segunda-feira, 1 de abril de 2013
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Lentes para queratocone
O queratocone é um problema familiar, em que há uma herniação da córnea para fora. Ela vai ficando pontuda, em formato de cone, como diz o nome, e a visão vai ficando cada vez pior, mesmo com óculos.
Nesse caso temos de usar lentes de contacto, pois a correcção com óculos é péssima, e essas lentes têm de ser rígidas.
A adaptação é difícil, dolorosa, mas imprescindível. Aqui deixa de ser uma opção para ser uma necessidade absoluta.
Hoje temos as lentes de dupla curvatura, sendo que uma das curvas faz o apoio corneano e a outra a correcção. São geralmente mais cómodas e com adaptação melhor.
Cirurgia refractiva:
Nunca fui adepto da cirurgia refractiva, pelo método chamado queratotomia radial. Nesse método damos vários cortes radiais na córnea, em "roda de carroça", e esses cortes, fazendo o enfraquecimento da periferia corneana fazem com que ela se projecte para frente, assim aplanando o centro da córnea.
A Minha experiência é que grande parte desses graus anteriores voltam após a cicatrização, e nunca mais conseguimos uma correcção razoável e estável com óculos e lentes de contacto.
Actualmente com o advento do excimer laser a cirurgia se torna muito mais confiável e funcional.
As cirurgias refractivas devem ser feitas após os 23 anos, quando a graduação passa a variar bem menos. Actualmente estão sendo feitas cirurgias diferentes, corno, por exemplo, a colocação de lentes de contacto de cristalino, para graus fortes, uma cirurgia semelhante à de catarata, em que o olho é aberto, mas o trauma corneano é muito menor.
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
sábado, 1 de dezembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Queratocone? Qual a melhor opção ?
Queratocone é uma doença não-inflamatória degenerativa do olho na qual as mudanças estruturais da córnea a tornam mais fina e a modificam para um formato mais cónico que a sua curvatura normal.
Em estágios precoces, os sintomas da patologia confundem-se com os dum erro refractivo no entanto, com a progressão da doença, a visão deteriora, muitas vezes rapidamente. A acuidade visual piora em todas as distâncias (astigmatismo elevado) e a visão nocturna é frequentemente bastante fraca.
Outros sintomas presentes são a diferença na qualidade de visão entre os dois olhos, fotofobia, astenopia(cansaço visual) e, na maior parte dos casos, diminuição na percepção das cores.
O tratamento do queratocone visa proporcionar uma boa visão ao paciente, bem como garantir o seu conforto na utilização dos recursos que serão empregues. As alternativas de tratamento sempre são avaliadas nesta ordem: óculos, lentes de contacto, lentes de contacto RPG, semi-esclerais ou esclerais e cirurgia.
Dentro dos tratamentos cirúrgicos, o mais antigo é o transplante de córnea. Outras opções cirúrgicas são:
DALK - "Deep Anterior Lamellar Keratoplasty"
Corneal Ring Segmento Inserts (Intacs)/ Anel de Ferrara - implante de segmentos acrílicos dentro do tecido corneano . Uma vez implantados, estes segmentos diminuem a curvatura corneana na região do queratocone, promovendo uma melhora da acuidade visual compensada com óculos ou lentes de contacto.
CXL - collagen crosslinking with riboflavine
Keraflex KXL - queratoplastia termal por microondas (combinado com o CXL)
O Keraflex é um novo procedimento (o mais recente) de termoqueratoplastia. O procedimento utiliza energia de microondas dirigida a uma pequena circunferência anular na meia periferia da córnea. Este procedimento pode aplanar o cone e pode também ajudar a regularizar a córnea. Combinando este procedimento com o procedimento modificado de crosslinking de colágeno da córnea com riboflavina (vitamina B2) e raios ultravioleta, espera-se aumentar a estabilidade dos olhos assim como regularizar a sua geometria.
Embora ainda em testes clínicos nos EUA (não aprovado pela FDA), os primeiros resultados com esta tecnologia são promissores.
Para poder ver o vídeo respeitante ao funcionamento do Keraflex clique aqui.
