Páginas

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Caracteres Sexuais Masculinos e Femininos

A reprodução é o mecanismo que assegura a perpetuação da espécie. Para que o ser humano consiga reproduzir-se é necessário que o corpo esteja preparado e capaz de produzir um filho. 

Deste modo, o corpo feminino e masculino passa por mudanças tanto a nível morfológico , como a nível do desenvolvimento do sistema reprodutor até atingir a capacidade de se reproduzir. Estas mudanças são acompanhadas por transformações psicológicas que se reflectem no comportamento e modo de pensar. A esta fase da vida de um ser humano chama-se puberdade. 

 A puberdade tem início, entre os 9 e 10 anos de idade, quando os rapazes e as raparigas começam a apresentar mudanças morfológicas e de comportamento. As mudanças morfológicas correspondem aos caracteres sexuais secundários que nos rapazes desenvolvem-se devido à actuação de hormonas produzidas nos testículos -testosterona-, e nas raparigas desenvolvem-se devido à actuação de hormonas produzidas nos ovários - estrogénio e progesterona. Nos quadros seguintes estão apresentadas, por idade, os caracteres sexuais secundários femininos e masculinos.



Métodos Contraceptivos



MÉTODOS MECÂNICOS DE CONTRACEPÇÃO



D.I.U
(FEMININO)


DIAFRAGMA
(FEMININO)




PRESERVATIVO
(MASCULINO)














DESCRIÇÃO

   Filamento delgado introduzido no útero. 

Anel de borracha

   Invólucro de borracha muito fino e flexível.

MODO DE ACÇÃO

Suprime a ovulação.

Impede que os espermatozóides atinjam o útero.

Impede que os espermatozóides se difundam na vagina. 

EFICÁCIA

92 A 99 %

70 %

89 %

EFEITOS
SECUNDÁRIOS



Contracções do útero para expulsão.
  Fluxo menstrual abundante.

Possíveis alergias.



Possíveis alergias.


MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTRACEPÇÃO




PÍLULA ANTICONCEPCIONAL

ESPERMICIDAS







DESCRIÇÃO

Hormonas sintéticas semelhantes à progesterona e ao estrogénio.

Cremes vaginais.

MODO DE ACÇÃO

Suprime a ovulação.

Extermina os espermatozóides no colo uterino.

EFICÁCIA

99 %

60 a 75 %

EFEITOS
SECUNDÁRIOS



   Pode ocorrer muitas vezes tensão arterial elevada, coágulo sanguíneo (trombose), alterações ligeiras do peso corporal, infecções vaginais, cefaleias e/ou náuseas.

Possíveis alergias.





MÉTODOS DE CONTRACEPÇÃO MÉDICO - CIRÚRGICOS




LAQUEAÇÃO DAS TROMPAS

VASECTOMIA








DESCRIÇÃO

Hormonas sintéticas semelhantes à progesterona e ao estrogénio.

Seccionamento ou obstrução dos canais deferentes.

MODO DE ACÇÃO

Torna impossível o encontro do óvulo com o espermatozóide.

  Fecundação impossível dada a ausência de espermatozóides no esperma.

EFICÁCIA

100 %

100 %

EFEITOS
SECUNDÁRIOS



   Podem ocorrer distúrbios psicológicos devidos à infecundidade

Podem ocorrer distúrbios psicológicos devidos à infecundidade


Características dos Órgãos Reprodutores Femininos




Características dos órgãos reprodutores femininos
Gónadas
Óvários
Glândulas em forma de amêndoa onde são formados os gâmetas (óvulos).
Vias Genitais
Trompas de Falópio
Canais com 12 a 14 cm de comprimento, que se estendem desde cada um dos ovários até à parte superior do útero. Iniciam-se por uma porção em forma de funil - pavilhão - que envolve parcialmente o ovário.
Útero
Órgão musculoso e oco revestido por uma membrana mucosa chamada endométrio. Divide-se em duas partes: a superior ou corpo, mais volumosa onde vão dar as trompas de Falópio; a inferior, mais estreita, chamada colo oucérvix que comunica com a vagina.
Vagina
Canal muscular que faz a comunicação do útero com o exterior.
Órgãos exteriores
Vulva
Constituída por dois pares de pregas cutâneas - grandes lábios e pequenos lábios - que envolvem os orifícios vaginal e urinário, bem como o clitóris.

