Páginas

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

O Acne e a Pílula


O acne pode ser causado por uma série de razões, mas uma das razões principais para que tenha acne é devido a alterações hormonais. Quando as meninas chegam à adolescência, a produção de certas hormonas começa a aumentar e muitas vezes o aparecimento da acne ocorre durante este período. Estas meninas carregam este acne induzido hormonalmente até à vida adulta e algumas podem ter problemas de auto-confiança e auto-estima em resultado disso.

O acne hormonal em mulheres adultas diz-se piorar na altura da sua menstruação, pois é neste período durante o ciclo menstrual natural que um grande desequilíbrio de hormonas no organismo. Estudos mostraram no entanto, que a manipulação hormonal, o que é exactamente o que a pílula anticoncepcional faz, pode ajudar a regular e diminuir os efeitos do acne, por isso falar-se muito sobre o acne e a pílula.

O que a pílula faz para parar o acne?
A pílula combinada contém duas hormonas femininas, estrogênio e progestogênio sintético, e manipula o nível de hormonas no corpo. Ao fazer isso, a pílula regula as hormonas femininas e equilibra-as. Isto significa que existem variações menos graves e surtos de hormonas, que provocam que o acne apareça. As pílulas que são mais eficazes a ajudar a parar o acne, são as que tem níveis reduzidos de androgénios.

Pode a mini-pilula parar o acne?
A mini-pílula não é indicada para ser usada no tratamento do acne. De facto, algumas mulheres viram o estado da sua pele agravar enquanto tomam a mini-pílula, pois um dos efeitos secundários mais comuns são irritações na pele, manchas e erupções cutâneas.


Fonte: O Acne e a Pílula | Planeamento Familiar

Pílula Contraceptiva – FAQ


Tens aqui algumas das perguntas mais frequentes que vocês costumam colocar sobre a pílula. Podes ir já para a resposta que pretendes mas se quiseres aprender mais sobre a pílula podes seguir a ordem que te propomos.

A Pílula Contraceptiva
Mais de 60 milhões de mulheres utilizam este método contraceptivo sendo o método em relação ao qual mais estudos têm sido realizados.

A pílula é um método contraceptivo que consiste num comprimido oral, composto por hormonas idênticas às que produzem os ovários.

A pílula é um método contraceptivo muito eficaz e seguro se usada correctamente. Protege de uma gravidez indesejada. O teu Médico (a) recomendará qual é a mais conveniente para ti.

O que é a pílula contraceptiva e como funciona?
A pílula é composta de hormonas similares às que a mulher produz nos ovários. O seu principal mecanismo consiste em evitar que se dê a ovulação. Ao não se dar a ovulação, não é possível a fecundação e consequentemente a gravidez.

Por outro lado a pílula modifica a mucosa do útero para que este não fique em condições de acolher um óvulo que tenha sido eventualmente fecundado. O outro mecanismo de funcionamento da pílula é que ela provoca um espessamento do muco cervical dificultando a passagem dos espermatozóides.

Quando é que se deve começar a tomar a pílula pela primeira vez?
A pílula deve começar a tomar-se no 1º dia da menstruação. Ao olhares para a embalagem deves escolher como primeiro comprimido a tomar um que coincida com o dia da semana em que vais iniciar a toma da pílula. 

Depois continuas a tomar um por dia, de preferência sempre à mesma hora, pois facilita não te esqueceres, seguindo as setas que se encontram impressas na embalagem. Na maioria das pílulas após uma toma diária em 21 dias consecutivos, faz-se uma pausa de 7 dias.

Este período de pausa corresponde ao período menstrual induzido pela pílula. Na maioria das mulheres as perdas menstruais durante estes 7 dias são inferiores às que ocorrem se não se estiver a tomar a pílula.

Ao fim destes 7 dias começa-se a tomar novamente a pílula (primeiro comprimido de uma nova embalagem) começando no mesmo dia da semana em que pela primeira vez se tomou a pílula. Este início da nova embalagem faz-se ao fim de 7 dias mesmo que eventualmente ainda não tenha terminado o período.

