetragynom).

ATENÇÃO!!!
A contracepção de emergência é uma "bomba hormonal", que actua activamente sobre o sistema reprodutor da mulher, logo, este método não deve ser utilizado repetidamente, sendo importante discutir com um técnico de saúde o tipo de contracepção regular que se deseja escolher. Assim, três semanas depois da tomada das pílulas, vá a uma consulta médica para escolher o novo método e excluir uma possível falha da contracepção de emergência.

Se depois de recorrer a este método a mulher desejar ter relações sexuais, é muito importante que utilize um método de barreira (preservativo ou outro) até ao aparecimento do período menstrual.

Nota final:
O que torna este método pouco atraente (recordar que se trata de um método de emergência):
Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis, o que inclui a SIDA, entre outras.
Tem que ser posto em prática muito rapidamente.
Implica ter uma caixa de pílulas "sempre à mão".
Pode provocar efeitos secundários (enjoo e vómitos, p.e.).



Marca1.ª Toma2.ª Toma
Microginon4 pílulas3 pílulas
Neomonovar4 pílulas3 pílulas
Gynera4 pílulas3 pílulas
Minulet4 pílulas3 pílulas
Marvlon4 pílulas3 pílulas
Diane 353 pílulas3 pílulas
Mercilon5 pílulas5 pílulas
Minigeste5 pílulas
5 pílulas

Métodos contraceptivos - o adesivo



O pequeno adesivo cola-se na pele - pode ser colado nas nádegas, costas, braços ou abdómen - e muda-se uma vez por semana, sempre no mesmo dia. As hormonas que contém passam para a corrente sanguínea e chegam até aos ovários. O efeito é idêntico ao de uma pílula monofásica, tem os mesmos compostos, actua da mesma forma e, tal como esta, deve ser usado durante vinte e um dias. Segue-se uma pausa para que aconteça a menstruação.

Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, este método tem a vantagem de diminuir os problemas hepáticos pois, por serem absorvidas pela pele, as hormonas não passam pelo fígado. Os efeitos secundários são os que são observados em mulheres que utilizam a pílula.

Este contraceptivo estará disponível no mercado português a partir de Janeiro de 2004. Será comercializado em caixas para um mês e para três meses, mediante receita médica e ainda sem comparticipação do Estado.

Preservativos

O que é um preservativo?
Um preservativo é um método contraceptivo 99% eficaz. É um tubo de material flexível e fino (látex ou poliuretano, regra geral), fechado numa das extremidades. Os preservativos de látex têm dois contras: o seu lubrificante pode fazê-los sair e algumas pessoas são alérgicas; nesse caso, podem usar-se preservativos de poliuretano.

Os preservativos são usados:
- para prevenir a gravidez fazendo com que o esperma do homem não passe para a vagina da mulher;
- para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (pelo esperma ou pelo contacto com secreções infectadas das áreas genitais); a maior parte dos preservativos adaptam-se ao pénis. Recentemente foi comercializado o preservativo feminino, que é colocado na vagina da mulher; este preservativo feminino pode ainda ser usado para proteger o recto.

Porquê usar o preservativo?
O preservativo masculino é um método contraceptivo muito antigo (já havia preservativos no Antigo Egipto) mas, apesar das alterações de forma e materiais, o princípio é o mesmo: o preservativo retém o esperma; por isso, os espermatozóides não podem encontrar o óvulo, não o podem fecundar e, logo, não há gravidez. O preservativo é utilizado como forma de prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DST), sendo considerado o método mais importante de prevenir o contágio durante as relações sexuais, inclusive para o VIH.

Como utilizar o preservativo?
Colocar o preservativo quando o pénis estiver erecto - sempre antes que o pénis entre em contacto com a boca, a vagina ou o recto do parceiro. Muitos parceiros usam o preservativo demasiado tarde, após alguma penetração inicial. O líquido que sai do pénis antes do orgasmo pode conter espermatozóides (responsáveis por uma gravidez "inesperada") ou vírus (VIH).
Se quiser, colocar um lubrificante aquoso (não usar lubrificantes gordurosos com preservativos de látex) na ponta do preservativo.
Se não for circuncidado, puxar o prepúcio para baixo antes de colocar o preservativo; assim, o prepúcio pode movimentar-se sem danificar o preservativo.
Retirar o ar da extremidade do preservativo deixando a câmara da ponta livre para armazenar o sémen e desenrolar o restante do preservativo até atingir a base do pénis.
Nunca usar dois preservativos sobrepostos. A fricção entre eles aumenta as hipóteses de se estragarem, rompendo-se.
Após o orgasmo, pegar na base do preservativo e retirá-lo sempre antes que o pénis fique mole e com cuidado, para não derramar sémen sobre o parceiro quando o retirar.