Anatomia dos Sistemas Reprodutores Masculinos e Femininos

A reprodução só é possível quando os orgãos genitais internos atingem a maturidade ou seja, quando se desenvolvem os caracteres sexuais primários. A maturidade só se revela através da produção de gâmetas (células sexuais) nas gónadas ou orgãos sexuais: os testículos e os ovários. Apesar de ser nas gónadas que são formados os gâmetas, é de salientar também a importância dos outros orgãos do sistema genital. São eles que condicionam o transporte das células sexuais e a manutenção de condições para a sua sobrevivência, permitindo o encontro dos gâmetas e a fecundação. Observa atentamente o Sistema Reprodutor Feminino (fig. 1) e o Sistema Reprodutor Masculino (fig. 2) nas figuras que se seguem.








SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

GÓNADAS


OVÁRIOS
São dois órgãos em forma de amêndoa localizados na cavidade abdominal. Neles originam-se os óvulos – gâmetas -, células reprodutoras femininas. São também órgãos glandulares produtores de hormonas.


TESTÍCULOS
São dois órgãos ovóides no exterior da cavidade abdominal, numa bolsa designada por escroto ou bolsa escrotal. Produzem os espermatozóides - gâmetas masculinos- e hormonas.





TROMPAS DE FALÓPIO
São duas, podendo-se designar por ovidutos. Iniciam-se por uma zona em forma de funil franjado, o pavilhão da trompa, abrindo no fundo do útero. São canais que estabelecem a comunicação ovário - útero.


EPIDÍDIMOS
São duas estruturas que recobrem parcialmente os testículos, que têm a função de armazenar e amadurecer os espermatozóides.


VIAS GENITAIS


ÚTERO
Órgão muscular em forma de pêra, cuja parede se prepara todos os meses para receber o ovo, ocorrendo uma gravidez. A zona inferior designa-se por colo uterino e corresponde ao local onde o esperma é depositado pelo pénis.

CANAIS DEFERENTES
São dois canais com cerca de 40cm de comprimento, continuando os epidídimos. Cada um deles penetra no abdómen, atravessa a próstata e abre, finalmente, na uretra. Conduzem os espermatozóides.




VAGINA
Canal flexível que se insere no colo uterino e abre para o exterior, a nível da vulva, que tem a função de estabelecer a relação sexual.

URETRA
Canal que se inicia na bexiga e percorre o pénis, abrindo na extremidade deste. Permite a condução da urina e do esperma para o exterior.



VESÍCULAS SEMINAIS
Duas glândulas que segregam um líquido constituinte de cerca de 60% do esperma.

GLÂNDULAS ANEXAS



PRÓSTATA
Glândula cujos canais excretores abrem na uretra. Elabora o líquido esbranquiçado e açucarado constituinte do esperma e que é expulso na ejaculação.




GLÂNDULAS DE COWPER
Duas glândulas do tamanho de ervilhas que comunicam com a uretra. Têm a função de lançar um líquido, antes da cada ejaculação, que vai eliminando os vestígios de urina ao longo da uretra.

ORGÃOS

LÁBIOS
São pregas cutâneas. Os extremos são os grandes lábios e os mais internos os pequenos lábios.

PÉNIS
Órgão externo atravessado pela uretra por onde é expelido o esperma e a urina. O pénis é o orgão que estabelece a relação sexual.
GENITAIS
CLÍTORIS
Pequeno orgão de grande sensibilidade.
EXTERNOS
ORIFÍCIO GENITAL
Orifício que corresponde à abertura da vagina.
ESCROTO
Bolsa onde estão contidos os testículos.

Espermatozóides e Óvulos

Os óvulos e os espermatozóides são gâmetas ou células sexuais que têm uma função reprodutora isto é, a função de garantir a continuidade da espécie humana. 



O espermatozóide é um gâmeta ou célula sexual masculina que é constituída pela cabeça; segmento intermediário; e cauda. São produzidos nos testículos e têm como função a fecundação do óvulo para originar um embrião. É a hipófise que através das suas hormonas - LH ou luteoestimulina e FSH ou foliculoestimulina -, controla o funcionamento dos testículos. No homem, a hormona LH actua nas células de Leydig, nos testículos, estimulando-os a produzirem testosterona, a FSH actua sobre os tubos seminíferos, também nos testículos, controlando a produção dos espermatozóides continuamente até ao fim da vida. 