Quanto mais cedo for diagnosticada a doença e aplicado o crosslinking (caso necessário), maior efectividade terá a estabilização do queratocone.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
sábado, 15 de setembro de 2012
sábado, 1 de setembro de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
domingo, 15 de julho de 2012
domingo, 1 de julho de 2012
Anq - Associação Nacional do Queratocone
Contactos da Anq
Anq - Associação Nacional do Queratocone
Morada:
Estrada da Luz, 90, 4º D
1600-160 Lisboa
GPS: 38.750610,-9.172996
Telefone: 217 267 621
Fax: 217 267 621
sexta-feira, 1 de junho de 2012
domingo, 15 de abril de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
Letra A observada por doente com Queratocone
Uma simulação de imagens múltiplas vistas por uma pessoa com ceratocone.
"... uma vela, quando observada, aparenta como ser diversas luzes, confusamente correndo uma contra a outra"
quinta-feira, 1 de março de 2012
Transplante de córnea é o último recurso no tratamento do ceratocone
A substituição da córnea, através do transplante, é o último recurso de tratamento do ceratocone, que consiste na substituição da córnea defeituosa por uma córnea doadora em boas condições.
O transplante tem um índice de cura que varia entre 80 a 90% – Modernas técnicas de transplante permitem a redução no tempo de recuperação do paciente e resultados mais satisfatórios na qualidade de visão.
Independente da idade e do uso de óculos ou lentes de contato, ou de alguma possível doença, qualquer pessoa pode ser doadora de tecidos oculares. Distúrbios de refração – como miopia, hipermetropia e astigmatismo – e outros distúrbios visuais – como catarata e glaucoma – não impedem a doação.
Qualquer pessoa pode oferecer-se para doar as córneas. Mesmo assim, os familiares do doador sempre são consultados e precisam autorizar a doação.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Saiba mais sobre o Ceratocone
O ceratocone tem um pico de desenvolvimento da doença na faixa etária compreendida entre o início da adolescência, até aproximadamente aos 25 anos de idade. É uma alteração da estrutura da córnea que provoca um embaçamento progressivo da visão. Esta alteração estrutural determina um encurvamento acentuado e um conseqüente afinamento da córnea. Este formato cónico da córnea induz um astigmatismo alto e irregular que distorce a imagem captada pelo olho em maior ou menor intensidade, dependendo da quantidade de tecido corneano afetado.
Nas fases iniciais da doença, muitos pacientes nem sentem a presença do ceratocone. À medida que a doença vai progredindo alguns sintomas podem ser percebidos pelo paciente:
• Refração instável (alteração do grau mais rápida do que o comum)
• Embaçamento e distorção das imagens
• Halos em torno das luzes
• Fotofobia (sensibilidade anormal à luz)
Nos casos severos, a adaptação às lentes de contato vai ficando cada vez mais difícil, algumas vezes até mesmo impossível.
Tratamento.
Existem dois tipos de tratamento para o ceratocone:
Tratamento através de correção óptica:
Na fase inicial do ceratocone o paciente consegue uma boa acuidade visual através do auxílio de óculos. À medida que a doença avança, as lentes dos óculos já não conseguem mais compensar a distorção das imagens e o paciente passa então a necessitar de lentes de contato no estágio moderado do ceratocone.
Tratamento cirúrgico:
Nos casos avançados do ceratocone, a adaptação de lentes de contato fica bastante difícil e a acuidade visual já não é satisfatória para suprir as necessidades diárias do paciente. O oftalmologista, então, faz a opção para o tratamento cirúrgico para restabelecer a visão do olho afetado e devolver ao paciente a sua capacidade de ver.
O tratamento cirúrgico mais antigo para o ceratocone é o transplante de córnea. Outra opção cirúrgica é o implante de segmentos acrílicos dentro do tecido corneano (anel de ferrara ou intacs). Uma vez implantados, estes segmentos diminuem a curvatura corneana na região do ceratocone, promovendo uma melhora da acuidade visual corrigida com óculos ou lentes de contato.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Cirurgia para Ceratocone
Hoje em dia o ceratocone tem soluções cirúrgicas que não existiam há uns anos atrás. Pensava-se que era uma patologia muito rara e os pacientes tinham, na maior parte dos casos, um diagnóstico de astigmatismo (irregular) e tinham uma 1ª opção: utilizar óculos de correcção, 2ª opção: (caso a qualidade de visão não fosse muito boa com óculos) utilizar lentes de contacto rígidas ou semi-rígidas e uma última opção (caso a córnea apresentasse alterações que impossibilitavam uma visão razoável) de transplante de córnea.
