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quinta-feira, 24 de agosto de 2023

A Sexualidade e a Relação Sexual


As vantagens da reprodução sexual 
A utilidade real do sexo é encontrada na combinação de dois conjuntos diferentes de cromossomas. Não é necessário para a reprodução envolver sexo é possível imaginar uma raça humana inteiramente constituída por mulheres que dão à luz, a intervalos regulares, réplicas de si próprias, derivadas de células nos seus corpos que contêm informações genéticas idênticas às contidas em todas as outras células. Algumas criaturas humanas primitivas reproduziam-se deste modo. Mas muito cedo, na evolução da vida, as vantagens da reprodução sexual tornaram-se irresistíveis. Num mundo no qual o meio ambiente externo está em mutação, uma espécie que fosse incapaz de se adaptar, depressa morreria. Uma raça de membros idênticos poderia apenas sobreviver num mundo estável de temperatura constante e fornecimento alimentares imutáveis e contínuos, sem preocupações com predadores ou espécies comprometidas.

A descoberta da sexualidade 
Em paralelo com as muitas transformações físicas que acontecem no rapaz e na rapariga, por acção das hormonas sexuais e quando novos sentimentos e emoções são experimentados, também surgem sensações em relação ao próprio corpo, mais ou menos agradáveis. É a energia que existe dentro de cada pessoa a manifestar a sua dimensão sexual. O despertador da sexualidade faz parte do desenvolvimento harmonioso do ser humano. Vai afirmar-se através das sensações confortáveis despertáveis ao tocar certas partes do corpo que vão determinar o desejo de as prolongar e intensificar. Logo na primeira fase da infância, desde que nasce até aos dois anos, a criança manifesta a sua sexualidade através da exploração de diferentes partes do corpo, incluindo os genitais, e demonstra experimentar prazer genital: nos meninos observam-se erecções e nas meninas lubrificação vaginal. Aos três e quatro anos, a criança toma consciência das diferenças corporais e de género e revela a sua curiosidade em relação a elas.

Orientação sexual 
 A orientação sexual é definida como a preferência do indivíduo por um determinado sexo. No âmbito da sexualidade do (a) adolescente há que ter presente a identidade sexual, a realização sexual e a escolha do objecto sexual. Dificuldades a este nível podem gerar sofrimentos e perturbações psicológicas com alguma gravidade. Nas questões da realização sexual existem determinados factores que a podem condicionar. Na mulher, por exemplo, as dores menstruais podem ser reflexo da dificuldade de aceitação da feminilidade e da sexualidade. Também uma primeira experiência - ejaculação, masturbação, relação sexual ou outra - pode ter sido traumática em si ou estar relacionada com traumas sexuais infantis e comprometer a realização sexual do indivíduo . Na escolha do objecto sexual, a orientação que predomina é para o sexo oposto - a heterossexualidade . Quanto à homossexualidade, e elegendo como exemplo a homossexualidade masculina, passamos a enumerar alguns dos motivos que constituem uma dificuldade à referida escolha: receio da reacção dos pais e da sociedade, receio de se sentirem atraídos por pessoas do mesmo sexo, de terem uma homossexualidade latente ou de terem perturbações da personalidade e de virem a ser vítimas de abuso por parte de homossexuais. Só muito recentemente a homossexualidade deixou de ser considerada doença. No entanto, a sociedade continua a exercer atitudes de discriminação e a penalizar os homossexuais pela sua preferência relativamente ao objecto sexual.

A relação sexual
A relação sexual geralmente começa com duas pessoas a tocarem-se, a acariciarem-se, a beijarem-se e a abraçarem-se. Passado algum tempo, a vagina da rapariga fica húmida e escorregadia, o clitóris torna-se duro, e o pénis do rapaz torna-se erecto, rijo e maior. Por vezes, um pouco de líquido transparente, que pode conter alguns espermatozóides, sai da ponta do pénis e torna-o molhado. Agora é possível que o pénis erecto do rapaz entre na vagina da rapariga que se alarga de modo a envolver o pénis. A humidade da vagina torna mais fácil a entrada do pénis. Durante a relação sexual, à medida que o homem e a mulher se movimentam para trás e para a frente, aumenta a probabilidade de ocorrer ejaculação, em que o sémen ou esperma é lançado do pénis para o colo do útero. O homem sente um orgasmo. Simultaneamente, os músculos na vagina e no útero contraem-se e depois descontraem-se. Uma pequena quantidade de líquido pode sair da vagina. Chama-se a isto «ter um orgasmo feminino». Sendo o orgasmo o prazer máximo que se pode obter numa relação sexual. Uma mulher e um homem podem ter o orgasmo em alturas diferentes. E, às vezes, uma pessoa tem um orgasmo e a outra não. Depois de um orgasmo, a maioria das pessoas sentem-se descontraídas, satisfeitas, e, por vezes, até sonolentas. De todas as vezes que um casal tem relações sexuais com penetração, o acto pode resultar num bebé - a não ser que a mulher já esteja grávida.

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