A emissão de gâmetas não obedece a nenhuma periodicidade podendo ocorrer até mais do que uma vez por dia. O óvulo é um gâmeta ou célula sexual feminina que é formado por um núcleo, citoplasma e células foliculares. São formados nos ovários e têm a função de serem fecundados pelos espermatozóides para dar origem a um embrião. 



 Quando nascem, as mulheres já têm nos seus ovários, no interior dos folículos primordiais, todas as células reprodutoras que disporão ao longo da sua vida fértil, que termina por volta dos cinquenta anos. A partir da puberdade, mensalmente, um folículo evolui até á fase de folículo maduro, acabando por libertar o gâmeta feminino. Estas transformações cíclicas no ovário são acompanhdas por variações na produção das hormonas sexuais - estrogénios e progesterona. É a hipófise que através das suas hormonas - LH ou luteoestimulina e FSH ou foliculoestimulina-, controla o funcionamento dos ovários. As três fases do ciclo dos ovários são determinadas por três fases distintas da concentração das hormonas LH e FSH no sangue. Portanto, nas mulheres durante um período de 28 dias, sensivelmente, repetem-se no seu sistema reprodutor os mesmos acontecimentos, o que se designa por Ciclo Sexual Feminino.

Ciclo Ovárico e Ciclo Uterino




O ciclo sexual feminino é, sensivelmente, de 28 dias, podendo ser de 25 até 30 dias. Nas adolescentes os primeiros ciclos menstruais podem ser muito irregulares, não constituindo razão para preocupações. No entanto, se o ciclo menstrual continuar a ser muito irregular para além do prazo de dois anos, é aconselhável consultar um médico ginecologista. Uma vez que num ciclo sexual os principais acontecimentos ocorrem num ovário e no útero, considera-se existir um ciclo ovárico e um ciclo uterino. Ambos os ciclos ocorrem simultaneamente. 



O Ciclo do Ovário 
A formação das células reprodutoras femininas ocorre nos ovários e podem distinguir-se em três fases: fase folicular, fase da ovulação e fase do corpo amarelo. 

Þ Fase Folicular (ocorre do 1º ao 14º dia)
A célula reprodutora feminina - óvulo - desenvolve-se em estruturas designadas por folículos. Na puberdade, alguns folículos entram em actividade, mas em cada ciclo apenas um atinge a maturação. Nesta fase, as hormonas que as células foliculares produzem são, principalmente, os estrogénios. 

Þ Fase da Ovulação (ocorre ao14º dia) 
Quando o folículo está maduro funde-se com a parede do ovário e o óvulo é libertado do ovário e entra na trompa de falópio. 

Þ Fase do corpo Amarelo (ocorre do 15º ao 28º dia)
Depois da ovulação o folículo transforma-se numa estrutura de cor amarela designando-se, por isso, de corpo amarelo. Este transforma-se em algumas horas e funciona alguns dias, produzindo uma pequena quantidade de estrogénio e, principalmente, progesterona. Na ausência de fecundação, o corpo amarelo regride deixando na parede do ovário uma pequena cicatriz. Se ocorrer fecundação, o corpo amarelo mantém-se durante três meses a produzir as hormonas femininas. 

O Ciclo do Útero 
O útero é um orgão muito musculado revestido internamente por uma mucosa muito vascularizada - o endométrio. Esta mucosa uterina sofre transformações ao longo do ciclo, com a função de criar condições óptimas para que o óvulo fecundado se aloje no endométrio, e aí se desenvolva o embrião e, posteriormente, o feto ao longo dos 9 meses. As transformações que ocorrem no endométrio podem ser agrupadas em três fases: fase menstrual, fase proliferativa e fase de secreção. 

Þ Fase Menstrual (ocorre do 1º ao 5º dia)
Quando não há fecundação a parede do útero desagrega-se sendo destruída cerca de 4/5 mm da sua espessura. Os fragmentos de tecido e sangue proveniente dos vasos que irrigam a parede do útero, são libertados constituindo a menstruação. A menstruação traduz-se numa hemorragia e marca o início de todo o ciclo sexual feminino e, por isso, quando aparece a menstruação deve-se contar esse dia como sendo o primeiro dia, não só do ciclo uterino mas de todo o ciclo sexual. 