Quando se começa uma pílula deve fazer-se descansos?
Sem ser por razões médicas (intolerância clínica ou biológica) não existem razões para fazer descansos. Tais descansos não evitam os efeitos secundários da pílula, dificultam a regulação hormonal e aumentam a probabilidade de engravidares já que nos descansos pode haver tendência para esquecimentos ou a utilizar métodos pouco fiáveis.

O que acontece se houver um esquecimento da pílula?
A pílula contraceptiva deve tomar-se sempre à mesma hora. Se houve um esquecimento e este é inferior a 12 horas deves tomar imediatamente a pílula que está em atraso e nesse mesmo dia tomas a outra pílula à hora habitual.

Exemplo – Toma da pílula às 21 horas. Houve um esquecimento. No outro dia de manhã às 08H00 lembras-te. Tomas imediatamente a pílula que estava em atraso e neste mesmo dia às 21 horas tomas a pílula do dia. Tudo segue normalmente.

Se o esquecimento é superior a 12 horas (por exemplo se só te lembras às 10 horas da manhã do dia seguinte) tomas a pílula em esquecimento e a outra à hora habitual (21 horas) como no caso anterior só que já não estás protegida contra uma gravidez indesejada. Isto significa que tens de continuar a tomar a embalagem até ao fim para evitares a desregulação do ciclo e ou de pequenas perdas menstruais. 

Se vieres a ter relações sexuais durante este período tens que utilizar outro método contraceptivo, por exemplo o preservativo. Aliás este é o único que te protege de infecções sexualmente transmissíveis como a sida.

O que acontece se estiver a tomar a pílula e vomitar, ou tiver diarreia?
A pílula contraceptiva é absorvida como os alimentos fazendo o mesmo percurso que os alimentos aquando de uma digestão. Isto significa que leva em média 3 a 4 horas a ser absorvida pela corrente sanguínea como acontece com a digestão dos alimentos. Se por alguma razão vomitares num período até 4 horas após teres tomado a pílula tens que repetir a toma da pílula. Neste dia vais ter que tomares 2, pois a primeira não fez efeito.

É preferível até que tenhas uma embalagem suplente e que tomes um comprimido dessa embalagem para não haver confusão com o esquema habitual.

Se passaram mais de 4 horas desde que tomaste a pílula não deves ficar preocupada pois não foi alterada a sua eficácia contraceptiva. Em relação a diarreia é igual pois esta pode acelerar o trânsito intestinal e não permite a absorção da pílula. Neste caso deves usar outro método adicional (preferencialmente o preservativo) até a situação se resolver.

E se estiver a tomar medicamentos?
A maioria dos medicamentos não interfere com a pílula. Contudo se estiveres a tomar antibióticos, alguns deles podem reduzir a eficácia da pílula. Informa o teu médico para que ele te aconselhe o que fazer se estiveres a tomar medicamentos. Igualmente deves informar o teu médico que já tomas a pílula se ele te for receitar algum medicamento.

Quais são os benefícios da Pílula Contraceptiva?
- Regulariza os ciclos menstruais: Nem muito longos, nem muitos curtos. (Um ciclo menstrual vai desde o primeiro dia de uma menstruação até ao primeiro dia da menstruação seguinte);
- Reduz ou eliminas as dores e a tensão pré-menstrual antes e durante o período menstrual;
- Diminui a quantidade da menstruação, prevenindo desta forma a incidência de anemia por privação;
- É um método reversível. Uma vez que se pare com a pílula volta a ovulação e a possibilidade de se engravidar;
- Oferece uma eficácia de 99,9% se tomada de uma forma correcta;
- É um método discreto e não interfere com as relações sexuais;
- Algumas pílulas melhoram algumas alterações da pele como a acne;
- Diminui a incidência de cancro do útero (endométrio) e do ovário;
- Diminui a ocorrência de Doença Inflamatória Pélvica;
- Reduz (a incidência) as doenças benignas da mama.

