As actividades propostas nesta agenda podem levantar algumas questões sensíveis e por vezes difíceis de gerir em sala de aula[1] . O professor deverá estar atento a tais situações, trabalhar em grupo as questões que surgirem, aproveitando para reforçar a importância da privacidade e do respeito pelo outro (questões pessoais de alunos e o apelo ao relato das experiências dos professores), e, se necessário, remeter para espaços mais adequados (por ex. o gabinete de informação e apoio ao aluno – artigo 10º Portaria nº196-A/2010 de 9 de Abril). Propomos, no entanto, que a definição de regras para as actividades se constitua, per se, enquanto actividade prioritária. De resto, é útil que os alunos tenham parte activa na construção das regras a manter durante as actividades, ainda que assistidos pelo professor, por oposição a uma comunicação/imposição das mesmas.
Aqui ficam algumas sugestões para aspectos a ter em consideração antes de começar a desenvolver as actividades:
Regras para a turma e para o professor
Não é permitido pressionar.
Não se devem fazer perguntas pessoais.
Todas as opiniões ou valores são importantes.
Ninguém é mais nem menos importante na sala de aula e todas as ideias devem ser debatidas.
Sempre que possível substituir palavras de calão por palavras científicas.
Quando não se sabe: perguntar e pesquisar.
Características importantes para o professor
Ser capaz de implementar um clima de confiança e de respeito pela intimidade.
Respeitar a confidencialidade sobre tudo o que for abordado, excepto em situações de potencial risco ou compromisso do bem-estar físico ou psicológico dos alunos.
Não se escandalizar, embaraçar ou ofender com facilidade.
Procurar parcerias que ajudem a desenvolver temas a abordar nas aulas, sempre que necessário.
Integrar pais e família nas actividades propostas.
Relativamente aos recursos disponíveis sugerimos que consulte nesta mesmo site, o capítulo relativo a contactos, leituras e sítios recomendados. Relembramos ainda que é fundamental contactar e envolver o agrupamento do Centro de Saúde local, entidade responsável pela implementação Programa Nacional de Saúde Escolar, no qual se enquadra a educação sexual escolar.
[1] Situações de descriminação (por exemplo a homofobia), suspeita de maus tratos, abuso, comportamentos de risco a nível da sexualidade, gravidez na adolescência, entre outros.
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