Com o advento de técnicas laser para correcção de miopia e astigmatismo foram-se fazendo topografias de córnea de forma consistente como parte dos exames pré-operatórios, tendo-se verificado que o ceratocone era uma patologia muito mas frequente do que se imaginava. Na maior parte dos casos continuava a ser uma doença de origem desconhecida e de evolução muito variável. Em outros casos eram consequência do tratamento laser, especialmente numa 1ª fase onde não se faziam topografias prévias ao tratamento.
A investigação e acompanhamento dos casos de ceratocone/ectasia de córnea passou a ser muito mais rigoroso e começaram a aparecer novos modelos de tratamento cirúrgico menos invasivos que o transplante de córnea e alguns tratamentos médicos (ex: cross-linking) que pretendem “fortalecer” os tecidos da córnea e evitar que eles se modificassem de forma a criar problemas complexos de visão.No caso do cross-linking há já muitos estudos publicados justificando o seu benefício mas não há ainda um estudo em larga escala que defina de uma forma muito clara e objectiva quais os pacientes que devem ser tratados com esta técnica e quais os resultados previsíveis.Já no que respeita a novas formas de tratamento cirúrgico, a INSERÇÃO DE ANÉIS INTRACORNEANOS é uma técnica bem estabelecida e com largos anos de estudo/experimentação.
Durante todos estes anos houve uma evolução não só na qualidade dos anéis a inserir na córnea de modo a torná-la menos irregular, como também na técnica de introdução dos mesmos no estroma corneano. O túnel para inserção do anel é criado por um laser num tratamento inicial que demora apenas uns segundos sendo que, uns minutos mais tarde, é inserido o anel com apoio de um microscópio específico. Todo este procedimento demora menos que meia hora e a anestesia utilizada é apenas local (gotas). De seguida o paciente abandona a Clínica e é revisto no dia seguinte. Pode dizer-se que é uma técnica segura, passível de alterações e de remoção dos anéis caso o mesmo se justifique e com bons resultados.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Queratocone entre os finalistas a Blogue do Ano 2011
O blogue Queratocone foi nomeado pelos internautas um dos finalistas na categoria de melhor blogue de Saúde a nível nacional.
Esta eleição está a ser realizada pelo blogue Aventar e a selecção dos finalistas baseou-se na quantidade de visitas mensais de cada blogue e na opinião dos leitores. É organizada em duas fases de apuramento, na primeira seleccionam-se os cinco mais votados e na segunda vota-se o melhor blogue entre os cinco finalistas.
(1ª Fase de Votação - até 21 de Janeiro)
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Lentes de Contato para Ceratocone
Dos tratamentos disponíveis para o ceratocone a adaptação de lentes de contato rígidas gás permeáveis é a única opção que oferece indubitavelmente a melhor correção óptica para a baixa visão causada pela irregularidade corneana. Mesmo nos casos iniciais a acuidade visual que lentes de boa qualidade e alta tecnologia podem proporcionar é maior que qualquer outra opção de tratamento, especialmente quando leva-se em conta a visão periférica, o amplo campo visual e a visão noturna melhor, esta última uma freqüente queixa dos pacientes.
Muitos avanços ocorreram nas últimas décadas em relação aos materiais os quais estas lentes são fabricadas e também nos desenhos e métodos de fabricação. Na década de 70 as lentes de contato rígidas eram fabricadas em material acrílico (polimetil-metacrilato) e não permitiam uma boa oxigenação corneana, devido ao seu índice de permeabilidade ser próximo de zero. Ainda nos meados da década de 80 surgiram os primeiros materiais gás permeáveis que tinham baixa permeabilidade ao oxigênio e eram materiais extremamente frágeis que sofriam muito no processo de fabricação, resultando em estresse físico do material e perda de parte do material até que fosse encontrados métodos de fabricação que oferecessem mais estabilidade ao material. Na segunda metade dos anos 80 surgiram os primeiros materias concebidos com silicone e acrílico misturados. O silicone é um material que oferece alta permebailidade ao oxigênio mas quando a composição do material era de maior volume de silicone para maior oxigenação (chamado de DK ou coeficiente de permebailidade ao oxigênio) estes materais mostraram que as lentes de contato fabricadas eram muito frágeis e freqüentemente eram susceptíveis de variações em seus parâmetros, causando alterações na curvatura e no poder (grau) final da lente ou com seu uso por parte do paciente. Os fabricantes de matéria-prima própria para fabricação de lentes de contato evoluiram as combinações de polímeros adicionando fluor ao silicone e ao acrílico para proporcionar lentes com maior estabilidade e ao mesmo tempo mantendo a biocompatibilidade com a córnea na adaptação de lentes de contato RGPs.
