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sexta-feira, 3 de junho de 2022
Educação Sexual - Histórias
Educação Sexual - Para consultar ...
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- Grelha de registo dos critérios de apreciação de manuais de educação sexual
- Historia-da-sexualidade (Michel Foucault)
- Genero, Sexualidade e Educacao (Guacira Louro)
- Mais Vale Prevenir – Manual de Boas Praticas na Prevencao e Acompanhamento da gravidez na adolescencia O currículo escolar e as relações de heterossexismo e homofobia na educação básica
- Perguntas e respostas sobre orientação sexual e identidade de genero
- Pontos nos Is -A Educação Sexual lá em casa- para pais e outras pessoas que exercam autoridade parental sobre as CRIANCAS e jovens
- Programa para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina
- Questoes de sexualidade Ensaios Transculturais (Cornwall, Andrea e Jolly, Susie)
- Relatório Final do GTES
- Sexualidade da pessoa deficiente
- Sexuality Education in Europe – a reference guide to policies and practices
- Teachers and parents roles in the sexuality education in primary school (Joy Walker, Jan Milton)
- Teoria antropologica e sexualidade humana (Luiz Mott)
- Um breve histórico do estudo da sexualidade humana
O que é Sexualidade?
Assexualidade
A assexualidade é distinta da abstenção de atividade sexual e do celibato, que são comportamentais e geralmente motivados por fatores como crenças pessoais, sociais, ou religiosas de um indivíduo. Acredita-se que a orientação sexual, ao contrário do comportamento sexual, é "duradoura". Algumas pessoas assexuais engajam em atividades sexuais, mesmo não tendo desejo por sexo ou atração sexual, por uma variedade de razões, como a vontade de sentir ou dar prazer a alguém, ou o desejo de ter filhos.
A aceitação da assexualidade como orientação sexual e o início das pesquisas científicas em relação ao tema ainda são muito recentes, conforme um corpo crescente de perspetivas tanto sociológicas começou a desenvolver-se. Enquanto alguns investigadores afirmam que assexualidade é orientação sexual, outros investigadores discordam.
Diversas comunidades assexuais começaram a formar-se desde o advento da Internet e das mídias sociais. A mais prolífica e conhecida delas é a Asexual Visibility and Education Network (AVEN), fundada em 2001 por David Jay.
Um breve histórico do estudo da sexualidade humana
Educação Sexual - Fichas de Trabalho
Classificação das variações intersexo
Não existe somente uma maneira de ser intersexo. Algumas pessoas intersexo nascem com genitais atípicos, outras nascem com genitais completamente típicos, umas possuem cromossomas XX e possuem naturalmente um pénis e escroto, outras possuem cromossomas XY e possuem naturalmente uma vulva e vagina, entre outras maneiras de ser intersexo. Algumas variações intersexo são visíveis ao nascimento, enquanto outras, não são aparentes até à puberdade. Outras podem inclusive não ser fisicamente aparentes.
Existem diversas variações intersexo, dentre elas:
Disgenesia gonadal parcial (1 em cada 15.000)
Disgenesia gonadal total (1 em cada 150.000)
Eunucoidismo/Hipogonadismo moderado ou severo (20% das pessoas idosas de sexo masculino atribuído)
Hiperplasia adrenal congênita (1 em cada 5.000 a 14.000)
Hipospadia (1 em cada 300 nascimentos)
Mosaicismo envolvendo os cromossomos sexuais
Pseudo-hermafroditismo masculino (1 em 20.000)
Síndrome da insensibilidade androgênica parcial (1 em cada 130.000)
Síndrome da insensibilidade androgênica total (1 em cada 13.000)
Síndrome de Klinefelter (1 a cada 850)
Síndrome de La Chapelle (1 em 20.000)
Intersexo
Intersexo, descreve pessoas que naturalmente desenvolvem características sexuais que não se encaixam nas noções típicas de sexo feminino ou sexo masculino, não se desenvolvem completamente como nenhuma delas ou desenvolvem naturalmente uma combinação de ambas.