Þ Fase Proliferativa (ocorre do 6º ao 14º dia)
após a menstruação a mucosa uterina é reconstituída, em que os vasos sanguíneos e tecidos são reconstituídos, passando de 1 a 5 mm de espessura. 

Þ Fase de Secreção (ocorre do 15º ao 28º dia)
O endométrio enriquece-se de glândulas e vasos sanguíneos. As glândulas produzem um muco que é particularmente abundante na ovulação. Deste modo, o útero está pronto para receber e alojar nesta camada “fofa e esponjosa” um embrião. Caso não tenha ocorrido um fecundação esta camada degenera, iniciando-se assim um novo ciclo com a fase menstrual.

Relação entre os Ciclos Ovárico e Uterino 
Existe uma estreita relação entre o ciclo do ovário e o uterino. Efectivamente, sem ovários não há ciclo uterino. Com ovários reimplantados, em qualquer parte do corpo, o ciclo reinicia-se. Isto acontece porque o ovário actua sobre o útero através de hormonas que lança no sangue, não sendo por isso determinante a sua localização. Estas hormonas ováricas - estrogénios e progesterona - actuam no útero comandando as transformações do endométrio, ou seja, o ciclo uterino. Durante a fase folicular os estrogénios, produzidos em quantidade crescente pelo folículo em desenvolvimento, estimulam o crescimento da mucosa uterina, o que corresponde à fase reparativa ou proliferativa. Após a ovulação, durante a fase do corpo amarelo, este produz principalmente progesterona mas também estrogénios. Estas hormonas, ao chegarem ao endométrio, provocam o seu crescimento e aumentam a sua complexidade, isto é, determinam o início da fase de secreção. Se não houver fecundação, o corpo amarelo degenera, deixando de produzir os estrogénios e a progesterona. A diminuição destas hormonas ováricas faz degenerar o endométrio, ocorrendo a fase menstrual.

A Sexualidade e a Relação Sexual


As vantagens da reprodução sexual 
A utilidade real do sexo é encontrada na combinação de dois conjuntos diferentes de cromossomas. Não é necessário para a reprodução envolver sexo é possível imaginar uma raça humana inteiramente constituída por mulheres que dão à luz, a intervalos regulares, réplicas de si próprias, derivadas de células nos seus corpos que contêm informações genéticas idênticas às contidas em todas as outras células. Algumas criaturas humanas primitivas reproduziam-se deste modo. Mas muito cedo, na evolução da vida, as vantagens da reprodução sexual tornaram-se irresistíveis. Num mundo no qual o meio ambiente externo está em mutação, uma espécie que fosse incapaz de se adaptar, depressa morreria. Uma raça de membros idênticos poderia apenas sobreviver num mundo estável de temperatura constante e fornecimento alimentares imutáveis e contínuos, sem preocupações com predadores ou espécies comprometidas.

A descoberta da sexualidade 
Em paralelo com as muitas transformações físicas que acontecem no rapaz e na rapariga, por acção das hormonas sexuais e quando novos sentimentos e emoções são experimentados, também surgem sensações em relação ao próprio corpo, mais ou menos agradáveis. É a energia que existe dentro de cada pessoa a manifestar a sua dimensão sexual. O despertador da sexualidade faz parte do desenvolvimento harmonioso do ser humano. Vai afirmar-se através das sensações confortáveis despertáveis ao tocar certas partes do corpo que vão determinar o desejo de as prolongar e intensificar. Logo na primeira fase da infância, desde que nasce até aos dois anos, a criança manifesta a sua sexualidade através da exploração de diferentes partes do corpo, incluindo os genitais, e demonstra experimentar prazer genital: nos meninos observam-se erecções e nas meninas lubrificação vaginal. Aos três e quatro anos, a criança toma consciência das diferenças corporais e de género e revela a sua curiosidade em relação a elas.