Hoje é possível encontrar junto aos fabricantes de lentes excelentes materiais de alta tecnologia, que permitem uma alta oxigenação e melhor lubrificação corneana, facilitando assim a adaptação de lentes de contato especiais e permitindo ao mesmo tempo que o uso destas lentes possa ser bem maior e isento de complicações. Naturalmente que a tecnologia tem custo e estes novos materiais mais sofisticados provocam uma elevação maior no custo das lentes especiais, especialmente aquelas que possuem uma tecnologia extremamente avançada e que apresentam melhores resultados, como uma melhor acuidade visual, conforto maior e especialmente a manutenção do equilíbrio fisiológico corneano e a garantia de uma superfície ocular saudável sem danos ao epitélio corneano ou as camadas internas da córnea.
Desenhos de Lentes Especiais para o Ceratocone
A adaptação de lentes de contato especiais no ceratoocone é necessária porque a superfície da córnea nestes casos possui uma elevação geralmente central ou ligeiramente inferior em forma de cone que provoca um astigmatismo irregular e uma deterioração na visão do paciente. Em casos iniciais é possível com muita deidicação do especialista prescrever óculos, mas mesmo assim a melhor acuidade visual geralmente será obtida com lentes de contato rígidas. Naturalmente alguns casos moderados, casos avançados, severos e extremos requerem a adaptação de lentes de contato especiais como a única maneira de proporcionar a estes pacientes uma reabilitação visual que permita-lhes retomar suas atividades, devolvendo aos mesmos a capacidade de exercer suas funções profissionais, suas rotinas diárias e seu lazer com uma maior qualidade de vida. Aqueles que tem a sorte de serem adaptados com lentes de contato de alta qualidade e tecnologia geralmente tem uma vida absolutamente nornal e usam suas lentes em tempo integral somente reirando-as para dormir. Alguns especialistas permitem ao paciente dormir com lentes de altíssima permeabilidade ao oxigênio, embora esteja comprovado que estes materiais permitem uma perfeita biocompatibilidade mesmo com o paciente dormindo (olhos fechados) não é geralmente indicado dormir com lentes de contato mesmo de alta permeabilidade.
Existem hoje bons fabricantes de lentes de contato que oferecem diferentes opções de lentes rígidas gás permeáveis ao oxigênio, os valores destas lentes variam e as lentes mais sofisticadas tem custos mais elevados. A Ultralentes fabrica por exemplo a linha de lentes Ultracone que tem mostrado a cada dia ser uma excelente opção para aqueles pacientes que não se adaptam com as demais lentes disponíveis, a Ultracone possui variações como a Ultracone PCR, a Ultracone Advance e a Ultracone SSB (Semi-Escleral), sendo esta última um recente lançamento de uma tecnologia especial, trata-se de uma lente de diâmetros grandes, maiores que uma lente gelatinosa e que são adaptadas sobre a esclera (porção branca do olho) e sem tocar a córnea. Estas lentes possuem além da opção de correção óptica a vantagem de permitirem o uso terapêutico quando outra patologia que afeta a superfície ocular esta associada ao caso de ceratocone. Abaixo um caso exemplo de sucesso na adaptação das lentes Ultracone SSB no IOSB.
Lente Semi-Escleral Ultracone SSB Asférica
Os casos de ceratocone avançado e mesmo os mais extremos embora muitas vezes tenham indicação de transplante de córnea podem ser adaptados com as lentes de contato Ultracone Extreme que permitem adaptações em casos de córneas com mais de 70 dioptrias de ápice, estas lentes podem ser fabricadas atualmente até 80 dioptrias de curva-base, algo inédito e pioneiro no mundo. Todas as lentes Ultracone possuem desenhos multi-asféricos anteriores e posteriores permitindo uma melhor relação lente-córnea, a garantia da saúde fisiológica da córnea e a melhor acuidade visual possível de se obter. Os casos de ceratocone extremo os quais a córnea não apresenta leucoma (nébula) ou opacidades importantes são os mais indicados pois o ganho de linhas de visão é maior, permitindo ao paciente recuperar a visão e a ter uma melor qualidade de vida. Estes pacientes necessitam de um acompanhamento médico mais freqüente e é recomendado que façam revisões períódicas a cada seis meses no máximo.