Segundo as Organização das Nações Unidas, entre 0,05% e 1,7% da população mundial é intersexo, a maior estimativa é semelhante ao número de pessoas naturalmente ruivas.
Estimativas variam, tendo dados que afirmam que 1 em cada 200 pessoas são intersexo, outras 1 em 1,500 ou 2,000 nascimentos, existindo ainda números tão altos como 4% da população.
Tal como as pessoas não-intersexo, a identidade de género, expressão de género e orientação sexual que uma pessoa intersexo possui varia mediante a pessoa.
Intersexo, em seres humanos, difere do termo hermafrodita, já bastante estigmatizado, por intersexo denotar várias maneiras que o sexo biológico de alguém pode naturalmente não se encaixar nas noções típicas de sexo feminino ou masculino, e não necessariamente uma questão de conseguir produzir dois tipos de gametas, como hermafrodita se refere. Algumas pessoas intersexo, como qualquer outra, poderão ser transgénero. No entanto os dois conceitos são diferentes.
Demissexualidade
Demissexual é uma alguém cuja atração sexual para outro tende a manifestar-se ativamente somente quando existe envolvimento ou laço emocional, afetivo ou intelectual para essa outra pessoa Essa categorização sexual é também vulgarmente denominada uma "assexualidade cinza", ou seja, atração que se situa em transição (área cinza) entre alossexualidade comum (atração sexual aleatória a pessoas de um ou outro gênero, simplificadamente não condicionada, como se presume ocorrer com a maioria das pessoas púberes) e assexualidade propriamente dita (ausência total de desejo/atração sexual.
O termo surgiu pela primeira vez em 2008 no site da Rede de Visibilidade e Educação Assexuais (do inglês "Asexuality Visibility and Education Network", ou AVEN), e vem sendo usado desde então por mais pessoas que se identificam com esse conceito.
Uma autoproclamada demissexual explicou no Reddit como ela sempre pensou que era uma “aberração” na adolescência até 'descobrir' demissexualidade: “Eu sempre recuava e rapidamente me afastava da socialização por medo de ser pressionada a algo romântico ou sexual com outras pessoas. Mas assim que cheguei em casa e no meu próprio quarto, me vi desejando ter um relacionamento com alguém e me entregando aos meus sentimentos sexuais (o que é bastante normal para uma pessoa hormonal de 13 a 14 anos), mas a ansiedade severa sempre que alguém manifestava interesse romântico em mim, eu me impedia de namorar alguém ou até de flertar quando acontecia.” Ela disse que antes de aprender sobre demissexualidade, sentia "luta, dor, isolamento e confusão".
Sapiossexualidade
Sapiossexualidade é o fato de sentir atração, seja sexual ou romântica, por pessoas inteligentes, educadas ou carismáticas. A definição muitas vezes inclui atração, seja ela física ou imaterial, pelo intelecto ou através de uma conexão mental para com os indivíduos ou as pessoas. O sufixo implica numa atração sexual, logo não requer necessariamente uma atração intelectual, psíquica, psicológica ou mental.
Metrossexualidade
A Metrossexualidade ou metrossexual: é um termo originado nos finais dos anos 1990, pela junção das palavras metropolitano e sexual, sendo uma gíria para um homem urbano excessivamente preocupado com a aparência, gastando grande parte do seu tempo e dinheiro em cosméticos, acessórios, roupas e tem suas condutas pautadas pela moda e as "tendências" de cada estação.
Intersexo - Modificação das características sexuais
O tipo de procedimentos vai depender da variação intersexo, existm dois modelos possíveis:
Modelo centrado no sigilo e cirurgia: Fazer a cirurgia e medicar nos primeiros 24 meses de vida;
Modelo centrado na pessoa intersexo: Esperar a pessoa intersexo crescer, explicar a complexidade das questões envolvidas e permitir que tome a decisão sobre como agir quanto às suas características sexuais (seja, se deseja alterações, o momento que as faz, ou quais faz).