Orientação sexual 
 A orientação sexual é definida como a preferência do indivíduo por um determinado sexo. No âmbito da sexualidade do (a) adolescente há que ter presente a identidade sexual, a realização sexual e a escolha do objecto sexual. Dificuldades a este nível podem gerar sofrimentos e perturbações psicológicas com alguma gravidade. Nas questões da realização sexual existem determinados factores que a podem condicionar. Na mulher, por exemplo, as dores menstruais podem ser reflexo da dificuldade de aceitação da feminilidade e da sexualidade. Também uma primeira experiência - ejaculação, masturbação, relação sexual ou outra - pode ter sido traumática em si ou estar relacionada com traumas sexuais infantis e comprometer a realização sexual do indivíduo . Na escolha do objecto sexual, a orientação que predomina é para o sexo oposto - a heterossexualidade . Quanto à homossexualidade, e elegendo como exemplo a homossexualidade masculina, passamos a enumerar alguns dos motivos que constituem uma dificuldade à referida escolha: receio da reacção dos pais e da sociedade, receio de se sentirem atraídos por pessoas do mesmo sexo, de terem uma homossexualidade latente ou de terem perturbações da personalidade e de virem a ser vítimas de abuso por parte de homossexuais. Só muito recentemente a homossexualidade deixou de ser considerada doença. No entanto, a sociedade continua a exercer atitudes de discriminação e a penalizar os homossexuais pela sua preferência relativamente ao objecto sexual.

A relação sexual
A relação sexual geralmente começa com duas pessoas a tocarem-se, a acariciarem-se, a beijarem-se e a abraçarem-se. Passado algum tempo, a vagina da rapariga fica húmida e escorregadia, o clitóris torna-se duro, e o pénis do rapaz torna-se erecto, rijo e maior. Por vezes, um pouco de líquido transparente, que pode conter alguns espermatozóides, sai da ponta do pénis e torna-o molhado. Agora é possível que o pénis erecto do rapaz entre na vagina da rapariga que se alarga de modo a envolver o pénis. A humidade da vagina torna mais fácil a entrada do pénis. Durante a relação sexual, à medida que o homem e a mulher se movimentam para trás e para a frente, aumenta a probabilidade de ocorrer ejaculação, em que o sémen ou esperma é lançado do pénis para o colo do útero. O homem sente um orgasmo. Simultaneamente, os músculos na vagina e no útero contraem-se e depois descontraem-se. Uma pequena quantidade de líquido pode sair da vagina. Chama-se a isto «ter um orgasmo feminino». Sendo o orgasmo o prazer máximo que se pode obter numa relação sexual. Uma mulher e um homem podem ter o orgasmo em alturas diferentes. E, às vezes, uma pessoa tem um orgasmo e a outra não. Depois de um orgasmo, a maioria das pessoas sentem-se descontraídas, satisfeitas, e, por vezes, até sonolentas. De todas as vezes que um casal tem relações sexuais com penetração, o acto pode resultar num bebé - a não ser que a mulher já esteja grávida.

A Higiene Feminina e Masculina

Todos nós temos de adquirir hábitos de higiene diários tanto a nível da lavagem diária do nosso corpo como a nível da higiene oral. Quando chegas à puberdade, as glândulas sudoríferas começam a produzir uma espécie de suor pegajoso e com cheiro, sobretudo debaixo dos braços. É imprescindível lavares esta parte do teu corpo, caso contrário deitarás um cheiro desagradável, conhecido por odor corporal. 


O ACNE 
 Na adolescência é natural que a pele se torne oleosa e que te surjam algumas borbulhas. Não penses que as consegues evitar porque todos os adolescentes passam por esta fase. Mas enquanto tens borbulhas, ao qual se costuma designar por acne, é necessário teres alguns cuidados. Vamos então dar-te algumas dicas: 

 · Nunca espremas as borbulhas porque podes infecta-las, ficando marcas na cara. 
 · Ao lavar a cara não a esfregues violentamente. 
 · Se tiveres muitas borbulhas contacta um médico especialista—dermatologista ou endocrinologista (é um especialista no sistema hormonal). 

 Não te preocupes porque as borbulhas são resultado da actuação das hormonas no nosso sistema reprodutor. Com o tempo as borbulhas desaparecem. 

A HIGIENE DURANTE O PERÍODO MENSTRUAL 
 É importante que durante o período tenhas uma boa higiene pessoal. Para tal existem os pensos higiénicos, os tampões e os protectores. Se não mantiveres uma boa higiene pessoal podes vir a Ter algumas infecções vaginais. 