Existem casos de pacientes que insistem com lentes não bem adaptadas ou com qualidade ruim que podem oferecer risco a sua visão pois lesões freqüentes no centro da córnea, próximos do eixo visual irão provocar opacidades com o tempo e isso irá aos poucos diminuir consideravelmente a transparência da córnea portanto é preciso ter cuidado. Estes pacientes muitas vezes são orientados a suspender o uso de lentes e as vezes é indicado a eles opções cirúrgicas como implante de anel intracorneano enquanto na verdade o seu caso pode estar estabilizado e apenas uma readaptação com lentes de melhor qualidade e tecnologia podem resolver o problema do paciente com segurança e devolvendo ao mesmo uma acuidade visual melhor que outras opções.
É igualmente importante que o paciente seja esclarecido de forma que compreenda que não deve ter expectativas muito altas em relação a resultados de tratamento cirúrgicos pois nem sempre os melhores resultados ocorrem, é freqüente a necessidade de adaptação de lentes de contato pós-implante de anel, pós-transplante de córnea e pós-crosslinking. O implante de anel intracorneano em alguns casos proprociona ao paciente uma bem melhor acuidade visual e as vezes o uso de óculos que lhe proporcionem uma boa visão, mas geralmente isso ocorre apenas nos casos mais iniciais ou moderados e no restante a adaptação de lentes de contato será necessária. O que os especialistas no mundo todo já também observaram é que a adaptação de lentes de contato pós-implante de anel uitas vezes dificulta bastante a adaptação de lentes de contato, obrigando o oftalmologista a recorrer de alternativas não muito boas como o "piggyback" que consiste na adaptação de uma lente rígida gás permeável por cima de uma lente gelatinosa, para que o paciente possa tolerar a lente rígida. Essa técnica é válida mas tem sérias limitações pois em algum tempo o paciente provavelmente irá apresentar intolerância a lente gelatinosa, apresentando hiperemia conjuntival, sensação de olhos secos, coceira e eventualmente prurido. Abaixo um caso de adaptação de lentes pós-implante de anel intracorneano onde o paciente não tolerava a adaptação de lentes RGPs e não mais tolerava o uso da técnica do "piggyback".
É possível observar nas imagens acima a lente RGP Semi-Escleral Ultracone SSB perfeitamente adaptada em um caso de ceratocone com implante de lente intra-estromal no qual o paciente é intolerante a lentes RGPs corneanas e a lente gelatinosa.
O paciente portador de ceratocone tem a necessidade de ter a sua visão restaurada para que possa retomar a sua vida da melhor maneira possível. É comum estes pacientes procurarem por várias opções de tratamento e vários tipos de lentes de contato que possam atingir este objetivo, entretanto nem sempre as coisas são tão fáceis e é muito comum estes pacientes consultarem com mais de um especialista para verem uma "luz no fim do túnel", o problema é quando esta luz é de um trem vindo em sua direção. A abordagem destes pacientes deve ser diferenciada, são pacientes com necessidades especiais e criar expecatitivas muito otimistas podem levar a uma grande frustração por parte tanto do paciente, de seus familiares (que sofrem junto) como do próprio médico.
Nesta última década tivemos grandes inovações nos tratamentos disponíveis para o ceratocone, desde as técnicas e tecnologias de transplante de córnea como de cirurgias menos invasivas como o implante de anel intracorneano (ou intra-estromal) e o próprio crosslinking. Outros avanços ocorreram na pesquisa da resistência biomecânica da córnea na qual o crosslinking age. Neste último método ainda bastante novo ainda há muito o que se aprender sobre ele pois não temos casos com acompanhamento de longo prazo, o que torna qualquer suposição futura um tanto subjetiva. Embora os resultados encontrados e confirmados em todos os centros de pesquisa confirmem que o crosslinking realmente age para aumentar a resistência biomecânica da córnea através do fortalecimento das ligações covalentes de colágeno corneano pela ação da riboflavina sob a luz ultravioleta há especialistas que temem que a desepitelização corneana realizada previamente a este procedimento possa aumentar o risco de lesões a longo prazo dos meios refrativos internos do olho, lançando aí uma controvérsia que somente poderá ser observada em torno de 20 anos ou mais após o procedimento.
A conclusão que se chega após estudar atentamente a todas as opções é que a adaptação de lentes de contato seguramente ainda estará entre as mais importantes no tratamento do ceratocone, mesmo combinada com tratamentos de outra ordem, por um longo tempo. Resta aos pacientes terem a opção de se informar corretamente dessas opções e de quando for o caso, procurar lentes que possam lhes proporcionar conforto, boa visão e saúde corneana.
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