E as Desvantagens?
A Pílula tal como outros métodos contraceptivos também tem contra-indicações e ou desvantagens. Por exemplo, não protege em relação às doenças sexualmente transmissíveis como a SIDA.

Como seria exaustivo estar aqui a descrever-te todos e como achamos que esta página não dispensa conversar com técnicos de saúde especializados (médicos de família, enfermeiras, ginecologistas etc.) apenas em síntese referimos como contra-indicações:

- Existência de história de trombose venosa, doenças do coração (como por exemplo doença da artéria coronária) e hipertensão arterial grave;
- Cancro da mama em curso ou qualquer outro cancro dependente de esteróides;
- Diabetes Mellitus de difícil controlo e insulino-dependente;
- Qualquer hemorragia do tracto genital não diagnosticada tem que primeiro ser investigada antes do início da toma da pílula ou de outros métodos contraceptivos.

Quanto tempo depois de iniciar a pílula pela primeira vez estou protegida?
Se começares a tomar a pílula no primeiro dia da menstruação estás protegida de engravidar desde o início incluindo nos sete dias de descanso quando a primeira embalagem termina.

Se iniciares a pílula numa outra altura do ciclo é preferível usares outro método contraceptivo durante a toma da pílula durante a primeira embalagem.

Quando iniciares a segunda embalagem passada a pausa já estás seguramente protegida.


Fonte: Pílula Contraceptiva - FAQ | Planeamento Familiar

Brochura sobre Métodos Contraceptivos

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

A Adolescência - parte 1

Os dez métodos contraceptivos mais bizarros da história

Confira os mais loucos e bizarros métodos contraceptivos da história.

1 - Estrume de crocodilo
O que é?
Os antigos egípcios criaram uma pasta feita com estrume de crocodilo e mel. Em seguida, derreteu-o na vagina. Perto disso, o preservativo parece simples, não?
E funciona?
A revista Time diz que o estrume realmente ajudava a evitar gravidez porque criava um óptimo ambiente alcalino, impróprio para a sobrevivência dos espermatozóides.

2 - Agachamento e espirro
O que é?
Em 1 dC, o médico grego, Sorano de Éfeso, recomendou que as mulheres simplesmente se agachassem e espirrassem após o coito para evitar a concepção.
E funciona?
Se funcionasse, todos nós teríamos falido os laboratórios que fabricam pílulas. Em outras palavras, não. Além disso, não vale a pena pular depois do sexo.

3 - Mercúrio aquecido
O que é?
Na China antiga, as mulheres foram orientadas a beber mercúrio quente para evitar a gravidez ou provocar o aborto. Mercúrio, caso você não saiba, pode causar paralisia,tremores,perturbações mentais e morte.
E funciona?
Claro que funciona… afinal, quando alguém morre por intoxicação por mercúrio, não precisa se preocupar com gravidez.

4 - Preservativos de couro
O que é?
Embora hoje soe assustador,os preservativos de couro finos foram usados por homens japoneses em 1800, basicamente para evitar a gravidez. Eles também usavam carapaça de tartaruga e chifres de animais, mas certamente o couro foi uma das melhores adaptações.
E funciona?
Qualquer coisa que impeça a entrada de espermatozóides no colo do útero vai funcionar até certo ponto.Dito isto, descobrimos uma boa razão para o látex ainda ser usado até agora.


5 - Bloqueador de vagina
O que é?
Como a "Sponge Today", uma barreira foi inserida na vagina para bloquear a entrada de esperma no útero. Diferente do "Sponge",era feita de madeira. Utilizado por mulheres nos tempos antigo? Não.Você acredita que eram fabricados na década de 20? Felizmente foi um fracasso.
E funciona?
Outro bloqueador de esperma, mas provavelmente extremamente desagradável para as mulheres.


6 - Pílulas mastigáveis
O que é?
A Femcon FE é uma pílula anticoncepcional mastigável, é uma espécie de chiclete, que torna o acto de tomar  medicamentos mais “divertido”.
E funciona?
É 99% eficaz quando utilizada corretamente, mas o que as mulheres menos esperam é que o anticoncepcional sejam “divertidas”.