 O que são pensos higiénicos? 
São um tipo de protecção menstrual externa. São muito fáceis de usar porque se colocam na parte interna das cuecas, fixando-se graças a uma banda adesiva. Durante o dia, devem ser substituídos de 4 em 4 horas aproximadamente, dependendo da quantidade de fluxo. De qualquer forma, como é uma protecção externa será fácil para ti saberes quando tens de substituir. Existem pensos de diferentes espessuras e tamanhos adaptados à quantidade de fluxo menstrual. Os pensos não devem ser deitados na sanita, mas sim ser embrulhados na sua bolsinha ou em papel higiénico e deitados no caixote do lixo. 

 O que são tampões? 
 Os tampões são um método de protecção menstrual interna: absorvem o fluxo antes de sair do corpo. Os tampões são rolinhos compactos de algodão, com um fio preso a uma das extremidades. Empurras o tampão para dentro da vagina, com ajuda de um aplicador ou de um dedo, para que absorva o fluxo menstrual. Sempre que precisares de o mudar, puxas pelo fio e deita-lo simplesmente fora. As paredes da vagina, graças aos músculos vaginais que se fecham suavemente ao redor do tampão, uma vez colocado, impedem que este caia. Os tampões devem ser trocados com frequência de entre 4 a 8 horas, dependendo da quantidade do fluxo. Como o fluxo varia, é muito importante que conheçamos e usemos o tampão mais apropriado. Os tampões também se podem usar durante a noite. E para os dias sem o período, os protectores ou pensos higiénicos diários! 

 O que são protectores? 
 Para os dias sem o período existem os protectores, um produto especialmente concebido para absorver o fluxo vaginal e ajudar a que te sintas limpa e fresca, já que mantém as cuecas sempre limpas. Os protectores fixam-se nas cuequinhas graças a uma tira adesiva, existindo em vários tamanhos. Podes usá-los antes do período, nos últimos dias do período—quando ainda podes manchar as cuequinhas mas já não precisas usar um penso ou um tampão, ou simplesmente como parte integrante da higiene diária. Muitas das vezes fazes perguntas a ti própria que não sabes responder. Por isso nós damos-te a possibilidade de saberes as respostas!!! 

Como é que podes evitar que as tuas cuequinhas fiquem manchadas com fluxo vaginal? Simplesmente usando protectores. 

Devo mudar de protector tantas vezes quanto mudo de penso? 
 Isto depende do fluxo, mas normalmente uma ou duas vezes por dia é suficiente para te sentires tão limpa como quando sais do banho. 

Os tampões fazem doer?
Não. Se o tampão estiver bem colocado, nem sequer vais notar que o estás a usar. Se na primeira vez que colocares um tampão sentires algum desconforto ou dor, retira-o e coloca um novo: o mais provável é que o tenhas colocado mal. Não te preocupes, experimenta um outro mais tarde. 

Posso ir à casa de banho com um tampão colocado?
É claro que sim. Todas as mulheres possuem três orifícios na parte inferior do corpo: a uretra, a vagina e o ânus. Por isso, com o tampão introduzido na vagina, os outros dois orifícios ficam livres para urinar ou defecar. 

Pode perder-se um tampão no interior do corpo? 
Não, de maneira alguma. A vagina ( onde se insere o tampão) está ligada a útero, um pequeno orifício ( do tamanho da cabeça de um alfinete), por isso é impossível que o tampão passe por ele. 

Uma rapariga virgem pode usar tampões? 
 Claro que sim. A utilização de tampões não afecta em nada a tua virgindade. Uma rapariga ou um rapaz só deixam de ser virgens a partir do momento em que tiverem relações sexuais. O tampão é introduzido através da abertura que existe no hímen, que é suficientemente grande para poderes introduzir um tampão sem problemas. 

Os tampões são apenas para a praia, para a piscina... e para fazer desporto? 
Não. Os tampões podem usar-se em qualquer momento do ciclo menstrual. De dia, e de noite, na água, para trabalhar, etc.... verdade que é um método de protecção menstrual ideal para a água, pois não há outra coisa que possas usar; mas há muitas raparigas que os usam sempre. 

Os tampões são maus para a saúde? 
Não. Os tampões não interferem no funcionamento normal dos teus órgãos reprodutivos, porque estão na vagina. Apresentam-se num invólucro individual, para a colocação mais higiénica. Não existe nenhuma indicação de que eu os tampões aumentem o risco de infecções. 