Em caso de clitoromegalia e micropénis, esperar antes de fazer a cirurgia é importante para não correr o risco de prejudicar a funcionalidade do órgão sexual. Outro motivo para esperar antes de fazer a cirurgia é evitar a insatisfação da pessoa intersexo na alteração. É importante que a família e a pessoa intersexo possua acompanhamento psicoterapêutico para lidar com a ansiedade e frustração que pode vir acompanhada a toda a complexidade envolvida em ser intersexo.
Assim o tratamento moderno envolve psicoterapia para a pessoa intersexo e a sua família, cirurgia de redesignação sexual, cirurgia plástica para caso queira modificar as suas características sexuais ou terapia hormonal, caso desejada. Sendo mais fácil a construção de uma vulva e vagina, ela tem sido preferida pelo modelo médico tradicional. Mesmo na abordagem centrada na pessoa intersexo, recomenda-se que a cirurgia seja feita caso haja sério prejuízo funcional e desconforto genital.
Ser intersexo é frequentemente tratado como algo de carácter patológico, que deve ser corrigido com terapia hormonal ou cirurgias para normalizar as características sexuais das pessoas intersexo. Se uma variação intersexo é descoberta no nascimento ou durante a infância, os procedimentos médicos podem ser realizados sem que a criança ou pessoas responsáveis pela criança deem consentimento ou até mesmo estejam cientes, e muitas pessoas intersexo não são informadas sobre a sua variação intersexo, mesmo quando adultas.
Integridade física - Intersexo
Tem-se tornado prática comum sujeitar as crianças intersexo a intervenções cirúrgicas medicamente desnecessárias e a outros procedimentos que têm como propósito tentar fazer com que a sua aparência esteja de acordo com a noção típica de sexo masculino ou feminino. Tais procedimentos, frequentemente irreversíveis, podem causar permanentemente infertilidade, dor, incontinência, perda de sensação no acto sexual, sofrimento mental para o resto da vida, incluindo depressão.
Estes procedimentos, são regularmente praticados sem o pleno consentimento, livre e informado, da pessoa em questão. Muitas vezes, esta é demasiado nova para poder tomar uma decisão e estes procedimentos podem violar os seus direitos à integridade física, a viver livre de tortura e outros atos degradantes ou desumanos.[
Estas intervenções têm frequentemente como base normas culturais e de género e crenças discriminatórias relativas a pessoas intersexo e a sua integração na sociedade. Atitudes discriminatórias não podem nunca justificar violações de direitos humanos, incluindo tratamento forçado e violações ao direito à integridade física.
Tais procedimentos são algumas vezes justificados por argumentos com base em benefícios de saúde, mas estes são frequentemente propostos com base em provas fracas e sem a discussão de soluções alternativas que protejam a integridade física e respeitem a autonomia da pessoa.
Tais crenças e pressões sociais são frequentemente refletidas pela comunidade médica, e também por familiares responsáveis das crianças intersexo, que encorajam ou dão o seu consentimento para que tais procedimentos sejam feitos. Independentemente da falta de indicação médica, necessidade ou urgência, e também apesar do facto de que tais procedimentos possam violar direitos humanos. Muitas vezes o consentimento é dado na ausência de informação sobre as consequências a curto e longo prazo sobre tal cirurgia e também com a falta de contacto com outras pessoas adultas intersexo e as suas famílias.
Muitas pessoas adultas intersexo que foram expostas a cirurgias enquanto crianças realçam a vergonha e estigma associados à tentativa de apagar os seus traços intersexo, tal como o sofrimento físico e mental, incluindo como resultado as cicatrizes extensivas e dolorosas. Muitas também sentem que foram forçadas a assumirem um sexo e género que não lhes é adequado.
Dado a natureza irreversível e o impacto na autonomia e integridade física da pessoa, tais procedimentos cirúrgicos, desnecessários, tais procedimentos procuram ser proibidos.