7 - Chá de testículo de castor
O que é?
Testículos de castor secos são combinados com álcool para produzir uma mistura que supostamente impede a mulher de engravidar.Curiosamente,algumas mulheres aparentemente ainda praticam este método.
E funciona?
O resultado é tão absurdo quanto o produto.

8 - Banho de Coca-Cola
O que é?
Há rumores de que a Coca-Cola teria sido usada como espermicida na década de 50.A Coca supostamente matava o esperma.
E funciona?
O banho nunca foi um método contraceptivo eficaz.Os espermatozóides são muito rápidos e fortes para serem parados por um banho de líquidos. Além disso, colocar algo açucarado em sua vagina irá trazer transtornos ainda maiores.

9 - Ânus de lebre
O que é?
Durante a Idade Média, amuletos eram comumente prescritos como métodos contraceptivos. Um destes amuletos era uma espécie de coroa de flores feita de ânus de lebre. Você leu certo… ânus de lebre.
E funciona?
Se usar uma coroa de ânus de lebre, provavelmente você não vai ter muitos pretendentes para manter um relacionamento amoroso. Então, nesse caso, é um método contraceptivo extremamente eficaz.

10 - Casar com uma mulher feia
O que é ?
Esse é poderoso, se você pretende não ter um filho o melhor método é não fazer sexo, dai veio a idéia de casar com uma mulher feia pois você não teria vontade nenhum de fazer amor com ela e ainda por cima mesmo naquela seca danada você não ia querer um menino com cara de demónio por ai.

Métodos contraceptivos - anel vaginal

O que é o Anel Vaginal?
O anel vaginal contém uma combinação de hormonas semelhante à da pílula convencional, entre as quais estrogénios. As hormonas difundem-se através das paredes da vagina. O anel é flexível, transparente e incolor, com cerca de cinco centímetros de diâmetro, facilmente aplicável e que pode ser aplicado pela própria mulher (semelhante à da colocação de um tampão).

Durante as três semanas (21 dias) em que deve estar aplicado, o anel confere uma protecção eficaz. Na quarta semana ele é retirado e aparece a menstruação.
A colocação e retirada do anel é fácil, sobretudo porque não existe uma posição obrigatória que condicione a sua eficácia. Para retirar o anel basta inserir um dedo na vagina até o sentir e puxa-lo para fora, suavemente.

Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, este sistema tem a vantagem de diminuir os problemas hepáticos pois, por serem absorvidas através do revestimento da vagina, as hormonas não passam pelo fígado. Os efeitos secundários são os que são observados em mulheres que utilizam a pílula (embora alguns fabricantes insistam em afirmar que com este método diminui a intensidade de efeitos como as dores de cabeça e o aumento de peso).

Graças à sua forma (circular, com cerca de 5 centímetros de diâmetro) e flexibilidade, a adaptação às paredes vaginais é boa, o que assegura que se mantém no local de forma confortável, pois é sustentado pelos músculos da parte mais estreita da vagina.

Contrariamente ao que algumas pessoas possam pensar, e porque fica colocado na zona mais profunda da vagina, o anel não interfere nem é "sentido" durante a relação sexual.

Como começar a utilizar o anel vaginal?
Se não utilizou qualquer contraceptivo hormonal no mês anterior, considere o primeiro dia da sua menstruação como o "dia 1" e coloque o seu primeiro anel vaginal. Deve fazê-lo pelo menos antes do "dia 5", mas não mais tarde do que esse dia, mesmo que a sua menstruação não tenha terminado. Durante este primeiro ciclo, use um método contraceptivo adicional, como um preservativo ou um espermicida nos primeiros sete dias de utilização do anel.
Se tomava uma pílula hormonal combinada (pílula que contém um progestagénio e um estrogénio), após a última toma da pílula pode inserir o anel vaginal durante os sete dias seguintes. No máximo terá de inserir o anel até ao dia em que deveria retomar a toma da pílula. Não necessita de associar um outro método contraceptivo.
Se tomava uma pílula contendo apenas progestagénio, poderá colocar o anel vaginal em qualquer altura. Não faça intervalo entre a sua última toma da pílula e o primeiro dia de utilização do anel vaginal. Quando transita de um contraceptivo que contém apenas progestagénio para o anel, deve associar outro método adicional de contracepção, como o preservativo ou um espermicida, durante os primeiros sete dias de utilização do anel.
Se tinha um implante subcutâneo, pode aplicar o anel vaginal no mesmo dia em que retirar o implante. Se está a mudar de um contraceptivo injectável, deve colocar o anel no dia em que deveria tomar a sua próxima injecção. Se usava um dispositivo intra-uterino (DIU) poderá colocar o anel no dia em que o retirar.

