Segundo a Associação Portuguesa de Fertilidade, a Infertilidade pode ser definida como a incapacidade de concepção após um ano de relações sexuais não protegidas (6 meses se a mulher tiver mais de 35 anos de idade), ou a incapacidade de manter uma gravidez até ao seu termo.
Estima-se que 1 em cada 10 casais sofre de infertilidade.
Causas da infertilidade e factores de risco
Ninguém se de deve ser sentir responsabilizado por uma situação de infertilidade. Vários factores estão relacionados com a redução dos níveis de fertilidade. Cerca de um terço das causas está associado ao homem e a um terço a problemas na saúde da mulher. Podem ainda surgir causas que combinem ambos, ou então não ser identificada a causa concreta.
Há, porém, factores de risco, tais como:
Doenças infecciosas, como as IST - Infecções Sexualmente Transmissíveis ou outras doenças que afectem o aparelho reprodutor
Idade
Problemas do foro genético, endocrinológico ou do sistema imunitário
Causas para infertilidade na mulher
Desordens da ovulação
Obstrução das trompas
Factores peritoneais como a doença inflamatória pélvica ou a endometriose (presença de tecido endométrico fora da mucosa uterina)
Factores ligados ao colo do útero
Causas para infertilidade no homem
Espermatogénese anormal
Desordens da função secretória de órgãos acessórios
Obstrução do tracto genital
Função anormal dos espermatozóides
Prevenção da infertilidade
Pode prevenir-se a infertilidade prevenindo e tratando atempadamente as infecções sexualmente transmissíveis
As técnicas de Procriação Medicamente Assistida são um método subsidiário e não alternativo de procriação. Isto significa que só quando há um diagnóstico de infertilidade, ou no caso de necessidade de tratamento de doença grave ou de risco de transmissão de doenças de origem genética, infecciosa ou outras, é que se podem aplicar as técnicas de PMA.
Em Portugal, e de acordo com a legislação, só serão beneficiárias da PMA as pessoas:
casadas (que não se encontrem separadas judicialmente de pessoas e bens)
ou as pessoas separadas de facto
ou ainda as pessoas que sendo de sexo diferente, vivam em condições análogas às dos casais, há pelo menos dois anos
A legislação portuguesa prevê a aplicação das seguintes técnicas de PMA:
Inseminação artificial (introdução de espermatozóides directamente no interior da vagina ou no útero)
Fertilização in vitro (técnica através da qual um óvulo é fertilizado em meio laboratorial)
Injecção intracitoplasmática de espermatozóides (procedimento através do qual um único espermatozóide é injectado directamente no interior do óvulo para possibilitar a fertilização. O embrião é depois transferido para o útero.)
Transferência de embriões, gâmetas ou zigotos - introdução nas Trompas de Falópio de embriões, gâmetas (espermatozóides), ou zigotos (óvulos fertilizados)
Diagnóstico genético pré-implementação
Outras técnicas laboratoriais de manipulação gamética ou embrionária equivalentes ou subsidiárias
A utilização de técnicas de PMA só pode verificar-se mediante diagnóstico de infertilidade ou ainda, sendo caso disso,no tratamento de doença grave ou risco de transmissão de doenças de origem genética, infecciosa ou outras.
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