Que cuidados ter com os preservativos?
Verificar sempre a data da validade impressa na embalagem do preservativo. No caso de estar fora de prazo ou de a embalagem estar danificada, não usar NUNCA esse preservativo.
Se for necessária uma lubrificação, utilizar apenas lubrificantes aquosos, não utilizar produtos à base de óleo ou de álcool (ou seja, óleo para bebés, vaselina, cremes cosméticos, óleos de massagem, etc.). Estes podem danificar ou enfraquecer o látex no espaço de quinze minutos.
Se estiver a aplicar um medicamento no pénis ou na vagina, este poderá afectar o preservativo. Em caso de dúvida, pedir sempre opinião a um médico ou farmacêutico.
Nunca usar um preservativo mais que uma vez.
Conservar as embalagens de preservativos em lugar fresco e sem contacto directo com o sol ou com temperaturas mais elevadas (o que implica não usar preservativos que viveram durante dias (meses? semanas?) no bolso das calças ou num canto recôndito da carteira).
Abrir a embalagem com cuidado sem utilizar objectos cortantes e evitar que as unhas ou anéis rompam o preservativo.
O preservativo não é reciclável, nem reutilizável. Ou seja, nunca deve ser colocado na sanita.
Embora seja muito raro, há pessoas que podem ser alérgicas ao látex. Se isso acontecer, consultar um centro de saúde.

Contracepção

A contracepção é qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. Os métodos de contracepção são múltiplos, podendo ser classificados de acordo com o seu objectivo em barreiras mecânicas e químicas, impeditivas de nidação e contracepção hormonal.


Barreiras mecânicas
Impedem o encontro entre o espermatozóide e o óvulo.
Preservativo masculino – Manga em forma de saco, de borracha (látex) muito fina. É colocado no pénis antes da relação sexual e recolhe o sémen num reservatório que tem, impedindo que ele entre na vagina.
Preservativo feminino – Manga em forma de saco colocado na vagina, recobrindo-a internamente.
Diafragma – Dispositivo de borracha em forma de cúpula que é inserido na vagina antes da relação sexual. Cobre a entrada no útero impedindo a passagem dos espermatozóides. Devido a terem diferentes tamanhos, a sua adaptação deve ser feita por um médico.
Barreiras químicasSubstâncias que matam os espermatozóides.
Espermicidas – Espumas, cremes ou óvulos colocados na vagina antes da relação sexual.
Impeditivos de nidaçãoAparelhos que impedem a implantação do óvulo fecundado no útero.
Dispositivo intra-uterino (DIU) – Pequeno dispositivo de metal ou plástico, de formas variadas, inserido no útero por um médico.
Contracepção hormonalComprimidos de hormonas sintéticas
(estrogénio e progesterona) que impedem a ovulação
Pílula – Deve ser tomada diariamente durante 21 dias consecutivos, seguido de uma paragem de 7 dias.
Métodos naturaisBaseiam-se na determinação através de diversas técnicas de observação, do momento de ovulação da mulher. São altamente falíveis em mulheres jovens e não devem ser aconselhados a casais sem vida sexual estável.
Método do calendário – Anotando o dia em que surge a menstruação, durante uns meses, é possível calcular a altura da ovulação.
Método das temperaturas – Implica a verificação diária do temperatura da mulher. Sabendo que a temperatura desce um pouco antes da ovulação para subir de seguida, é possível também determinar a altura do período fértil.
Método de billings – Determina os períodos férteis da mulher com base na secreção e propriedades da mucosa produzida no colo do útero.
Métodos definitivosA forma mais segura de evitar a gravidez pela esterilização,
já que implicam uma intervenção cirúrgica.
Laqueação de trompas – É o corte ou o bloqueio das trompas de Falópio na mulher, que impede que o óvulo seja “encontrado” pelos espermatozóides.
Vasectomia – A vasectomia é o corte ou o bloqueio dos canais deferentes no homem, impedindo assim a saída dos espermatozóides na ejaculação.