A venda do anel vaginal só é feita com apresentação obrigatória de receita médica e, pelo menos por enquanto, não é comparticipado.

Contracepção de emergência


O que é a contracepção de emergência?
Os contraceptivos de emergência são métodos para evitar uma gravidez não desejada, depois de ter havido relações sexuais sem protecção. Geralmente, é considerado necessário recorrer a este método quando:
se rompe um preservativo durante a relação sexual;
a mulher se esqueceu de tomar a pílula ou não a tomou da forma correcta e teve relações sexuais;
é um caso de violação;
há situações - a analisar caso a caso - em que tenham ocorrido relações sexuais não protegidas (por exemplo, um daqueles "arroubos" de paixão a que nenhum dos envolvidos foi capaz de resistir e antes do qual ninguém parou para pensar).

Regra geral, não se trata de nada de especial; apenas uma pílula contraceptiva "normal", com uma dosagem diferente da habitual. As pílulas de contracepção de emergência devem ser tomadas o mais cedo possível (a primeira, o mais tardar, até 72 horas após o acto sexual sem protecção).


O que fazer?
O mais indicado é que se dirija ao seu médico assistente, ao ginecologista ou à consulta de Planeamento familiar do Centro de Saúde da sua área de residência. É importante que a mulher fale com um médico antes de recorrer à contracepção de emergência pois, apesar de esta ser uma opção simples e segura para a maioria das mulheres, existem casos particulares em que este método não é aconselhado sem supervisão médica. É o caso de mulheres que possam:
- não ter a certeza de ter ou não engravidado no último mês (atenção a sinais como náuseas, aumento do volume das mamas, anormalidades no último período menstrual);
- ter cancro da mama;
- ter um tumor no sistema reprodutor;
- ter problemas cardíacos;
- ter coágulos nas pernas (varizes, p.e.) ou pulmões;
- ter doenças como diabetes, problemas de fígado, doenças de coração, doenças de rins, fortes enxaquecas ou hipertensão;
- qualquer doença que possa constituir um risco para a sua saúde.

Como tomar?
A contracepção de emergência faz-se em duas etapas. A primeira toma deve ser feita o mais cedo possível, até 72 horas após a relação sexual sem protecção. A segunda toma deve ser feita 12 horas depois da primeira toma.
Meia-hora antes de cada toma, é aconselhável tomar um comprimido para o enjôo (para prevenir eventuais vómitos).

A tabela seguinte, obtida a partir da página de Internet da Associação para o Planeamento da Família (APF), revela a forma de aplicar este método recorrendo a marcas presentes no mercado português. Note-se que já existe no nosso mercado uma embalagem de quatro pílulas para contracepção de emergência, o Tetragynom).

ATENÇÃO!!!
A contracepção de emergência é uma "bomba hormonal", que actua activamente sobre o sistema reprodutor da mulher, logo, este método não deve ser utilizado repetidamente, sendo importante discutir com um técnico de saúde o tipo de contracepção regular que se deseja escolher. Assim, três semanas depois da tomada das pílulas, vá a uma consulta médica para escolher o novo método e excluir uma possível falha da contracepção de emergência.

Se depois de recorrer a este método a mulher desejar ter relações sexuais, é muito importante que utilize um método de barreira (preservativo ou outro) até ao aparecimento do período menstrual.