Higiene diária 
Quando estás com o período deves ter um pouco mais de atenção com a tua higiene intima. Se mantiveres os teus órgãos genitais limpos, vais evitar odores desagradáveis: lava-te, se puderes, sempre que mudares de protecção. Se tal não for possível, limpa-te bem (da frente para trás). Vais sentir-te limpa e melhor. A uretra feminina (canal por onde sai a urina) é bastante curta, mais do que nos homens, e a sua abertura (meato urinário ou orifício uretral) está situada perto do orifício vaginal. Na uretra podem existir micróbios que podem penetrar na vagina com relativa facilidade, provocando infecções vaginais. 

Principais infecções vaginais 
A) Produzidas por fungos: a mais conhecida é provocada por um fungo chamado Candida albicans. Esta infecção identifica-se facilmente pela secreção de um fluxo vaginal mais espesso, esbranquiçado, acompanhado por um ardor nos órgãos sexuais externos. 

B) Produzidas por bactérias: Uma das bactérias mais comuns que produz infecções no sistema urinário e genital é a Escherichia coli, habitualmente presente no intestino grosso. A infecção pode iniciar-se na vagina e atingir a uretra, onde se produz a cistite. 
Os sintomas mais comuns são: 
 · Frequente vontade de urinar ( apesar de só eliminar umas gotinhas ao ir à casa de banho) 
 · Ardor ou dor ao urinar 
 · Dor difusa na púbis 

Em alguns casos podem também verificar-se calafrios e febres. É aconselhável recorrer a um médico ou médica; com o tratamento adequado, a infecção pode ser tratada facilmente. 

A primeira consulta de ginecologia 
Todas as pessoas são diferentes. Com o período acontece praticamente o mesmo: não há dois iguais. Além disso, uma mudança no estado emocional, no estilo de vida, uma viagem, exames, férias... podem provocar alterações no teu período. O controlo do período através de um calendário é uma boa forma para te ajudar a conhecer o teu ciclo menstrual e a identificar a ocorrência de qualquer alteração. Aquando da tua primeira consulta de ginecologia estas informações serão muito úteis. Mas quando deves recorrer a uma consulta de ginecologia? Por norma, se aos 16 anos ainda não tiveres o período; se o teu período for muito abundante; se apresentares sintomas de uma infecção vaginal ou urinária ( ardor, fluxo vaginal com um odor desagradável ou com uma cor diferente); se já começaste a Ter relações sexuais; ou se quiseres utilizar algum método contraceptivo. De qualquer forma, não é necessário haver uma alteração para se consultar este especialista. Na maioria dos casos trata-se de uma simples consulta de rotina. Lembra-te que a primeira consulta vai servir essencialmente para o médico elaborar o teu historial clinico. O médico ou médica vão perguntar-te a idade, que doenças tiveste quando eras pequena, quando é que te apareceu o período pela primeira vez, quantos dias dura, se sentes dores, etc.. Se tudo estiver correcto, não será necessário fazer nenhum exame. Por isso, e se quiseres, podes pedir à tua mãe ou a outra pessoa para te acompanhar. Além disso, podes escolher entre um médico ou uma médica ginecologista. 

 MITOS ACERCA DO PERÍODO 
São bastantes antigos os mitos que se criaram sobre o período, mas hoje em dia algumas pessoas persistem nestes falsos mitos. 

Vejamos agora esses mitos. 
 · Uma mulher com o período talha a maionese 
 · A cerveja fica azeda 
 · A mulher com o período estraga o vinho da adega 
 · Se estiver com o período e tocares nas plantas estas acabam por morrer
 · A mulher menstruada não pode lavar o cabelo, se não morre 
 · Não pode lavar os órgãos genitais
 · Não se pode praticar ginástica
 · O período faz engordar
 · As pessoas em redor apercebem-se se uma mulher está ou não menstruada 
 · Sente-se mais débil pela perda de sangue
 · Não se pode beber bebidas frias 

Mas como referi atrás estes mitos são totalmente falsos, ou seja: Quando estiveres com o período podes tomar banho à vontade, aliás é importante que quando estás menstruada tenhas mais em atenção a tua higiene diária e podes fazer tudo por que estes mitos são, como o nome indica apenas mitos. São falsos.