Os Métodos Contraceptivos


ÉTODOS MECÂNICOS DE CONTRACEPÇÃO




D.I.U
(FEMININO)


DIAFRAGMA
(FEMININO)




PRESERVATIVO
(MASCULINO)














DESCRIÇÃO

   Filamento delgado introduzido no útero. 

Anel de borracha

   Invólucro de borracha muito fino e flexível.

MODO DE ACÇÃO

Suprime a ovulação.

Impede que os espermatozóides atinjam o útero.

Impede que os espermatozóides se difundam na vagina. 

EFICÁCIA

92 A 99 %

70 %

89 %

EFEITOS
SECUNDÁRIOS



Contracções do útero para expulsão.
  Fluxo menstrual abundante.

Possíveis alergias.



Possíveis alergias.


MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTRACEPÇÃO




PÍLULA ANTICONCEPCIONAL

ESPERMICIDAS







DESCRIÇÃO

Hormonas sintéticas semelhantes à progesterona e ao estrogénio.

Cremes vaginais.

MODO DE ACÇÃO

Suprime a ovulação.

Extermina os espermatozóides no colo uterino.

EFICÁCIA

99 %

60 a 75 %

EFEITOS
SECUNDÁRIOS



   Pode ocorrer muitas vezes tensão arterial elevada, coágulo sanguíneo (trombose), alterações ligeiras do peso corporal, infecções vaginais, cefaleias e/ou náuseas.

Possíveis alergias.





MÉTODOS DE CONTRACEPÇÃO MÉDICO - CIRÚRGICOS




LAQUEAÇÃO DAS TROMPAS

VASECTOMIA








DESCRIÇÃO

Hormonas sintéticas semelhantes à progesterona e ao estrogénio.

Seccionamento ou obstrução dos canais deferentes.

MODO DE ACÇÃO

Torna impossível o encontro do óvulo com o espermatozóide.

  Fecundação impossível dada a ausência de espermatozóides no esperma.

EFICÁCIA

100 %

100 %

EFEITOS
SECUNDÁRIOS



   Podem ocorrer distúrbios psicológicos devidos à infecundidade

Podem ocorrer distúrbios psicológicos devidos à infecundidade


Onze mandamentos da pílula do dia seguinte


Uma mulher que decida utilizar a pílula do dia seguinte deve fazê-lo devidamente informada. É exactamente para oferecer de forma sistematizada esta informação elementar que se coligem as observações que se seguem, sem prejuízo de uma regra de ouro, que consiste na obtenção junto do seu farmacêutico e do seu médico de informação adicional que possa concorrer para um maior nível de esclarecimento. Só depois é que se poderá falar em responsabilização assumida pela utilização deste medico contraceptivo de emergência.
E vamos aos factos.

Onze mandamentos da pílula do dia seguinte

1-Trata-se de um método que não substitui a contracepção regular.

2 - É destinatária desta pílula toda e qualquer mulher que tenha tido uma relação sexual não protegida.

3 - Importa saber claramente em que é que a pílula do dia seguinte difere da pílula habitual. Esta ultima é para ser tomada todos os dias, confere uma prevenção de gravidez durante todo o mês, e os comprimidos têm uma dose baixa de hormonas, enquanto que a pílula do dia seguinte têm uma dose muito elevada de hormonas, só se tomam 2 comprimidos apenas conferindo protecção á ultima relação sexual, se a mesma tiver ocorrido até 72 horas antes.

4 - Há que atender a natureza da sua aquisição. No preciso momento em que se escreve este texto, há uma marca que pode ser adquirida sem receita médica, e uma outra que está sujeita a prescrição médica, por razões de composição.

5 - Não se pode garantir totalmente que a toma desta pílula não evite a gravidez.A sua eficácia depende do tempo decorrido entre a relação sexual e a toma do primeiro comprimido, sendo máxima esta eficácia se o primeiro comprimido for tomado nas primeiras 24 horas após a relação, reduzindo-se a eficácia significativamente depois das 48 horas, sendo desnecessária a sua toma após as 72 horas, porque a partir daí não sortirá qualquer efeito.