Nota final:
O que torna este método pouco atraente (recordar que se trata de um método de emergência):
Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis, o que inclui a SIDA, entre outras.
Tem que ser posto em prática muito rapidamente.
Implica ter uma caixa de pílulas "sempre à mão".
Pode provocar efeitos secundários (enjoo e vómitos, p.e.).



Marca1.ª Toma2.ª Toma
Microginon4 pílulas3 pílulas
Neomonovar4 pílulas3 pílulas
Gynera4 pílulas3 pílulas
Minulet4 pílulas3 pílulas
Marvlon4 pílulas3 pílulas
Diane 353 pílulas3 pílulas
Mercilon5 pílulas5 pílulas
Minigeste5 pílulas
5 pílulas

Métodos contraceptivos - o adesivo



O pequeno adesivo cola-se na pele - pode ser colado nas nádegas, costas, braços ou abdómen - e muda-se uma vez por semana, sempre no mesmo dia. As hormonas que contém passam para a corrente sanguínea e chegam até aos ovários. O efeito é idêntico ao de uma pílula monofásica, tem os mesmos compostos, actua da mesma forma e, tal como esta, deve ser usado durante vinte e um dias. Segue-se uma pausa para que aconteça a menstruação.

Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, este método tem a vantagem de diminuir os problemas hepáticos pois, por serem absorvidas pela pele, as hormonas não passam pelo fígado. Os efeitos secundários são os que são observados em mulheres que utilizam a pílula.

Este contraceptivo estará disponível no mercado português a partir de Janeiro de 2004. Será comercializado em caixas para um mês e para três meses, mediante receita médica e ainda sem comparticipação do Estado.

Preservativos

O que é um preservativo?
Um preservativo é um método contraceptivo 99% eficaz. É um tubo de material flexível e fino (látex ou poliuretano, regra geral), fechado numa das extremidades. Os preservativos de látex têm dois contras: o seu lubrificante pode fazê-los sair e algumas pessoas são alérgicas; nesse caso, podem usar-se preservativos de poliuretano.

Os preservativos são usados:
- para prevenir a gravidez fazendo com que o esperma do homem não passe para a vagina da mulher;
- para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (pelo esperma ou pelo contacto com secreções infectadas das áreas genitais); a maior parte dos preservativos adaptam-se ao pénis. Recentemente foi comercializado o preservativo feminino, que é colocado na vagina da mulher; este preservativo feminino pode ainda ser usado para proteger o recto.

Porquê usar o preservativo?
O preservativo masculino é um método contraceptivo muito antigo (já havia preservativos no Antigo Egipto) mas, apesar das alterações de forma e materiais, o princípio é o mesmo: o preservativo retém o esperma; por isso, os espermatozóides não podem encontrar o óvulo, não o podem fecundar e, logo, não há gravidez. O preservativo é utilizado como forma de prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DST), sendo considerado o método mais importante de prevenir o contágio durante as relações sexuais, inclusive para o VIH.

Como utilizar o preservativo?
Colocar o preservativo quando o pénis estiver erecto - sempre antes que o pénis entre em contacto com a boca, a vagina ou o recto do parceiro. Muitos parceiros usam o preservativo demasiado tarde, após alguma penetração inicial. O líquido que sai do pénis antes do orgasmo pode conter espermatozóides (responsáveis por uma gravidez "inesperada") ou vírus (VIH).
Se quiser, colocar um lubrificante aquoso (não usar lubrificantes gordurosos com preservativos de látex) na ponta do preservativo.
Se não for circuncidado, puxar o prepúcio para baixo antes de colocar o preservativo; assim, o prepúcio pode movimentar-se sem danificar o preservativo.
Retirar o ar da extremidade do preservativo deixando a câmara da ponta livre para armazenar o sémen e desenrolar o restante do preservativo até atingir a base do pénis.
Nunca usar dois preservativos sobrepostos. A fricção entre eles aumenta as hipóteses de se estragarem, rompendo-se.
Após o orgasmo, pegar na base do preservativo e retirá-lo sempre antes que o pénis fique mole e com cuidado, para não derramar sémen sobre o parceiro quando o retirar.

