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quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Da Fecundação ao Parto

Durante as relações sexuais, o homem e a mulher experimentam algumas alterações nos seus órgãos sexuais que facilitam a chegada ao óvulo dos espermatozóides, dentro do corpo da mulher: o pénis deve estar em erecção e a vagina lubrificada. Dos cerca de 90 milhões de espermatozóides que se encontram numa ejaculação, entre 300 a 500 chegam às trompas e apenas um deles irá fecundar o óvulo. Os espermatozóides chegam ao óvulo em menos de 15 minutos. Se durante a relação sexual um espermatozóide encontra um óvulo nas trompas de falópio e se une a ele, produz-se a fecundação. O ovo desloca-se ao longo da trompa de falópio demorando entre 5 a 7 dias a atingir a parede uterina. Neste trajecto podem observar-se vários estados apresentados pelo embrião nesse período de tempo que decorre desde o estado de ovo até à implantação no endométrio - nidação. 



 As figuras representam as primeiras divisões do óvulo depois da fecundação, entrando na fase embrionária. O ovo ao desenvolver-se, não dá somente origem ao embrião. O endométrio fica mais espesso e origina os anexos embrionários indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento de um novo ser ao longo dos nove meses seguintes - gravidez. Ao longo da gravidez, o único ponto de contacto entre mãe e filho é a placenta, que é uma espécie de placa muito irrigada onde terminam os vasos sanguíneos do cordão umbilical. É através da placenta e do cordão umbilical que o embrião recebe nutrientes mas também liberta os seus produtos de excreção. A protecção contra os choques e dessecação é assegurada pelo âmnios e líquido amniótico. O desenvolvimento do embrião evolui ao longo de várias fases: 
 · durante os primeiros dois meses começa a esboçar-se a formação dos diversos órgãos; 
 · ao fim do 2º mês o embrião mede cerca de 3 cm e só pesa algumas dezenas de gramas; 
 · por volta do 3º mês apresenta membros e órgãos já definidos e aparenta mesmo forma humana. Nessa altura, o embrião passa a designar-se por feto . 

O seu crescimento de 1,5 mm por dia é muito rápido, de tal modo, que se continuasse a crescer a esse ritmo após o nascimento atingiria, aos cinco anos de idade, os 3 metros de altura; 
· do 3º ao 6º mês os órgãos completam a sua formação e o feto adquire proporções mais regulares, mantendo, contudo, a cabeça bastante volumosa . Os seus movimentos começam a ser sentidos pela mãe; 
· nos últimos dois meses de gestação ultima-se o desenvolvimento; 
· por volta dos nove meses, o bebé, já totalmente formado, está pronto para nascer. Tem lugar o parto. 

É um momento sublime para a mãe e para o bebé. Mas é também um momento em que há tanta coisa para fazer bem feita que nem há muito tempo para pensar nisso. Na primeira fase do parto o colo do útero alarga-se e dá-se a saída do líquido amniótico – é aquilo a que vulgarmente se chama o “libertar das águas”. Em seguida, as paredes do útero começam a contrair-se cada vez com mais força, a frequência das contracções aumenta, o colo do útero e a vagina dilatam-se até que o feto, já maduro, sai para o exterior . O parto é a etapa final da gravidez, o acto do nascimento. Após o parto, a criança recém-nascida iniciará o seu desenvolvimento até ao estado adulto e quando lá chegar, será também ela, talvez, capaz de conceber.

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