6 - Quando se toma a pílula do dia seguinte, fica-se obrigado a adoptar, com novas relações sexuais ocorridas durante o mesmo ciclo menstrual, outros métodos contraceptivos eficazes (caso do preservativo, espermicida, cone vaginal, ente outros).

7 - A pílula do dia seguinte não pode ser administrada numa mulher grávida, no entanto pode sê-lo numa mulher que esteja a amamentar.

8 - Pode ser tomada em qualquer altura do ciclo menstrual, e estão bem identificados os quadros em que tem uma eficácia comprometida (isto é reduzida), a saber : mulheres que estejam a tomar anti-epilépticos(fenobarbital, carbamazepina, fenitóina, primidona), alguns antibióticos (rifampimicina), antifúngicos (griseofulvina).

9 - Esta pílula não está recomendada na mulher que esteja em risco de fazer uma gravidez ectópica (quer dizer fora do útero).

10 - Não é um método completamente inócuo, pois pode causar náuseas, vómitos, vertigens, dores de cabeça e de barriga, aumento de tensão mamária.

11 - O tratamento consiste na toma de 2 comprimidos. O primeiro, tomado sempre até 72 horas após a relação sexual, e o segundo 12 horas depois do primeiro. Caso surjam vómitos nas primeiras horas após ter sido tomado um comprimido qualquer, impõem-se a obrigação de tomar um novo comprimido já que anterior foi provavelmente eliminado pelo vómito (mesmo que o comprimido não tenha sido detectado no vómito, é de considerar que se perderam as substancias activas).


Finalmente toda a mulher que recorreu à pílula do dia seguinte deve ser observada em exame ginecológico ao fim de três semanas. E, caso a menstruação não tenha vindo na altura esperada, deverá fazer-se um teste de gravidez.


Renova-se a insistência na regra de ouro de informação adicional que se deve obter junto do farmacêutico ou do médico. Estes (Onze Mandamentos) devem ser apreciados como uma discrição elementar que em caso algum substituem a exigência da interessada em que se informar junto do seu farmacêutico ou médico sobre quando é que deve utilizar a contracepção de emergência, quais as precauções a ter, como é que deve agir para que esta pílula seja eficaz, que cuidados a ter durante o mesmo ciclo menstrual, se existem interacções com os medicamentos que está a tomar e qual a duração deste contraceptivo.

Mensagem central a reter: a todos os títulos, a contracepção, de emergência requer a consulta de um profissional de saúde, seja farmacêutico, enfermerio ou médico.


Fonte: Onze mandamentos da pílula do dia seguinte | Planeamento Familiar

O Acne e a Pílula


O acne pode ser causado por uma série de razões, mas uma das razões principais para que tenha acne é devido a alterações hormonais. Quando as meninas chegam à adolescência, a produção de certas hormonas começa a aumentar e muitas vezes o aparecimento da acne ocorre durante este período. Estas meninas carregam este acne induzido hormonalmente até à vida adulta e algumas podem ter problemas de auto-confiança e auto-estima em resultado disso.

O acne hormonal em mulheres adultas diz-se piorar na altura da sua menstruação, pois é neste período durante o ciclo menstrual natural que um grande desequilíbrio de hormonas no organismo. Estudos mostraram no entanto, que a manipulação hormonal, o que é exactamente o que a pílula anticoncepcional faz, pode ajudar a regular e diminuir os efeitos do acne, por isso falar-se muito sobre o acne e a pílula.

O que a pílula faz para parar o acne?
A pílula combinada contém duas hormonas femininas, estrogênio e progestogênio sintético, e manipula o nível de hormonas no corpo. Ao fazer isso, a pílula regula as hormonas femininas e equilibra-as. Isto significa que existem variações menos graves e surtos de hormonas, que provocam que o acne apareça. As pílulas que são mais eficazes a ajudar a parar o acne, são as que tem níveis reduzidos de androgénios.

Pode a mini-pilula parar o acne?
A mini-pílula não é indicada para ser usada no tratamento do acne. De facto, algumas mulheres viram o estado da sua pele agravar enquanto tomam a mini-pílula, pois um dos efeitos secundários mais comuns são irritações na pele, manchas e erupções cutâneas.


Fonte: O Acne e a Pílula | Planeamento Familiar