Que cuidados ter com os preservativos?
Verificar sempre a data da validade impressa na embalagem do preservativo. No caso de estar fora de prazo ou de a embalagem estar danificada, não usar NUNCA esse preservativo.
Se for necessária uma lubrificação, utilizar apenas lubrificantes aquosos, não utilizar produtos à base de óleo ou de álcool (ou seja, óleo para bebés, vaselina, cremes cosméticos, óleos de massagem, etc.). Estes podem danificar ou enfraquecer o látex no espaço de quinze minutos.
Se estiver a aplicar um medicamento no pénis ou na vagina, este poderá afectar o preservativo. Em caso de dúvida, pedir sempre opinião a um médico ou farmacêutico.
Nunca usar um preservativo mais que uma vez.
Conservar as embalagens de preservativos em lugar fresco e sem contacto directo com o sol ou com temperaturas mais elevadas (o que implica não usar preservativos que viveram durante dias (meses? semanas?) no bolso das calças ou num canto recôndito da carteira).
Abrir a embalagem com cuidado sem utilizar objectos cortantes e evitar que as unhas ou anéis rompam o preservativo.
O preservativo não é reciclável, nem reutilizável. Ou seja, nunca deve ser colocado na sanita.
Embora seja muito raro, há pessoas que podem ser alérgicas ao látex. Se isso acontecer, consultar um centro de saúde.

Contracepção

A contracepção é qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. Os métodos de contracepção são múltiplos, podendo ser classificados de acordo com o seu objectivo em barreiras mecânicas e químicas, impeditivas de nidação e contracepção hormonal.


Barreiras mecânicas
Impedem o encontro entre o espermatozóide e o óvulo.
Preservativo masculino – Manga em forma de saco, de borracha (látex) muito fina. É colocado no pénis antes da relação sexual e recolhe o sémen num reservatório que tem, impedindo que ele entre na vagina.
Preservativo feminino – Manga em forma de saco colocado na vagina, recobrindo-a internamente.
Diafragma – Dispositivo de borracha em forma de cúpula que é inserido na vagina antes da relação sexual. Cobre a entrada no útero impedindo a passagem dos espermatozóides. Devido a terem diferentes tamanhos, a sua adaptação deve ser feita por um médico.
Barreiras químicasSubstâncias que matam os espermatozóides.
Espermicidas – Espumas, cremes ou óvulos colocados na vagina antes da relação sexual.
Impeditivos de nidaçãoAparelhos que impedem a implantação do óvulo fecundado no útero.
Dispositivo intra-uterino (DIU) – Pequeno dispositivo de metal ou plástico, de formas variadas, inserido no útero por um médico.
Contracepção hormonalComprimidos de hormonas sintéticas
(estrogénio e progesterona) que impedem a ovulação
Pílula – Deve ser tomada diariamente durante 21 dias consecutivos, seguido de uma paragem de 7 dias.
Métodos naturaisBaseiam-se na determinação através de diversas técnicas de observação, do momento de ovulação da mulher. São altamente falíveis em mulheres jovens e não devem ser aconselhados a casais sem vida sexual estável.
Método do calendário – Anotando o dia em que surge a menstruação, durante uns meses, é possível calcular a altura da ovulação.
Método das temperaturas – Implica a verificação diária do temperatura da mulher. Sabendo que a temperatura desce um pouco antes da ovulação para subir de seguida, é possível também determinar a altura do período fértil.
Método de billings – Determina os períodos férteis da mulher com base na secreção e propriedades da mucosa produzida no colo do útero.
Métodos definitivosA forma mais segura de evitar a gravidez pela esterilização,
já que implicam uma intervenção cirúrgica.
Laqueação de trompas – É o corte ou o bloqueio das trompas de Falópio na mulher, que impede que o óvulo seja “encontrado” pelos espermatozóides.
Vasectomia – A vasectomia é o corte ou o bloqueio dos canais deferentes no homem, impedindo assim a saída dos espermatozóides na ejaculação.